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DIs seguem indicando ciclo de afrouxamento monetário

Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 estava em 11,01%

A curva a termo de juros futuros já precifica a Selic abaixo de 10% no fim de 2012 (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2011 às 15h59.

São Paulo - O mercado de juros futuros voltou do feriado de Proclamação da República ajustando-se à recente piora da economia europeia, com as taxas dos bônus de países centrais como França, Finlândia e Áustria também em alta. Segundo analistas, a possibilidade de uma recessão na Europa é cada vez maior e o Banco Central Europeu deve continuar com uma política de afrouxamento monetário. Com isso, a curva a termo de juros futuros já precifica a Selic abaixo de 10% no fim de 2012, mas ainda indica que o gradualismo do Banco Central, cortando os juros em 0,5 ponto por reunião, será mantido.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (554.845 contratos) estava em 11,01%, nivelado ao ajuste de segunda-feira. O DI janeiro de 2013, com giro de 337.890 contratos, cedia a 9,94%, de 9,95% no ajuste anterior, enquanto o DI janeiro de 2014 (74.555 contratos) apontava 10,21%, de 10,25%. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (25.335 contratos) recuava a 10,85%, de 10,90% na segunda-feira, e o DI janeiro de 2021 (5.600 contratos) marcava mínima de 10,94%, ante 11,00% no ajuste.

Na medida em que o governo italiano paga mais caro para se financiar, acaba gerando pressão sobre a situação de outros países. Hoje, o juro da dívida italiana de 10 anos voltou ao patamar de 7% e atingiu 7,124% no início da tarde. Com isso, as taxas de países considerados seguros, até então, também subiram. Na segunda-feira, o yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos da Áustria fechou em 3,382%, com o da Finlândia em 2,501% e o da França em 3,669%. Hoje, o yield bateu em 3,650%, 2,529% e 3,698%, respectivamente.


O avanço dos yields italianos ocorre a despeito de a situação política no país caminhar para um desfecho. Hoje, o novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, anunciou os nomes dos ministros que farão parte do governo interino. Trata-se de um governo técnico, com os ocupantes do primeiro escalão oriundos do mundo acadêmico e também do setor privado. Monti vai acumular o cargo de ministro de Economia e Corrado Passera, executivo-chefe do banco italiano Intesa Sanpaolo, será ministro da Indústria.

Na Grécia, o novo governo de coalizão, liderado pelo primeiro-ministro, Lucas Papademos, ganhou, por 255 votos a favor e 38 contra, o voto de confiança do parlamento, eliminando a última barreira para sua oficialização. Pouco antes da votação, Papademos reafirmou os planos de reformas com o objetivo de manter o país na zona do euro.

Internamente, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o cenário central do BC para a inflação contempla ajustes moderados na taxa Selic, praticamente chancelando a visão do mercado de que não haveria uma aceleração dos cortes no próximo encontro do Copom, em 29 e 30 de novembro, justamente devido à retirada de parte das medidas macroprudenciais, na sexta-feira.

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Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 (554.845 contratos) estava em 11,01%, nivelado ao ajuste de segunda-feira. O DI janeiro de 2013, com giro de 337.890 contratos, cedia a 9,94%, de 9,95% no ajuste anterior, enquanto o DI janeiro de 2014 (74.555 contratos) apontava 10,21%, de 10,25%. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (25.335 contratos) recuava a 10,85%, de 10,90% na segunda-feira, e o DI janeiro de 2021 (5.600 contratos) marcava mínima de 10,94%, ante 11,00% no ajuste.

Na medida em que o governo italiano paga mais caro para se financiar, acaba gerando pressão sobre a situação de outros países. Hoje, o juro da dívida italiana de 10 anos voltou ao patamar de 7% e atingiu 7,124% no início da tarde. Com isso, as taxas de países considerados seguros, até então, também subiram. Na segunda-feira, o yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos da Áustria fechou em 3,382%, com o da Finlândia em 2,501% e o da França em 3,669%. Hoje, o yield bateu em 3,650%, 2,529% e 3,698%, respectivamente.


O avanço dos yields italianos ocorre a despeito de a situação política no país caminhar para um desfecho. Hoje, o novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, anunciou os nomes dos ministros que farão parte do governo interino. Trata-se de um governo técnico, com os ocupantes do primeiro escalão oriundos do mundo acadêmico e também do setor privado. Monti vai acumular o cargo de ministro de Economia e Corrado Passera, executivo-chefe do banco italiano Intesa Sanpaolo, será ministro da Indústria.

Na Grécia, o novo governo de coalizão, liderado pelo primeiro-ministro, Lucas Papademos, ganhou, por 255 votos a favor e 38 contra, o voto de confiança do parlamento, eliminando a última barreira para sua oficialização. Pouco antes da votação, Papademos reafirmou os planos de reformas com o objetivo de manter o país na zona do euro.

Internamente, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o cenário central do BC para a inflação contempla ajustes moderados na taxa Selic, praticamente chancelando a visão do mercado de que não haveria uma aceleração dos cortes no próximo encontro do Copom, em 29 e 30 de novembro, justamente devido à retirada de parte das medidas macroprudenciais, na sexta-feira.

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