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Dólar abre estável e dividido por expectativa de fluxo e exterior

Às 11:01, a moeda americana recuava 0,10 por cento, a 3,1935 reais na venda,após ir abaixo de 3,20 reais na véspera

Dólar: investidores estão apreensivos com a política econômica que será adotada no governo de Trump (foto/Thinkstock)

Dólar: investidores estão apreensivos com a política econômica que será adotada no governo de Trump (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 11h12.

São Paulo - O dólar exibia leves oscilações ante o real nesta terça-feira, com investidores divididos entre a expectativa de ingresso de recursos e a alta da moeda norte-americana frente a divisas emergentes.

Às 11:01, o dólar recuava 0,10 por cento, a 3,1935 reais na venda, após ir abaixo de 3,20 reais na véspera, menor nível desde 8 de novembro. O dólar futuro cedia cerca de 0,20 por cento.

"A captação da Petrobras gerou expectativa de ingresso de recursos. Por outro lado, no exterior, há cautela com o pronunciamento de Trump amanhã", comentou o operador de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva Filho.

Ele se referia à entrevista coletiva que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, dará na quarta-feira, a primeira desde que derrotou a democrata Hillary Clinton na disputa pela Casa Branca em novembro.

Os investidores, de modo geral, estão apreensivos com a política econômica que será adotada no governo de Trump, que pode ser inflacionária e obrigar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros, o que atrairia à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outros mercados, como o brasileiro.

No exterior, o dólar subia ante o peso mexicano, a lira turca e o rand sul africano.

Internamente, a captação da Petrobras trouxe viés de baixa ao dólar neste pregão. A estatal lançou 4 bilhões de dólares em bônus no mercado internacional, operação que busca alongar a dívida vincenda.

A oferta teve demanda de mais de 20 bilhões de dólares e é a primeira emissão primária de uma empresa da América Latina no mercado internacional neste ano.

"Após a Petrobras captar recursos lá fora, especula-se que outras empresas possam seguir o mesmo caminho", comentou a corretora Guide Investimentos em relatório a clientes. "A emissão da Petrobras mostra que ainda há liquidez para os mercados emergentes", acrescentou.

A produtora de papel e celulose Fibria, por exemplo, iniciou giro de reuniões para promover emissão de "Green Bonds" denominados em dólares e com vencimento em 2027, informou na semana passada o IFR, serviço da Thomson Reuters.

O Banco Central brasileiro continuava sem atuar no mercado de câmbio desde o último dia 13.

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