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Desvalorização do real está adequada, diz governo

Segundo o secretário do Tesouro, o real sobrevalorizado é um problema para o país, porque encarece as exportações brasileiras

Arno Augustin disse ainda que, mesmo com as recentes valorizações do dólar, a crise internacional continua a ser uma preocupação muito grande do governo (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 14h36.

Brasília - A desvalorização do real ante o dólar ocorrida nos últimos dias está “em linha com o que o governo considera adequado”, informou hoje (14) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. O real sobrevalorizado é um problema para o país, porque encarece as exportações brasileiras, entre outras consequências.

“Esse movimento que temos hoje de desvalorização do real está em linha com que a gente considera adequado. O governo sempre se preocupou com o excesso de valorização do câmbio”, disse o secretário do Tesouro depois de participar de reunião da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, em que falou sobre a execução orçamentária da União.

Arno Augustin disse ainda que, mesmo com as recentes valorizações do dólar, a crise internacional continua a ser uma preocupação muito grande do governo brasileiro, que vem monitorando com atenção a situação externa, principalmente da Europa. “Não devemos nunca subestimar os efeitos disso, mas até o momento a nossa opinião é que o Brasil, com os fundamentos que tem, com as condições que tem, vai continuar a ter uma reação positiva e sem maiores traumas nesta crise internacional.”

Sobre a ajuda do Brics (grupo formado pelo Brasil, pela Rússia, pela Índia, pela China e pela África do Sul) aos países da Europa, o secretário não quis antecipar como será a contribuição do Brasil, tampouco se o Fundo Soberano [economia do governo para momentos de crise] poderá ser utilizado para adquirir títulos europeus. Ele lembrou que o assunto será discutido entre os integrantes do Brics na próxima semana em Washington, nos Estados Unidos.

Arno antecipou que o resultado de agosto do Governo Central (Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central), a ser divulgado na próxima semana, não será tão elevado como no mês de julho. “O superávit é diferente a cada mês. Vamos ter resultado positivo, mas o mês [agosto] tradicionalmente não é forte”. Em julho, o Governo Central registrou superávit primário de R$ 11,184 bilhões.

O secretário anunciou que o Tesouro Nacional avalia a possibilidade de fazer novas emissões de títulos públicos federais no mercado internacional, mesmo com a crise global. De acordo com ele, “os extraordinários fundamentos do Brasil colocam as emissões como uma possibilidade”.

“Nós sempre analisamos a emissão dentro das condições do mercado. [As emissões] poderão tanto ser em real, quanto em dólar. Claro que o cenário está bastante volátil, mas os fundamentos do Brasil estão muito bons. É possível que a gente tenha condição de fazer as emissões”, disse. As operações de lançamentos de títulos servem, entre outros objetivos, tanto para captar recursos, quanto para avaliar a receptividade dos papéis do governo e das empresas no mercado financeiro, criando parâmetros para novas emissões.

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Brasília - A desvalorização do real ante o dólar ocorrida nos últimos dias está “em linha com o que o governo considera adequado”, informou hoje (14) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. O real sobrevalorizado é um problema para o país, porque encarece as exportações brasileiras, entre outras consequências.

“Esse movimento que temos hoje de desvalorização do real está em linha com que a gente considera adequado. O governo sempre se preocupou com o excesso de valorização do câmbio”, disse o secretário do Tesouro depois de participar de reunião da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, em que falou sobre a execução orçamentária da União.

Arno Augustin disse ainda que, mesmo com as recentes valorizações do dólar, a crise internacional continua a ser uma preocupação muito grande do governo brasileiro, que vem monitorando com atenção a situação externa, principalmente da Europa. “Não devemos nunca subestimar os efeitos disso, mas até o momento a nossa opinião é que o Brasil, com os fundamentos que tem, com as condições que tem, vai continuar a ter uma reação positiva e sem maiores traumas nesta crise internacional.”

Sobre a ajuda do Brics (grupo formado pelo Brasil, pela Rússia, pela Índia, pela China e pela África do Sul) aos países da Europa, o secretário não quis antecipar como será a contribuição do Brasil, tampouco se o Fundo Soberano [economia do governo para momentos de crise] poderá ser utilizado para adquirir títulos europeus. Ele lembrou que o assunto será discutido entre os integrantes do Brics na próxima semana em Washington, nos Estados Unidos.

Arno antecipou que o resultado de agosto do Governo Central (Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central), a ser divulgado na próxima semana, não será tão elevado como no mês de julho. “O superávit é diferente a cada mês. Vamos ter resultado positivo, mas o mês [agosto] tradicionalmente não é forte”. Em julho, o Governo Central registrou superávit primário de R$ 11,184 bilhões.

O secretário anunciou que o Tesouro Nacional avalia a possibilidade de fazer novas emissões de títulos públicos federais no mercado internacional, mesmo com a crise global. De acordo com ele, “os extraordinários fundamentos do Brasil colocam as emissões como uma possibilidade”.

“Nós sempre analisamos a emissão dentro das condições do mercado. [As emissões] poderão tanto ser em real, quanto em dólar. Claro que o cenário está bastante volátil, mas os fundamentos do Brasil estão muito bons. É possível que a gente tenha condição de fazer as emissões”, disse. As operações de lançamentos de títulos servem, entre outros objetivos, tanto para captar recursos, quanto para avaliar a receptividade dos papéis do governo e das empresas no mercado financeiro, criando parâmetros para novas emissões.

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