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Dólar avança ante o real em sintonia com o exterior

No Brasil, o fluxo cambial, e, no exterior, a falta de indicadores, fizeram com que a divisa norte-americana avançasse

Dólar: a divida norte-americano encerrou o pregão desta quarta-feira com valorização de 0,15% (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 16h59.

A busca por maior segurança no exterior, em um dia de agenda reduzida, fez o dólar avançar ante o euro e as moedas com elevada correlação com commodities, como o real. No Brasil, este movimento foi favorecido pelos dados do fluxo cambial, que mostraram saída líquida de US$ 2,386 bilhões em janeiro.

Apesar de esperado, o resultado mostra que não houve recuperação do fluxo neste início de 2013, período em que, tradicionalmente, ocorrem mais entradas que saídas de moeda estrangeira.

No mercado de balcão, o dólar fechou o dia cotado a R$ 1,9890, em alta de 0,15%. Na mínima da sessão, registrada perto das 15 horas, a moeda à vista marcou R$ 1,9850 (-0,05%) e, na máxima, perto das 11 horas, atingiu R$ 1,9910 (+0,25%). Perto das 16h40 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 3,602 bilhões, sendo US$ 3,175 bilhões em D+2. O dólar pronto da BM&F registrou apenas um negócio hoje, marcando alta de 0,06%, a R$ 1,98770. No mercado futuro, o dólar para março era cotado a R$ 1,99350, em alta de 0,10%.

No exterior, a ausência de indicadores nos Estados Unidos abriu espaço para um movimento de realização de lucros nas bolsas de ações, o que trouxe um viés de alta para o dólar ante o euro e outras divisas. Além disso, os investidores demonstraram certa cautela antes das decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra, ambas amanhã.

No Brasil, o dólar também avançou ante o real, em um dia considerado calmo pelos investidores. Chamaram a atenção, porém, os números do fluxo cambial, que apontaram para saída líquida de US$ 2,386 bilhões em janeiro, resultado de fluxo financeiro positivo de US$ 2,370 bilhões e fluxo comercial negativo de US$ 4,755 bilhões. O resultado, apesar de já esperado pelo mercado, lança dúvidas sobre a situação para o restante do ano.

O economista Sidney Nehme, da NGO Corretora, lembra que o fluxo já havia sido negativo em dezembro, em US$ 6,755 bilhões, o que motivou atuações do Banco Central no sentido de elevar a quantidade de moeda estrangeira disponível. "O viés negativo no fluxo vem desde dezembro. O governo tinha a expectativa de que isso melhorasse, mas pelo jeito essa tendência vai se consolidar este ano", comentou.

Segundo Nehme, o começo do ano é, tradicionalmente, um período de entrada de dólares, quando as empresas tomam empréstimos no exterior e os estrangeiros fazem aplicações no Brasil. "Só que o cenário agora é ruim. O fluxo financeiro foi positivo em janeiro, mas também veio baixo", destacou. Em comparação, em janeiro de 2011 o fluxo cambial foi positivo em US$ 7,283 bilhões, com entrada de US$ 6,902 bilhões no segmento financeiro e de US$ 381 milhões no comercial.

Por outro lado, Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora, afirma que o fluxo negativo em janeiro já era esperado e que a tendência é de que, nos próximos meses, ocorra uma melhora, com entrada de dólares no País.

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A busca por maior segurança no exterior, em um dia de agenda reduzida, fez o dólar avançar ante o euro e as moedas com elevada correlação com commodities, como o real. No Brasil, este movimento foi favorecido pelos dados do fluxo cambial, que mostraram saída líquida de US$ 2,386 bilhões em janeiro.

Apesar de esperado, o resultado mostra que não houve recuperação do fluxo neste início de 2013, período em que, tradicionalmente, ocorrem mais entradas que saídas de moeda estrangeira.

No mercado de balcão, o dólar fechou o dia cotado a R$ 1,9890, em alta de 0,15%. Na mínima da sessão, registrada perto das 15 horas, a moeda à vista marcou R$ 1,9850 (-0,05%) e, na máxima, perto das 11 horas, atingiu R$ 1,9910 (+0,25%). Perto das 16h40 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 3,602 bilhões, sendo US$ 3,175 bilhões em D+2. O dólar pronto da BM&F registrou apenas um negócio hoje, marcando alta de 0,06%, a R$ 1,98770. No mercado futuro, o dólar para março era cotado a R$ 1,99350, em alta de 0,10%.

No exterior, a ausência de indicadores nos Estados Unidos abriu espaço para um movimento de realização de lucros nas bolsas de ações, o que trouxe um viés de alta para o dólar ante o euro e outras divisas. Além disso, os investidores demonstraram certa cautela antes das decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra, ambas amanhã.

No Brasil, o dólar também avançou ante o real, em um dia considerado calmo pelos investidores. Chamaram a atenção, porém, os números do fluxo cambial, que apontaram para saída líquida de US$ 2,386 bilhões em janeiro, resultado de fluxo financeiro positivo de US$ 2,370 bilhões e fluxo comercial negativo de US$ 4,755 bilhões. O resultado, apesar de já esperado pelo mercado, lança dúvidas sobre a situação para o restante do ano.

O economista Sidney Nehme, da NGO Corretora, lembra que o fluxo já havia sido negativo em dezembro, em US$ 6,755 bilhões, o que motivou atuações do Banco Central no sentido de elevar a quantidade de moeda estrangeira disponível. "O viés negativo no fluxo vem desde dezembro. O governo tinha a expectativa de que isso melhorasse, mas pelo jeito essa tendência vai se consolidar este ano", comentou.

Segundo Nehme, o começo do ano é, tradicionalmente, um período de entrada de dólares, quando as empresas tomam empréstimos no exterior e os estrangeiros fazem aplicações no Brasil. "Só que o cenário agora é ruim. O fluxo financeiro foi positivo em janeiro, mas também veio baixo", destacou. Em comparação, em janeiro de 2011 o fluxo cambial foi positivo em US$ 7,283 bilhões, com entrada de US$ 6,902 bilhões no segmento financeiro e de US$ 381 milhões no comercial.

Por outro lado, Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora, afirma que o fluxo negativo em janeiro já era esperado e que a tendência é de que, nos próximos meses, ocorra uma melhora, com entrada de dólares no País.

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