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Dólar amplia queda refletindo exterior e vantagem de Bolsonaro

Às 13:07, o dólar BRBY recuava 0,87 por cento, a 3,6815 reais na venda

Dólar abriu a última semana antes das eleições presidenciais em queda (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)
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Reuters

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 09h19.

Última atualização em 22 de outubro de 2018 às 14h11.

São Paulo - O dólar ampliou a queda ante o real nesta segunda-feira, influenciado pelo favoritismo de Jair Bolsonaro (PSL) à corrida presidencial em novas pesquisas de intenção de voto e pelo noticiário que agrada o mercado sobre o eventual futuro governo do candidato.

Às 13:07, o dólar recuava 0,87 por cento, a 3,6815 reais na venda. A moeda bateu a mínima de 3,6702 reais no fim da manhã depois de ir a 3,7218 reais com pequeno movimento de alta no início do pregão.

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Além de sinalizar que eventualmente buscará a independência do Banco Central, Bolsonaro também vem negociando a formação de uma base parlamentar capaz de aprovar reformas constitucionais, duas informações positivas na avaliação do mercado.

"A independência do Banco Central ameniza qualquer desconforto", afirmou o diretor da Mirae, Pablo Spyer.

O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,9 por cento.

A moeda norte-americana chegou a subir dois centavos contra o real após o início do pregão, em parte por atrair compradores quando a cotação foi abaixo de 3,70 reais e também acompanhando o desempenho no exterior, onde subia ante o peso mexicano e a lira turca, de acordo com o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Após a breve alta, o dólar retomou a queda, tendência que deve permanecer durante a semana anterior ao segundo turno da eleição presidencial.

"É uma segunda-feira de agenda fraca e o volume está pequeno, o mercado oscila muito fácil em relação aos ativos", explicou Amado, acrescentando não acreditar "que o mercado vai desmontar posições e aprofundar a queda durante a semana".

"Vai prevalecer a cautela", acrescentou.

Pesquisa de intenção de votos encomendada pelo BTG Pactual à FSB Pesquisas mostrou, nesta segunda-feira, uma liderança de 20 pontos de Bolsonaro sobre Fernando Haddad, do PT, considerando os votos válidos. Já no levantamento CNT/MDA, também divulgado nesta segunda-feira, Bolsonaro tem 57 por cento dos votos válidos, contra 43 por cento de Haddad. .

Com a consolidação do cenário preferido do mercado de provável vitória de Bolsonaro no domingo, as negociações do candidato do PSL para montagem de uma coalizão no Congresso devem ocupar as atenções dos investidores.

A negociação de Bolsonaro com os partidos políticos que integram o chamado Centrão "deverá ser bem recebida pelo mercado, uma vez que é um indício de que o nível de governabilidade poderá ser melhor que o esperado", diz relatório da Renascença DTVM assinado pelo economista Marcos R. Pessoa e equipe.

No exterior, a promessa de mais estímulos depois que a China revelou medidas de mudanças de impostos para sustentar a economia e empresas ajudava os mercados emergentes, em um dia de maior alívio também com o orçamento italiano depois que a agência de classificação Moody's manteve a perspectiva estável do país.

O Banco Central vendeu nesta sessão 7,7 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,775 bilhões de dólares do total de 8,027 bilhões de dólares que vence em novembro.

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