Dólar amplia perdas e vai abaixo de R$3,80
A moeda norte-americana também caía em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2015 às 12h59.
São Paulo - O dólar ampliou as perdas e voltou abaixo de 3,80 reais nesta terça-feira, acompanhando outros mercados emergentes, após dados sobre a inflação nos Estados Unidos em linha com as expectativas trazerem poucos motivos para sustentar a moeda norte-americana em alta.
Às 12:10, o dólar recuava 0,65 por cento, a 3,7935 reais na venda, após atingir mais cedo 3,8267 reais na máxima da sessão.
A moeda norte-americana também caía em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
"O mercado estava com medo desses números, mas o resultado ficou bem dentro do esperado. Essa queda (do dólar) é um suspiro de alívio", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.
Os preços aos consumidores nos Estados Unidos subiram em outubro, após dois meses seguidos de queda, com aumento no custo da gasolina e de uma série de outros bens.
Apesar do alívio nos mercados emergentes, continuavam firmes as apostas na elevação dos juros norte-americanos no mês que vem, o que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em países como o Brasil.
"Devemos esperar que o movimento se reverta se a ata do Fed amanhã for 'hawkish'", afirmou economista da 4Cast, Pedro Tuesta, referindo-se à ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Segundo operadores, a queda do dólar era maior no Brasil do que em outros mercados em função da atuação do Banco Central brasileiro, que ofertará até 500 milhões de dólares em leilão de linha, que não tem objetivo de rolar contratos já existentes.
Serão duas etapas: entre 15h15 e 15h20, serão ofertados dólares com data de recompra em 4 de abril de 2016; em seguida, entre 15h30 e 15h35, serão ofertados contratos com recompra em 5 de julho de 2016.
A operação, a quinta desse tipo neste mês, também cumpre a função de atender à demanda por dólares típica de fim de ano, relacionada principalmente a exportadores.
O BC também deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro.
Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a 6,491 bilhões de dólares, ou cerca de 60 por cento do lote total, que corresponde a 10,905 bilhões de dólares.
O reforço na intervenção vem em dia marcado por votações importantes no Congresso Nacional. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional deve votar a meta de primário de 2015.
Mais tarde, está prevista a análise pelo Congresso dos vetos presidenciais às chamadas "pautas-bomba" com destaque para o reajuste dos servidores do Judiciário.
"O clima volta a esquentar em Brasília", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
"O Banco Central preferiu se antecipar e anunciou mais leilão de linha para evitar eventual pressão do dólar sobre o real".
São Paulo - O dólar ampliou as perdas e voltou abaixo de 3,80 reais nesta terça-feira, acompanhando outros mercados emergentes, após dados sobre a inflação nos Estados Unidos em linha com as expectativas trazerem poucos motivos para sustentar a moeda norte-americana em alta.
Às 12:10, o dólar recuava 0,65 por cento, a 3,7935 reais na venda, após atingir mais cedo 3,8267 reais na máxima da sessão.
A moeda norte-americana também caía em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
"O mercado estava com medo desses números, mas o resultado ficou bem dentro do esperado. Essa queda (do dólar) é um suspiro de alívio", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.
Os preços aos consumidores nos Estados Unidos subiram em outubro, após dois meses seguidos de queda, com aumento no custo da gasolina e de uma série de outros bens.
Apesar do alívio nos mercados emergentes, continuavam firmes as apostas na elevação dos juros norte-americanos no mês que vem, o que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em países como o Brasil.
"Devemos esperar que o movimento se reverta se a ata do Fed amanhã for 'hawkish'", afirmou economista da 4Cast, Pedro Tuesta, referindo-se à ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
Segundo operadores, a queda do dólar era maior no Brasil do que em outros mercados em função da atuação do Banco Central brasileiro, que ofertará até 500 milhões de dólares em leilão de linha, que não tem objetivo de rolar contratos já existentes.
Serão duas etapas: entre 15h15 e 15h20, serão ofertados dólares com data de recompra em 4 de abril de 2016; em seguida, entre 15h30 e 15h35, serão ofertados contratos com recompra em 5 de julho de 2016.
A operação, a quinta desse tipo neste mês, também cumpre a função de atender à demanda por dólares típica de fim de ano, relacionada principalmente a exportadores.
O BC também deu continuidade, nesta manhã, à rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro.
Até agora, a autoridade monetária rolou o equivalente a 6,491 bilhões de dólares, ou cerca de 60 por cento do lote total, que corresponde a 10,905 bilhões de dólares.
O reforço na intervenção vem em dia marcado por votações importantes no Congresso Nacional. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional deve votar a meta de primário de 2015.
Mais tarde, está prevista a análise pelo Congresso dos vetos presidenciais às chamadas "pautas-bomba" com destaque para o reajuste dos servidores do Judiciário.
"O clima volta a esquentar em Brasília", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
"O Banco Central preferiu se antecipar e anunciou mais leilão de linha para evitar eventual pressão do dólar sobre o real".