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Dólar amplia queda e toca no patamar de R$3,57

O dólar futuro caía cerca de 0,6 por cento, sendo que haviam sido negociados apenas 120 mil contratos na BM&F, volume baixo para o horário

Dólar: "No meio de tantas notícias ruins, é bom ter uma novidade positiva no que tange ao fiscal" (Adam Gault/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2016 às 15h09.

O dólar ampliou a queda e foi às mínimas da sessão nesta segunda-feira, abaixo de 3,60 reais, após o superávit primário do governo central superar de longe as expectativas de analistas em abril, em sessão marcada por baixo volume de negócios devido a feriado nos Estados Unidos .

Às 14:56, o dólar recuava 0,80 por cento, a 3,5820 reais na venda, após chegar a 3,6171 reais na máxima e e,5774 reais na mínima do dia. A moeda norte-americana havia subido 0,38 por cento na sessão passada e voltado a superar 3,60 reais.

O dólar futuro caía cerca de 0,6 por cento, sendo que haviam sido negociados apenas 120 mil contratos na BM&F, volume baixo para o horário.

"No meio de tantas notícias ruins, é bom ter uma novidade positiva no que tange ao fiscal", disse o superintendente de derivativos da corretora de um banco nacional.

"Não é como se todos os problemas tivessem desaparecido, mas em um dia mais vazio como hoje acaba servindo de motivo para os mercados melhorarem", acrescentou.

O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de 9,751 bilhões de reais em abril, bem acima do saldo positivo de 600 milhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters.

O dado ajudou a moeda norte-americana a ampliar a queda frente ao real, após alternar entre leves altas e baixas durante toda a primeira metade da sessão em meio à liquidez reduzida.

Os mercados norte-americanos não abriram nesta segunda-feira devido ao feriado de "Memorial Day".

"Com os EUA parados, o mercado aqui fica bem devagar", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa.

Operadores afirmaram que os negócios eram influenciados também pela briga pela Ptax de maio, taxa calculada pelo BC no último pregão do mês que serve de referência para diversos contratos cambiais.

Investidores costumam disputar para deslocar as cotações a patamares favoráveis a suas posições.

Olhando para prazos mais longos, operadores afirmavam que o dólar tende a se fortalecer em nível global nos próximos meses conforme ficar mais claro que o Federal Reserve, banco central dos EUA, deve elevar o juro mais cedo. Isso pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados.

No Brasil, o movimento deve ser influenciado também pelo cenário político, com muitos agentes financeiros evitando assumir riscos diante da perspectiva de que o governo do presidente interino Michel Temer enfrente dificuldades para aprovar no Congresso Nacional medidas de austeridade fiscal.

Esses temores políticos têm sido acentuados, nas últimas semanas, por uma série de notícias sugerindo que figuras importantes do PMDB e do próprio governo Temer se oporiam às investigações da operação Lava Jato.

Na semana passada, isso resultou na exoneração do então ministro do Planejamento, o senador peemedebista Romero Jucá (RR).

"Não vejo o dólar voltando para abaixo de 3,50 reais tão cedo", disse o operador Glauber Romano, da corretora Intercam.

A moeda norte-americana chegou a flertar com níveis mais baixos do que 3,50 reais ao longo das últimas semanas, mas o Banco Central brasileiro frequentemente aproveitou a ocasião para intervir no câmbio.

Alguns operadores acreditam que a autoridade monetária teria como objetivo combater a fraqueza do dólar para proteger as exportações, apesar do impacto inflacionário da alta da moeda dos EUA.

O BC não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão, mantendo-se ausente pela sétima sessão consecutiva, período em que a divisa norte-americana se firmou acima desse patamar.

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O dólar ampliou a queda e foi às mínimas da sessão nesta segunda-feira, abaixo de 3,60 reais, após o superávit primário do governo central superar de longe as expectativas de analistas em abril, em sessão marcada por baixo volume de negócios devido a feriado nos Estados Unidos .

Às 14:56, o dólar recuava 0,80 por cento, a 3,5820 reais na venda, após chegar a 3,6171 reais na máxima e e,5774 reais na mínima do dia. A moeda norte-americana havia subido 0,38 por cento na sessão passada e voltado a superar 3,60 reais.

O dólar futuro caía cerca de 0,6 por cento, sendo que haviam sido negociados apenas 120 mil contratos na BM&F, volume baixo para o horário.

"No meio de tantas notícias ruins, é bom ter uma novidade positiva no que tange ao fiscal", disse o superintendente de derivativos da corretora de um banco nacional.

"Não é como se todos os problemas tivessem desaparecido, mas em um dia mais vazio como hoje acaba servindo de motivo para os mercados melhorarem", acrescentou.

O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário de 9,751 bilhões de reais em abril, bem acima do saldo positivo de 600 milhões de reais projetado por analistas em pesquisa da Reuters.

O dado ajudou a moeda norte-americana a ampliar a queda frente ao real, após alternar entre leves altas e baixas durante toda a primeira metade da sessão em meio à liquidez reduzida.

Os mercados norte-americanos não abriram nesta segunda-feira devido ao feriado de "Memorial Day".

"Com os EUA parados, o mercado aqui fica bem devagar", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Corrêa.

Operadores afirmaram que os negócios eram influenciados também pela briga pela Ptax de maio, taxa calculada pelo BC no último pregão do mês que serve de referência para diversos contratos cambiais.

Investidores costumam disputar para deslocar as cotações a patamares favoráveis a suas posições.

Olhando para prazos mais longos, operadores afirmavam que o dólar tende a se fortalecer em nível global nos próximos meses conforme ficar mais claro que o Federal Reserve, banco central dos EUA, deve elevar o juro mais cedo. Isso pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados.

No Brasil, o movimento deve ser influenciado também pelo cenário político, com muitos agentes financeiros evitando assumir riscos diante da perspectiva de que o governo do presidente interino Michel Temer enfrente dificuldades para aprovar no Congresso Nacional medidas de austeridade fiscal.

Esses temores políticos têm sido acentuados, nas últimas semanas, por uma série de notícias sugerindo que figuras importantes do PMDB e do próprio governo Temer se oporiam às investigações da operação Lava Jato.

Na semana passada, isso resultou na exoneração do então ministro do Planejamento, o senador peemedebista Romero Jucá (RR).

"Não vejo o dólar voltando para abaixo de 3,50 reais tão cedo", disse o operador Glauber Romano, da corretora Intercam.

A moeda norte-americana chegou a flertar com níveis mais baixos do que 3,50 reais ao longo das últimas semanas, mas o Banco Central brasileiro frequentemente aproveitou a ocasião para intervir no câmbio.

Alguns operadores acreditam que a autoridade monetária teria como objetivo combater a fraqueza do dólar para proteger as exportações, apesar do impacto inflacionário da alta da moeda dos EUA.

O BC não anunciou qualquer intervenção cambial para esta sessão, mantendo-se ausente pela sétima sessão consecutiva, período em que a divisa norte-americana se firmou acima desse patamar.

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