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Dólar cai 0,71% ante real em ajuste técnico após forte alta

Movimento é de ajuste após o acentuado fortalecimento da divisa norte-americana nas últimas semanas

A moeda dos Estados Unidos fechou em queda de 0,71 %, cotada a 2,1272 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,9 bilhões de dólares (Marcos Santos/USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 17h33.

São Paulo- O dólar interrompeu uma série de cinco altas consecutivas e encerrou em queda frente ao real nesta segunda-feira, acompanhando os mercados internacionais, em um movimento de ajuste após o acentuado fortalecimento da divisa norte-americana nas últimas semanas.

A moeda dos Estados Unidos fechou em queda de 0,71 %, cotada a 2,1272 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,9 bilhões de dólares.

"O dólar está acompanhando lá fora, está se acomodando um pouco. Isso vem em função de uma correção técnica", disse o operador de câmbio da Renascença José Carlos Amado.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana bateu 2,15 reais, encerrando a sessão a 2,1424 reais, maior patamar desde 5 de maio de 2009, levando o Banco Central a intervir no mercado. No mês de maio, o dólar acumulou alta de 7,04 % ante o real.

A forte valorização da divisa norte-americana não foi exclusividade do mercado doméstico, uma vez que expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, reduza o ritmo de seu estímulo monetário têm alimentado a perspectiva de menor oferta de dólares nos mercados globais.

Nesta sessão, no entanto, investidores aproveitaram para realizar lucros. Às 17h, a moeda norte-americana perdia 0,86 % contra uma cesta de moedas, enquanto o euro subia 0,59 %.

Ainda assim, o viés de baixa do dólar era bem menos expressivo no Brasil do que em outros mercados ligados à exportação de commodities. O dólar australiano, por exemplo, ganhava 1,45 % frente à divisa dos EUA, enquanto o dólar neozelandês avançava 1,44 % contra o dólar norte-americano.

"Isso é em virtude de o Banco Central ter se mostrado confortável com o impacto desse movimento recente sobre a inflação", afirmou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, explicando que mesmo que a autoridade monetária atue nos mercados, terá como objetivo "desacelerar a desvalorização do real" e não " reverter a tendência do movimento".

Há sinais, entretanto, de que o BC pode não permitir que o real se deprecie muito mais do que os níveis em que se encontra atualmente. Uma fonte do governo afirmou à Reuters nesta segunda-feira que o real bem mais fraco que o nível atual "pode ser um problema" para a batalha anti-inflação.

A autoridade monetária, depois de um mês ausente, atuou no mercado na sexta-feira com a oferta de contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- e a realização de uma nova pesquisa de demanda para a operação após o fechamento do mercado.

"O BC deve atuar a qualquer momento", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, acrescentando, no entanto, que a moeda não deve voltar a ficar abaixo de 2,10 reais.

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São Paulo- O dólar interrompeu uma série de cinco altas consecutivas e encerrou em queda frente ao real nesta segunda-feira, acompanhando os mercados internacionais, em um movimento de ajuste após o acentuado fortalecimento da divisa norte-americana nas últimas semanas.

A moeda dos Estados Unidos fechou em queda de 0,71 %, cotada a 2,1272 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,9 bilhões de dólares.

"O dólar está acompanhando lá fora, está se acomodando um pouco. Isso vem em função de uma correção técnica", disse o operador de câmbio da Renascença José Carlos Amado.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana bateu 2,15 reais, encerrando a sessão a 2,1424 reais, maior patamar desde 5 de maio de 2009, levando o Banco Central a intervir no mercado. No mês de maio, o dólar acumulou alta de 7,04 % ante o real.

A forte valorização da divisa norte-americana não foi exclusividade do mercado doméstico, uma vez que expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, reduza o ritmo de seu estímulo monetário têm alimentado a perspectiva de menor oferta de dólares nos mercados globais.

Nesta sessão, no entanto, investidores aproveitaram para realizar lucros. Às 17h, a moeda norte-americana perdia 0,86 % contra uma cesta de moedas, enquanto o euro subia 0,59 %.

Ainda assim, o viés de baixa do dólar era bem menos expressivo no Brasil do que em outros mercados ligados à exportação de commodities. O dólar australiano, por exemplo, ganhava 1,45 % frente à divisa dos EUA, enquanto o dólar neozelandês avançava 1,44 % contra o dólar norte-americano.

"Isso é em virtude de o Banco Central ter se mostrado confortável com o impacto desse movimento recente sobre a inflação", afirmou o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, explicando que mesmo que a autoridade monetária atue nos mercados, terá como objetivo "desacelerar a desvalorização do real" e não " reverter a tendência do movimento".

Há sinais, entretanto, de que o BC pode não permitir que o real se deprecie muito mais do que os níveis em que se encontra atualmente. Uma fonte do governo afirmou à Reuters nesta segunda-feira que o real bem mais fraco que o nível atual "pode ser um problema" para a batalha anti-inflação.

A autoridade monetária, depois de um mês ausente, atuou no mercado na sexta-feira com a oferta de contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- e a realização de uma nova pesquisa de demanda para a operação após o fechamento do mercado.

"O BC deve atuar a qualquer momento", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, acrescentando, no entanto, que a moeda não deve voltar a ficar abaixo de 2,10 reais.

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