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Dólar anula queda com notícia de acidente envolvendo Campos

Mais cedo, o dólar recuou por dúvidas sobre o ímpeto da economia dos Estados Unidos após o resultado fraco das vendas no varejo

Dólar: às 12h36, a moeda norte-americana subia 0,06 por cento, a 2,2800 reais na venda (Adek Berry/AFP)
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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 14h55.

São Paulo - O dólar operava praticamente estável ante o real nesta quarta-feira, após registrar queda na maior parte da sessão, com o mercado repercutindo o cenário eleitoral após informações de que o candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) estava no avião que caiu em Santos nesta manhã.

Às 12h36, a moeda norte-americana subia 0,06 por cento, a 2,2800 reais na venda, após chegar a 2,2619 reais na mínima e a 2,2902 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 300 milhões de dólares.

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"Todo mundo está se protegendo, porque se isso se confirmar (acidente de Campos), o cenário eleitoral todo bagunça", afirmou o economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank, Jankiel Santos.

Uma fonte do PSB afirmou à Reuters que Campos estava à bordo do avião que caiu em Santos nesta manhã. Autoridades oficiais não divulgaram a identidade dos envolvidos ainda, mas a Polícia Militar de Santos informou que "com certeza" há vítimas fatais no acidente.

Mais cedo, o dólar recuou por dúvidas sobre o ímpeto da economia dos Estados Unidos após o resultado fraco das vendas no varejo no mês passado, além de menores preocupações geopolíticas com a Ucrânia e o Iraque.

"O dado fraco de vendas no varejo sugere que o Fed pode adiar um pouco o aumento dos juros para ter certeza de que a economia norte-americana está se recuperando com mais força", explicou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

As vendas no varejo nos EUA ficaram inesperadamente estáveis em julho, sugerindo que o crescimento econômico norte-americano no terceiro trimestre provavelmente diminuirá o ritmo após a forte expansão no segundo trimestre. O número fez o dólar recuar contra uma série de moedas, como o euro.

O viés de queda da divisa norte-americana também era corroborado pelo arrefecimento da aversão ao risco nos mercados globais. O ânimo nos mercados vem sendo abatido pela crise na Ucrânia, que colocou em lados opostos a Rússia e o Ocidente, e por problemas no Iraque.

Pela manhã, o Banco Central deu continuidade à intervenções diárias ao vender a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a 199,0 milhões de dólares. Todos os swaps vendidos vencem em 2 de fevereiro de 2015. Também foram ofertados contratos para 1º de junho, mas nenhum foi vendido.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro, no terceiro leilão ofertando mais papéis. Ao todo, o BC já rolou cerca de 35 por cento do lote total, que corresponde a 10,070 bilhões de dólares.

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