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DIs longos caem puxados por fala de presidente do BC

Os juros futuros mais curtos fecharam perto dos ajustes, ainda sob a influência da ata do Copom anunciada na manhã desta quinta-feira

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (48.935 contratos) estava em 10,09% (BM&FBovespa/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 16h26.

São Paulo - As declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o programa de oferta de hedge cambial da instituição será mantido em 2014, minimizou um dos riscos precificados pelo mercado de juros , o que fez as taxas de longo prazo terminarem o dia em queda, em linha com a desvalorização do dólar.

Os juros futuros mais curtos, no entanto, fecharam perto dos ajustes, ainda sob a influência da ata do Copom anunciada na manhã desta quinta-feira, 5.

As palavras de Tombini, durante almoço na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), foram interpretadas como um sinal de que as pressões sobre o câmbio tendem a diminuir, minimizando, por consequência, os riscos para a inflação, dois fatores embutidos nos preços das taxas de juros mais longas. Essa leitura levou os DIs a renovarem mínimas na sessão, terminando perto desses patamares. Já as taxas mais curtas reagiram ao conteúdo da ata do Copom, que deixou em aberto a possibilidade de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto porcentual ou 0,50 ponto porcentual, como já era precificado pelos DIs.

Na ata, o Copom repetiu que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante" e acrescentou que a transmissão dos efeitos das ações de política monetária para a inflação ocorre com "defasagens" e o Banco Central entende "ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso".

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (48.935 contratos) estava em 10,09%, de 10,07% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (627.225 contratos) indicava 10,68%, de 10,67% ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (462.550 contratos) apontava 12,28%, ante 12,45% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (14.810 contratos) marcava mínima de 12,87%, de 13,12% no ajuste anterior.

No câmbio, o dólar fechou com queda de 1,09%, cotado em R$ 2,3630. A moeda dos EUA também aprofundou o movimento de desvalorização após as declarações de Tombini e interrompeu uma sequência de sete altas consecutivas.

Entre os indicadores desta quinta-feira, que acabaram em segundo plano, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 289.633 unidades em novembro, baixa de 10,7% na comparação com outubro e recuo de 8% ante novembro de 2012, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Com o resultado, a produção ainda acumula alta de 11,8% de janeiro a novembro sobre igual período de 2012, para 3,504 milhões de unidades.

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São Paulo - As declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o programa de oferta de hedge cambial da instituição será mantido em 2014, minimizou um dos riscos precificados pelo mercado de juros , o que fez as taxas de longo prazo terminarem o dia em queda, em linha com a desvalorização do dólar.

Os juros futuros mais curtos, no entanto, fecharam perto dos ajustes, ainda sob a influência da ata do Copom anunciada na manhã desta quinta-feira, 5.

As palavras de Tombini, durante almoço na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), foram interpretadas como um sinal de que as pressões sobre o câmbio tendem a diminuir, minimizando, por consequência, os riscos para a inflação, dois fatores embutidos nos preços das taxas de juros mais longas. Essa leitura levou os DIs a renovarem mínimas na sessão, terminando perto desses patamares. Já as taxas mais curtas reagiram ao conteúdo da ata do Copom, que deixou em aberto a possibilidade de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto porcentual ou 0,50 ponto porcentual, como já era precificado pelos DIs.

Na ata, o Copom repetiu que a política monetária deve se manter "especialmente vigilante" e acrescentou que a transmissão dos efeitos das ações de política monetária para a inflação ocorre com "defasagens" e o Banco Central entende "ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso".

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (48.935 contratos) estava em 10,09%, de 10,07% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (627.225 contratos) indicava 10,68%, de 10,67% ontem. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (462.550 contratos) apontava 12,28%, ante 12,45% na véspera. A taxa do DI para janeiro de 2021 (14.810 contratos) marcava mínima de 12,87%, de 13,12% no ajuste anterior.

No câmbio, o dólar fechou com queda de 1,09%, cotado em R$ 2,3630. A moeda dos EUA também aprofundou o movimento de desvalorização após as declarações de Tombini e interrompeu uma sequência de sete altas consecutivas.

Entre os indicadores desta quinta-feira, que acabaram em segundo plano, a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 289.633 unidades em novembro, baixa de 10,7% na comparação com outubro e recuo de 8% ante novembro de 2012, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Com o resultado, a produção ainda acumula alta de 11,8% de janeiro a novembro sobre igual período de 2012, para 3,504 milhões de unidades.

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