Dólar acelera alta após ata do Fed e fecha a R$1,9660
A moeda operou com leve alta durante boa parte do pregão, num movimento identificado por analistas como ajuste técnico
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - O dólar encerrou em alta frente ao real nesta quarta-feira, acelerando ganhos perto do fim do pregão após a publicação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) indicando que do Federal Reserve, banco central norte-americano, pode reduzir ou interromper a compra de bônus antes do esperado.
A moeda norte-americana fechou com alta de 0,56 por cento, a 1,9660 real na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,457 bilhões de dólares.
A ata da reunião de janeiro mostrou que alguns membros do Fomc consideram interromper ou reduzir o programa de compra de bônus, mesmo antes de constatar melhora no mercado de trabalho, devido a temores sobre seus possíveis custos. Na reunião de janeiro, a instituição decidiu manter o ritmo de aquisição de ativos em 85 bilhões de dólares por mês.
"Várias palavras colaboraram para isso: alguns membros discutindo a eventual retirada da acomodação, mencionando que estariam prontos para reduzir o ritmo das compras já em março", disse o economista-sênior do BES Investimento, Flavio Serrano.
"A leitura dos mercados foi de fortalecimento do dólar", acrescentou.
Após a publicação da ata, o dólar ampliou os ganhos frente ao real e atingiu a máxima da sessão, a 1,9671 real, espelhando a apreciação da moeda norte-americana nos mercados externos.
A moeda operou com leve alta durante boa parte do pregão, num movimento identificado por analistas como ajuste técnico, após ter registrado forte queda nas últimas sessões. Desde o início do mês, o dólar acumula perda de 1,21 por cento frente ao real.
O mercado tem interpretado que o Banco Central está tolerando a queda do dólar para ajudar a conter as pressões inflacionárias. A divulgação da inflação oficial de janeiro, que registrou a maior alta em quase 8 anos, e declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que os preços ficarão pressionados no primeiro semestre, corroboraram para essa suposição.
No entanto, o BC evitou por duas vezes que o dólar caísse abaixo de 1,95 real nas últimas semanas, o que o mercado entendeu como um novo piso informal para a divisa.
"O mercado não vai só cair, mas a tendência é de baixa (para o dólar). Além disso, o mercado olha um pouco lá pra fora", disse um operador de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ser identificado, acrescentando que o dólar deve se acomodar em torno dos atuais níveis por algum tempo.
Segundo Serrano, da BES, o BC não deve permitir que o dólar caia muito abaixo desse patamar, para não prejudicar as exportações e a indústria local, o que comprometeria a frágil recuperação da economia.
Nesta manhã, o BC informou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), desacelerou para alta de 0,26 por cento em dezembro ante novembro e encerrou 2012 mostrando crescimento no ano de 1,35 por cento, segundo dados dessazonalizados. Analistas esperavam alta de 0,4 por cento em dezembro.
São Paulo - O dólar encerrou em alta frente ao real nesta quarta-feira, acelerando ganhos perto do fim do pregão após a publicação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) indicando que do Federal Reserve, banco central norte-americano, pode reduzir ou interromper a compra de bônus antes do esperado.
A moeda norte-americana fechou com alta de 0,56 por cento, a 1,9660 real na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,457 bilhões de dólares.
A ata da reunião de janeiro mostrou que alguns membros do Fomc consideram interromper ou reduzir o programa de compra de bônus, mesmo antes de constatar melhora no mercado de trabalho, devido a temores sobre seus possíveis custos. Na reunião de janeiro, a instituição decidiu manter o ritmo de aquisição de ativos em 85 bilhões de dólares por mês.
"Várias palavras colaboraram para isso: alguns membros discutindo a eventual retirada da acomodação, mencionando que estariam prontos para reduzir o ritmo das compras já em março", disse o economista-sênior do BES Investimento, Flavio Serrano.
"A leitura dos mercados foi de fortalecimento do dólar", acrescentou.
Após a publicação da ata, o dólar ampliou os ganhos frente ao real e atingiu a máxima da sessão, a 1,9671 real, espelhando a apreciação da moeda norte-americana nos mercados externos.
A moeda operou com leve alta durante boa parte do pregão, num movimento identificado por analistas como ajuste técnico, após ter registrado forte queda nas últimas sessões. Desde o início do mês, o dólar acumula perda de 1,21 por cento frente ao real.
O mercado tem interpretado que o Banco Central está tolerando a queda do dólar para ajudar a conter as pressões inflacionárias. A divulgação da inflação oficial de janeiro, que registrou a maior alta em quase 8 anos, e declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que os preços ficarão pressionados no primeiro semestre, corroboraram para essa suposição.
No entanto, o BC evitou por duas vezes que o dólar caísse abaixo de 1,95 real nas últimas semanas, o que o mercado entendeu como um novo piso informal para a divisa.
"O mercado não vai só cair, mas a tendência é de baixa (para o dólar). Além disso, o mercado olha um pouco lá pra fora", disse um operador de uma corretora em São Paulo, que pediu para não ser identificado, acrescentando que o dólar deve se acomodar em torno dos atuais níveis por algum tempo.
Segundo Serrano, da BES, o BC não deve permitir que o dólar caia muito abaixo desse patamar, para não prejudicar as exportações e a indústria local, o que comprometeria a frágil recuperação da economia.
Nesta manhã, o BC informou que o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), desacelerou para alta de 0,26 por cento em dezembro ante novembro e encerrou 2012 mostrando crescimento no ano de 1,35 por cento, segundo dados dessazonalizados. Analistas esperavam alta de 0,4 por cento em dezembro.