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DIs caem após Japão ampliar temor sobre economia global

Às 16h35, o contrato para janeiro de 2013 era negociado a 7,250 por cento, ante 7,280 por cento no ajuste da última sessão

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2012 às 17h08.

São Paulo -  Os contratos de juros futuros encerraram em queda nesta segunda-feira, com investidores mais preocupados com a desaceleração da economia global após dados mostrarem que o Japão cresceu menos do que o esperado no segundo trimestre.

Os DIs mais longos também sofreram um ajuste técnico após três sessões seguidas de alta, segundo operadores. A expectativa, no entanto, é de que esta correção seja limitada por preocupações com a inflação.

Às 16h35, o contrato para janeiro de 2013 era negociado a 7,250 por cento, ante 7,280 por cento no ajuste da última sessão. A taxa para janeiro de 2014 estava em 7,750 por cento, ante 7,820 por cento do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2017 era negociada a 9,200 por cento, ante 9,250 por cento no ajuste anterior.

"Está pesando mais o cenário externo hoje, o PIB do Japão veio abaixo do esperado e não saiu nenhum outro dado que possa reverter esse humor pior", disse o operador do Banco Daycoval, Bruno Martins. "Na sexta-feira, a parte longa da curva também subiu bastante e hoje o mercado está revertento um pouco isso." O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu só 0,3 por cento entre abril e junho passados, metade do avanço esperado.

Foi o último de uma série de indicadores que têm indicado fraqueza na atividade econômica global.


Diante de dados ruins de atividade, continua a expectativa de que os bancos centrais da Europa, dos Estados Unidos e da China tomem medidas de estímulo econômico. No entanto, a demora para ver ações concretas tem deixado investidores menos animados.

O cenário externo ainda preocupante dá espaço para que a Selic, atualmente em 8,0 por cento, continue caindo, afirmam analistas.

A curva de juros aponta 100 por cento das apostas em um corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado ainda se mantém dividido entre um corte de 0,25 ponto percentual e estabilidade na reunião de outubro.

No entanto, a possibilidade de que a inflação continue pressionada pelo aumento dos preços de commodities e alimentos deve limitar a queda dos DIs, sobretudo dos contratos mais longos, avaliam operadores.

"A inflação pode limitar. Parte dessa puxada dos (contratos) longos na semana passada foi devido à inflação, com dados vindo acima do esperado pelo mercado", lembrou Martins.

Nesta manhã, a pesquisa Focus do Banco Central mostrou piora nas estimativas para a inflação. Agora, o mercado vê o IPCA a 5,11 por cento no fim deste ano, ante 5,0 por cento no levantamento anterior. Mesmo assim, a estimativa de que a Selic --hoje na mínima histórica de 8 por cento-- cairá para 7,25 por cento neste foi mantida. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Walter Brandimarte)

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São Paulo -  Os contratos de juros futuros encerraram em queda nesta segunda-feira, com investidores mais preocupados com a desaceleração da economia global após dados mostrarem que o Japão cresceu menos do que o esperado no segundo trimestre.

Os DIs mais longos também sofreram um ajuste técnico após três sessões seguidas de alta, segundo operadores. A expectativa, no entanto, é de que esta correção seja limitada por preocupações com a inflação.

Às 16h35, o contrato para janeiro de 2013 era negociado a 7,250 por cento, ante 7,280 por cento no ajuste da última sessão. A taxa para janeiro de 2014 estava em 7,750 por cento, ante 7,820 por cento do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2017 era negociada a 9,200 por cento, ante 9,250 por cento no ajuste anterior.

"Está pesando mais o cenário externo hoje, o PIB do Japão veio abaixo do esperado e não saiu nenhum outro dado que possa reverter esse humor pior", disse o operador do Banco Daycoval, Bruno Martins. "Na sexta-feira, a parte longa da curva também subiu bastante e hoje o mercado está revertento um pouco isso." O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu só 0,3 por cento entre abril e junho passados, metade do avanço esperado.

Foi o último de uma série de indicadores que têm indicado fraqueza na atividade econômica global.


Diante de dados ruins de atividade, continua a expectativa de que os bancos centrais da Europa, dos Estados Unidos e da China tomem medidas de estímulo econômico. No entanto, a demora para ver ações concretas tem deixado investidores menos animados.

O cenário externo ainda preocupante dá espaço para que a Selic, atualmente em 8,0 por cento, continue caindo, afirmam analistas.

A curva de juros aponta 100 por cento das apostas em um corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom). O mercado ainda se mantém dividido entre um corte de 0,25 ponto percentual e estabilidade na reunião de outubro.

No entanto, a possibilidade de que a inflação continue pressionada pelo aumento dos preços de commodities e alimentos deve limitar a queda dos DIs, sobretudo dos contratos mais longos, avaliam operadores.

"A inflação pode limitar. Parte dessa puxada dos (contratos) longos na semana passada foi devido à inflação, com dados vindo acima do esperado pelo mercado", lembrou Martins.

Nesta manhã, a pesquisa Focus do Banco Central mostrou piora nas estimativas para a inflação. Agora, o mercado vê o IPCA a 5,11 por cento no fim deste ano, ante 5,0 por cento no levantamento anterior. Mesmo assim, a estimativa de que a Selic --hoje na mínima histórica de 8 por cento-- cairá para 7,25 por cento neste foi mantida. (Reportagem de Danielle Fonseca; Edição de Walter Brandimarte)

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