Dívida da zona do euro é vista como tóxica e juro pode saltar a 10%, diz Soros
Para o megainvestidor, o Banco Central Europeu precisa de uma ação emergencial no mercado
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 16h17.
São Paulo – O megainvestidor bilionário George Soros pede uma ação emergencial do Banco Central Europeu para estabilizar o mercado de títulos da dívida dos países da zona do euro, destaca ele em um artigo publicado nesta terça-feira no jornal Financial Times escrito em parceria com Peter Bofinger da Universidade alemã de Würzburg.
“O Banco Central Europeu precisa interromper a corrida dos títulos a todo custo porque está colocando em risco a estabilidade da moeda única. A melhor maneira de fazer isso no curto prazo é impor um teto para o juro dos títulos soberanos emitidos por governos que seguem políticas fiscais responsáveis e que não estão sujeitos aos programas de ajuste”, destaca Soros.
A Espanha pagou hoje o maior juro em 14 anos para uma emissão de curto prazo. O rendimento médio de uma venda de 3 bilhões de euros em títulos de 3 e 6 meses ficou acima de 5% na de prazo mais curto ante aproximadamente 2,3% na operação realizada no mês passado. O juro para os papéis de seis meses subiu de 3,3% para acima de 5%
Desconfiança
O custo para se proteger de um eventual calote da Espanha atingiu mais um recorde hoje. O spread do CDS (Credit Default Swap) do país subiu 15 pontos-base, para 484 pontos–base. O CDS de cinco anos da França avançou três pontos-base, para 237 pontos-base. O juro dos títulos de 10 anos da Espanha disparou 52 pontos-base, para 6,61%.
“Normalmente os bancos centrais fixam apenas os juros de curto prazo, mas não passamos por um período normal. Os títulos dos governos que eram considerados livres de risco quando as instituições financeiras os adquiriram, e ainda são vistos assim pelos reguladores, se tornaram os ativos de mais risco”, disse.
Para Soros, os investidores não estão comprando os papéis com um juro de 7% porque são vistos como tóxicos e, desta forma, podem facilmente subir para o nível de 10%. Ele sugere que o BCE coloque um teto de 5% para os juros, o que tornaria os papéis atrativos para o longo prazo, ressalta.
São Paulo – O megainvestidor bilionário George Soros pede uma ação emergencial do Banco Central Europeu para estabilizar o mercado de títulos da dívida dos países da zona do euro, destaca ele em um artigo publicado nesta terça-feira no jornal Financial Times escrito em parceria com Peter Bofinger da Universidade alemã de Würzburg.
“O Banco Central Europeu precisa interromper a corrida dos títulos a todo custo porque está colocando em risco a estabilidade da moeda única. A melhor maneira de fazer isso no curto prazo é impor um teto para o juro dos títulos soberanos emitidos por governos que seguem políticas fiscais responsáveis e que não estão sujeitos aos programas de ajuste”, destaca Soros.
A Espanha pagou hoje o maior juro em 14 anos para uma emissão de curto prazo. O rendimento médio de uma venda de 3 bilhões de euros em títulos de 3 e 6 meses ficou acima de 5% na de prazo mais curto ante aproximadamente 2,3% na operação realizada no mês passado. O juro para os papéis de seis meses subiu de 3,3% para acima de 5%
Desconfiança
O custo para se proteger de um eventual calote da Espanha atingiu mais um recorde hoje. O spread do CDS (Credit Default Swap) do país subiu 15 pontos-base, para 484 pontos–base. O CDS de cinco anos da França avançou três pontos-base, para 237 pontos-base. O juro dos títulos de 10 anos da Espanha disparou 52 pontos-base, para 6,61%.
“Normalmente os bancos centrais fixam apenas os juros de curto prazo, mas não passamos por um período normal. Os títulos dos governos que eram considerados livres de risco quando as instituições financeiras os adquiriram, e ainda são vistos assim pelos reguladores, se tornaram os ativos de mais risco”, disse.
Para Soros, os investidores não estão comprando os papéis com um juro de 7% porque são vistos como tóxicos e, desta forma, podem facilmente subir para o nível de 10%. Ele sugere que o BCE coloque um teto de 5% para os juros, o que tornaria os papéis atrativos para o longo prazo, ressalta.