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Deutsche Bank permanece cauteloso com ações da Brasil Foods

“É difícil estimar um valor para os papéis da companhia diante do grande número de soluções possíveis” no Cade, destacam analistas

Deutsche Bank acredita que o prazo dado pelo Cade para que a Brasil Foods encontre uma solução para o acordo possa ser postergado (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2011 às 13h58.

São Paulo – A equipe de pesquisa do banco Deutsche Bank continua cautelosa sobre o desempenho das ações da Brasil Foods ( BRFS3 ), principalmente diante do processo de fusão entre a Perdigão e a Sadia e o desenrolar das discussões sobre a aprovação do acordo pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O relatório divulgado nesta terça-feira (21) e assinado pelos analistas Jose Yordan, Reinaldo Santana e Renata Coutinho alerta que ainda “é difícil estimar um valor para os papéis da companhia diante do grande número de soluções” que podem ser apresentadas tanto pela empresa como pelo Cade, destacam.

Na última semana, o órgão antitruste brasileiro aceitou o pedido apresentado pela diretoria da Brasil Foods para adiar o julgamento de fusão entre a Sadia e a Perdigão. A empresa conseguiu em 15 de junho o prazo de quase 30 dias (até 13 de julho) para apresentar uma proposta de venda de ativos que realmente convença os conselheiros de que o negócio é viável e que não prejudicará os consumidores e a concorrência.

Apesar do prazo imposto pelo Cade, os analistas do Deutsche Bank não descartam a possibilidade de que o período seja prorrogado, o que levanta ainda mais dúvidas sobre qual ação será tomada e até qual será o fim desta novela.

Segundo o DeutscheBank, até que informações mais claras sobre o futuro da companhia se tornem públicas, a recomendação é de manutenção. No acumulado do ano, as ações registram desvalorização de 6,55%. Apenas nos últimos 30 dias, a queda totalizou 11,74%.

Debate

As primeiras tentativas de acordo não surtiram efeito. Em 15 de julho, após o conselheiro do Cade Ricardo Ruiz atender ao pedido da companhia de prorrogar o prazo, a Brasil Foods começou a se articular para a nova fase de negociação. A direção da empresa imediatamente elogiou a decisão de Ruiz e se encontrou com os integrantes do órgão antitruste para alinhavar uma nova proposta.

Nenhuma oferta formal foi apresentada, mas a Brasil Foods recebeu como "lição de casa" reler as considerações feitas pelo relator, Carlos Ragazzo, que foi contrário à fusão. Na primeira parte do julgamento ocorrido na semana anterior, além de vetar a operação, Ragazzo também criticou a proposta inicial de acordo da companhia, considerada muito aquém do desejado.

A avaliação do conselheiro foi a de que a sugestão ficou "mais leve" do que a apresentada pelo Ministério da Fazenda há um ano. Segundo ele, se a Brasil Foods apenas se desfizesse de marcas como Rezende, Wilson, Excelsior e Delicata, como indicou, não movimentaria o mercado.

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São Paulo – A equipe de pesquisa do banco Deutsche Bank continua cautelosa sobre o desempenho das ações da Brasil Foods ( BRFS3 ), principalmente diante do processo de fusão entre a Perdigão e a Sadia e o desenrolar das discussões sobre a aprovação do acordo pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O relatório divulgado nesta terça-feira (21) e assinado pelos analistas Jose Yordan, Reinaldo Santana e Renata Coutinho alerta que ainda “é difícil estimar um valor para os papéis da companhia diante do grande número de soluções” que podem ser apresentadas tanto pela empresa como pelo Cade, destacam.

Na última semana, o órgão antitruste brasileiro aceitou o pedido apresentado pela diretoria da Brasil Foods para adiar o julgamento de fusão entre a Sadia e a Perdigão. A empresa conseguiu em 15 de junho o prazo de quase 30 dias (até 13 de julho) para apresentar uma proposta de venda de ativos que realmente convença os conselheiros de que o negócio é viável e que não prejudicará os consumidores e a concorrência.

Apesar do prazo imposto pelo Cade, os analistas do Deutsche Bank não descartam a possibilidade de que o período seja prorrogado, o que levanta ainda mais dúvidas sobre qual ação será tomada e até qual será o fim desta novela.

Segundo o DeutscheBank, até que informações mais claras sobre o futuro da companhia se tornem públicas, a recomendação é de manutenção. No acumulado do ano, as ações registram desvalorização de 6,55%. Apenas nos últimos 30 dias, a queda totalizou 11,74%.

Debate

As primeiras tentativas de acordo não surtiram efeito. Em 15 de julho, após o conselheiro do Cade Ricardo Ruiz atender ao pedido da companhia de prorrogar o prazo, a Brasil Foods começou a se articular para a nova fase de negociação. A direção da empresa imediatamente elogiou a decisão de Ruiz e se encontrou com os integrantes do órgão antitruste para alinhavar uma nova proposta.

Nenhuma oferta formal foi apresentada, mas a Brasil Foods recebeu como "lição de casa" reler as considerações feitas pelo relator, Carlos Ragazzo, que foi contrário à fusão. Na primeira parte do julgamento ocorrido na semana anterior, além de vetar a operação, Ragazzo também criticou a proposta inicial de acordo da companhia, considerada muito aquém do desejado.

A avaliação do conselheiro foi a de que a sugestão ficou "mais leve" do que a apresentada pelo Ministério da Fazenda há um ano. Segundo ele, se a Brasil Foods apenas se desfizesse de marcas como Rezende, Wilson, Excelsior e Delicata, como indicou, não movimentaria o mercado.

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