Exame Logo

Dólar acelera alta e chega mais perto de R$2,40

Movimento de valorização do dólar ganhou ainda mais força no final da manhã após a divulgação do resultado mais forte do crescimento da economia norte-americana

Cliente troca reais por dólares: às 12h21, o dólar subia 1,29 por cento, a 2,3807 reais na venda, chegando a 2,3902 na máxima da sessão (Bruno Domingos/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 12h02.

São Paulo - O dólar acelerava a alta e se aproximava do patamar de 2,40 reais nesta sexta-feira, devido à demanda maior pela divisa no fim do ano num cenário de início da redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos e da extensão do programa de atuações cambiais menos intenso do Banco Central brasileiro.

O movimento de valorização do dólar ganhou ainda mais força no final da manhã após a divulgação do resultado mais forte do crescimento da economia norte-americana no terceiro trimestre, alimentando a expectativa de que a redução do programa de estímulos pode ser mais intensa no futuro.

Às 12h21, o dólar subia 1,29 por cento, a 2,3807 reais na venda, chegando a 2,3902 na máxima da sessão. Na véspera, a moeda dos Estados Unidos fechou em alta de 0,33 por cento, a 2,3503 reais.

"Os números da economia dos EUA vão balizar o mercado, após a diminuição do aporte do Fed", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam, Jaime Ferreira. "A avaliação do mercado é que, dependendo da evolução mais forte da economia, o Fed poderá acelerar a retirada dos estímulos", emendou.

A economia dos EUA cresceu no ritmo mais rápido em quase dois anos no terceiro trimestre, a uma taxa anual de 4,1 por cento, em vez do ritmo de 3,6 por cento divulgado anteriormente neste mês.

Na quarta-feira, o Federal Reserve, banco central norte-americano, anunciou que começará a reduzir seu programa mensal de estímulos em 10 bilhões de dólares, a 75 bilhões de dólares, o que vai limitar um pouco a liquidez mundial.


Poucas horas depois, veio o BC brasileiro divulgando que vai estender seu programa de intervenções cambiais até meados de junho, mas com a metade do que é ofertado hoje em leilões de swap cambial tradicional --equivalente à venda de dólares no futuro.

"Com o final de ano, a volatilidade (no câmbio) sempre aumenta", afirmou o operador de câmbio de uma corretora nacional, referindo-se à maior demanda por dólar nesta época, entre outros, das empresas que precisam fazer remessas ao exterior.

Mas, por enquanto, o BC mantém suas rações diárias intactas.

Nesta sexta-feira, ofertou até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra em 5 de maio de 2014, com taxa de 2,451143 reais, e realizará o décimo e possivelmente último leilão para rolar os vencimentos de 2 de janeiro, com a oferta de até 18,6 mil contratos.

Para Ferreira, com o dólar chegando a 2,40 reais, o mercado ficará atendo à possibilidade de o BC realizar alguma intervenção extra com o intuito de se defender essa marca. "Se bater 2,40 reais, vamos ver como será a reação do BC", afirmou Ferreira, da Intercam.

Veja também

São Paulo - O dólar acelerava a alta e se aproximava do patamar de 2,40 reais nesta sexta-feira, devido à demanda maior pela divisa no fim do ano num cenário de início da redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos e da extensão do programa de atuações cambiais menos intenso do Banco Central brasileiro.

O movimento de valorização do dólar ganhou ainda mais força no final da manhã após a divulgação do resultado mais forte do crescimento da economia norte-americana no terceiro trimestre, alimentando a expectativa de que a redução do programa de estímulos pode ser mais intensa no futuro.

Às 12h21, o dólar subia 1,29 por cento, a 2,3807 reais na venda, chegando a 2,3902 na máxima da sessão. Na véspera, a moeda dos Estados Unidos fechou em alta de 0,33 por cento, a 2,3503 reais.

"Os números da economia dos EUA vão balizar o mercado, após a diminuição do aporte do Fed", afirmou o superintendente de câmbio da Intercam, Jaime Ferreira. "A avaliação do mercado é que, dependendo da evolução mais forte da economia, o Fed poderá acelerar a retirada dos estímulos", emendou.

A economia dos EUA cresceu no ritmo mais rápido em quase dois anos no terceiro trimestre, a uma taxa anual de 4,1 por cento, em vez do ritmo de 3,6 por cento divulgado anteriormente neste mês.

Na quarta-feira, o Federal Reserve, banco central norte-americano, anunciou que começará a reduzir seu programa mensal de estímulos em 10 bilhões de dólares, a 75 bilhões de dólares, o que vai limitar um pouco a liquidez mundial.


Poucas horas depois, veio o BC brasileiro divulgando que vai estender seu programa de intervenções cambiais até meados de junho, mas com a metade do que é ofertado hoje em leilões de swap cambial tradicional --equivalente à venda de dólares no futuro.

"Com o final de ano, a volatilidade (no câmbio) sempre aumenta", afirmou o operador de câmbio de uma corretora nacional, referindo-se à maior demanda por dólar nesta época, entre outros, das empresas que precisam fazer remessas ao exterior.

Mas, por enquanto, o BC mantém suas rações diárias intactas.

Nesta sexta-feira, ofertou até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra em 5 de maio de 2014, com taxa de 2,451143 reais, e realizará o décimo e possivelmente último leilão para rolar os vencimentos de 2 de janeiro, com a oferta de até 18,6 mil contratos.

Para Ferreira, com o dólar chegando a 2,40 reais, o mercado ficará atendo à possibilidade de o BC realizar alguma intervenção extra com o intuito de se defender essa marca. "Se bater 2,40 reais, vamos ver como será a reação do BC", afirmou Ferreira, da Intercam.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólarMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame