Dólar apaga queda e tem leve alta após fala de Ilan sobre swaps
Presidente do BC afirmou que a autoridade pode não rolar os estoques de swaps cambiais tradicionais que vencem em março
Reuters
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 12h39.
Última atualização em 31 de janeiro de 2017 às 12h41.
São Paulo - O dólar apagou a queda que exibia mais cedo nesta terça-feira e passou a registrar leve alta ante o real após o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, sinalizar que pode rolar apenas parcialmente ou simplesmente não rolar os contratos de swap cambial que vencem em março.
Mais cedo, a moeda operava na casa de 3,10 reais influenciada pelo ingresso de recursos, pela expectativa de mais fluxo e pela formação da taxa Ptax de final de mês.
O recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior também favorecia o comportamento do dólar internamente.
Às 12:29, o dólar operava estável, a 3,1277 reais na venda, depois de ter caído 1,66 por cento nos dois pregões anteriores.
Na mínima, a moeda marcou 3,1022 reais e, na máxima, 3,1399 reais. O dólar futuro tinha variação negativa de 0,02 por cento.
"Se o BC não rolar integralmente, os investidores terão que analisar o que farão com a posição aberta que restar, podendo ir a mercado zerar essa posição e gerar pressão compradora de dólar", explicou um operador de câmbio de uma corretora nacional.
Em evento em São Paulo, o presidente do BC afirmou que a autoridade pode rolar os estoques de swaps cambiais tradicionais --equivalentes a venda de dólar-- que vencem em março parcialmente ou não rolá-los. Dados do site da instituição mostram que os contratos que vencerão em março somam 6,954 bilhões de dólares.
Ele afirmou ainda que a redução no estoque de swaps cambais traz mais conforto para o BC, mas que "isso não significa que não podemos voltar a diminuir os estoques" no futuro.
O Banco Central fará nesta sessão a rolagem parcial dos contratos de fevereiro referente a leilão de linha --venda com compromisso de recompra--, abrangendo apenas 1 bilhão de dólares do total de 1,8 bilhão de dólares que vencerão.
No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas e também outras divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Os investidores seguem atentos às medidas do presidente norte-americano, Donald Trump, e seus efeitos no mercado.