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Dólar amplia queda e vai a R$2,33, com menos pessimismo

Queda chegava a 1% e afastava a moeda ainda mais do piso de resistência informal de R$2,35

Câmbio: às 12h10, a moeda norte-americana perdia 0,76 por cento, a 2,3354 reais na venda, após acumular queda de 1,39 por cento na semana passada e bater 2,3295 reais na mínima desta sessão (Bruno Domingos/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 12h24.

São Paulo - O dólar ampliou a queda nesta segunda-feira, chegando a 1 por cento e afastando-se ainda mais do piso de resistência informal de 2,35 reais, com investidores estrangeiros ainda desmontando posições compradas diante do arrefecimento no pessimismo sobre as perspectivas econômicas brasileiras.

Às 12h10, a moeda norte-americana perdia 0,76 por cento, a 2,3354 reais na venda, após acumular queda de 1,39 por cento na semana passada e bater 2,3295 reais na mínima desta sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 500 milhões de dólares.

"Como disse o próprio Tombini, o fluxo melhorou e as expectativas melhoraram. Com isso, o mercado continua se desfazendo de posições (compradas)", disse o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, acrescentando que sobretudo investidores estrangeiros iam nessa direção.

Ele referia-se a declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o fluxo líquido de capital para o país nos dois primeiros meses do ano deve ficar perto de 3 bilhões de dólares, após alguns meses de saída líquida.

A melhora nas expectativas foi desencadeada pelo anúncio da nova meta de superávit primário para 2014, que provocou ampla queda do dólar no fim da semana passada.

Nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff foi na mesma direção, afirmando que o amplo fluxo de investimento estrangeiro do país reforça a resiliência do país no quadro de transição financeira e monetária, ao mesmo tempo em que reiterou o compromisso com o controle da inflação e das contas públicas.


Com isso, a divisa dos EUA era negociada nesta sessão abaixo do nível de 2,35 reais, que alguns analistas identificam como importante piso de resistência. A interpretação é que esse patamar não é inflacionário nem prejudica as exportações, mas os especialistas entendem que os mercados ainda estão muito sensíveis e que é cedo para cravar tendências.

"Eu achei que o dólar pudesse segurar a 2,35 reais, mas o mercado está muito sensível. Qualquer notícia pode incomodar o mercado e impulsionar o dólar acima desse nível", disse o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado.

Pela manhã, o BC deu continuidade às atuações diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps tradicionais --equivalentes a venda futura de dólares-- com volume equivalente a 197,6 milhões de dólares. Foram mil contratos para 1º de agosto e 3 mil para 1º de dezembro deste ano.

A autoridade monetária também vendeu o lote integral de 10,5 mil swaps em mais um leilão para a rolagem dos contratos que vencem em 5 de março. Com isso, o BC já rolou cerca de 91 por cento do lote para o próximo mês, que equivale a 7,378 bilhões de dólares.

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Às 12h10, a moeda norte-americana perdia 0,76 por cento, a 2,3354 reais na venda, após acumular queda de 1,39 por cento na semana passada e bater 2,3295 reais na mínima desta sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 500 milhões de dólares.

"Como disse o próprio Tombini, o fluxo melhorou e as expectativas melhoraram. Com isso, o mercado continua se desfazendo de posições (compradas)", disse o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, acrescentando que sobretudo investidores estrangeiros iam nessa direção.

Ele referia-se a declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o fluxo líquido de capital para o país nos dois primeiros meses do ano deve ficar perto de 3 bilhões de dólares, após alguns meses de saída líquida.

A melhora nas expectativas foi desencadeada pelo anúncio da nova meta de superávit primário para 2014, que provocou ampla queda do dólar no fim da semana passada.

Nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff foi na mesma direção, afirmando que o amplo fluxo de investimento estrangeiro do país reforça a resiliência do país no quadro de transição financeira e monetária, ao mesmo tempo em que reiterou o compromisso com o controle da inflação e das contas públicas.


Com isso, a divisa dos EUA era negociada nesta sessão abaixo do nível de 2,35 reais, que alguns analistas identificam como importante piso de resistência. A interpretação é que esse patamar não é inflacionário nem prejudica as exportações, mas os especialistas entendem que os mercados ainda estão muito sensíveis e que é cedo para cravar tendências.

"Eu achei que o dólar pudesse segurar a 2,35 reais, mas o mercado está muito sensível. Qualquer notícia pode incomodar o mercado e impulsionar o dólar acima desse nível", disse o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado.

Pela manhã, o BC deu continuidade às atuações diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps tradicionais --equivalentes a venda futura de dólares-- com volume equivalente a 197,6 milhões de dólares. Foram mil contratos para 1º de agosto e 3 mil para 1º de dezembro deste ano.

A autoridade monetária também vendeu o lote integral de 10,5 mil swaps em mais um leilão para a rolagem dos contratos que vencem em 5 de março. Com isso, o BC já rolou cerca de 91 por cento do lote para o próximo mês, que equivale a 7,378 bilhões de dólares.

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