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Dólar cai 1,4% e fecha no menor patamar desde agosto

A moeda norte-americana recuou 1,41% para 3,2057 reais, menor cotação de fechamento desde 22 de agosto

Dólar: "O resultado das eleições municipais favoreceu o governo e reforçou a percepção de que um ajuste (fiscal) pode ser mais fácil no Congresso" (AFP/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 17h41.

São Paulo - O dólar recuou frente ao real na primeira sessão de outubro e retornou ao patamar de 3,20 reais, influenciado por algum ingresso de recursos de estrangeiros em meio ao otimismo gerado pelo resultado das eleições municipais de domingo.

A moeda norte-americana recuou 1,41 por cento para 3,2057 reais, menor cotação de fechamento desde 22 de agosto. Na mínima do dia, o dólar marcou 3,1987 reais e, na máxima, 3,2517 reais. O dólar futuro cedia 1,63 por cento esta tarde.

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"O resultado das eleições municipais favoreceu o governo e reforçou a percepção de que um ajuste (fiscal) pode ser mais fácil no Congresso, já que muitos políticos mudam de lado e podem se bandear para o lado que está ganhando o jogo", comentou um profissional de câmbio de uma corretora nacional.

Algum ingresso por parte de estrangeiros contribuiu para o recuo mais forte do dólar durante a tarde. Com menor giro, menos negócios potencializaram a trajetória de baixa.

Investidores também zeraram posições compradas e intensificaram o movimento, diante da expectativa de entrada ainda maior de recursos num futuro próximo.

"O grande vencedor dessas eleições foi o PSDB, por ter triunfado em São Paulo, abrindo espaço para o governador Geraldo Alckmin ser o nome de consenso em 2018. Quando migra de Aécio Neves para Alckmin, traz alívio ao mercado, já que o mineiro pode ter algumas complicações nas investigações em curso daqui para a frente", avaliou o superintendente Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

O PSDB conseguiu com o candidato João Doria, afilhado político de Alckmin, uma inédita eleição em primeiro turno em São Paulo, maior colégio eleitoral do país.

As eleições podem levar o governo federal a acelerar a votação das medidas de ajuste fiscal no Congresso, entre elas, a PEC que estabelece um teto para o crescimento dos gastos públicos.

"O resultado das eleições...criou uma leitura de que a votação do ajuste fiscal deve ter consenso", comentou um operador sênior de uma corretora nacional.

A expectativa é de que a Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos seja aprovada pela comissão especial da Câmara ainda nesta semana, para ser votada pelo plenário da Casa nos dias 10 e 11 de outubro.

O exterior também exibiu um clima mais favorável para a queda do dólar ante outras divisas emergentes e contribuiu para o recuo da moeda norte-americana ante o real neste início de trimestre.

O Banco Central vendeu nesta segunda-feira o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de moeda.

Texto atualizado às 17h41

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