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Dólar vira para alta com risco fiscal e volta a fechar acima de R$ 5,60

Mercado teme extensão de auxílio emergencial para o ano que vem, o que elevaria os gastos do governo; Guedes nega medida

Dólar: temores fiscais voltam a pressionar mercado de câmbio (halduns/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 09h23.

Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 17h55.

O dólar fechou em alta de 0,5% nesta quarta-feira, 7, sendo negociado a 5,623 reais na venda. Pela manhã, a moeda americana abriu em queda, acompanhando o cenário internacional favorável aos ativos de risco, mas passou a subir, com temores sobre a condução fiscal do país.

O que desencadeou a maior aversão ao risco no cenário local focam reportagens da Veja e do Poder 360 que afirmaram que o governo estaria estudando estender o auxílio emergencial para o ano que vem. Pouco após as publicações, a moeda americana chegou a tocar a cotação máxima do dia, de 5,634 reais.

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A valorização do dólar só foi perder após o ministro da Economia, Paulo Guedes, negar as informações, afirmando que o programa de auxílio irá acabar no fim de dezembro, como previsto. Mas o estrago já estava feito.

No exterior, o tom positivo predominou, com expectativas de estímulos renovadas, após a presidente da Câmara americana, Nancy Pelosi e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin voltarem a conversar sobre a possibilidade de estímulos. De acordo com a Bloomberg, ela estaria aberta a aceitar um pacote que ajudaria as companhias aéreas, mas sem incluir pagamentos diretos de 1.200 dólares a americanos.

“No primeiro momento, o mercado reagiu mal [aos tweets de Trump], mas o estímulo é só uma questão de tempo para sair. Por isso o mercado está mais tranquilo”, afirma Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.

 

 

Com o clima mais ameno nos mercados internacionais, o dólar se desvalorizou contra as principais das moedas emergentes, com exceção do real e da lira turca. Perante divisas desenvolvidas, a moeda americana também teve perdas, com destaque para o euro, que chegou a se valorizar mais de 0,3%.

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