Decisão de subir Selic faz juros abrirem em forte alta
O anúncio foi interpretado pelo mercado como uma sinalização de que haverá nova elevação da taxa básica no próximo encontro
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 11h30.
São Paulo - Os juros futuros negociados na BM&FBovespa iniciaram a sessão em forte alta, em ajuste à decisão de quarta-feira, 9, do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar novamente a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 9,50% ao ano, repetindo palavra por palavra o comunicado divulgado após a reunião.
O anúncio foi interpretado pelo mercado como uma sinalização de que haverá nova elevação da taxa básica de igual magnitude no encontro do Copom de novembro, com a possibilidade de o BC estender o ciclo de alta para o próximo ano.
Às 9h19, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 9,52%, de 9,45% no ajuste de ontem, enquanto a taxa para o início de 2015 subia para 10,28%, de 10,09% na véspera. Na parcela longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 apontava 11,18%, de 11,08%.
Houve portanto uma redução das apostas em um movimento de 0,25 pp para a última reunião deste ano. Até ontem, os investidores estavam bastante divididos com relação à decisão de novembro - o Copom de outubro era dado como certo e, de fato, veio sem surpresas. Os operadores também voltaram a colocar prêmio nos contratos de DI futuro para abril do próximo ano, indicando a possibilidade de que o ciclo de alta de juros se estenda até o início de 2014 - ano de eleições.
A correção só não é mais forte em função da queda do dólar ante o real, que marcava no mesmo horário baixa no mercado à vista de balcão de 0,36%, cotado a R$ 2,1980, na máxima do dia até o momento.
Enquanto não vem a ata da reunião, com eventuais pistas do passo do BC no futuro, na próxima quinta-feira, o mercado deve se concentrar na presença do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na 96ª reunião de presidentes de bancos centrais do Centro para Estudos Monetários latino-americanos e também no jantar de trabalho do G-20, ambos nesta quinta-feira, 10, em Washington.
Já a parcela longa da curva a termo, que ontem apontou para a baixo, novamente sob influência da entrada de investidores estrangeiros, sobe na manhã de hoje, pressionada pelos Treasuries norte-americanos. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve se encontrar hoje, ainda sem previsão de horário, com um grupo de 18 republicanos, na Casa Branca, incluindo o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, e o líder da bancada, Eric Cantor.
Com relação à inflação doméstica, se ontem o IPCA de setembro mostrou sinais do repasse do câmbio para os preços ao consumidor, a primeira prévia do IGP-M de outubro trouxe certo alívio vindo do atacado, influenciado por desaceleração tanto nas matérias-primas brutas quanto nos bens intermediários.
Houve redução no ritmo de alta da soja em grão (de 9,72% na prévia de setembro para 0,01%), do leite in natura (de 4,31% para 0,59%) e da laranja (de 19,67% para 3,92%). Esses itens conseguiram, em alguma medida, compensar os avanços observados no minério de ferro (2,79% para 6,64%), bovinos (-0,28% para 2,65%) e mandioca (-4,01% para 0,23%).
A primeira prévia do IGP-M de outubro registrou alta de 0,85%, ante avanço de 1,02% em igual prévia do mesmo índice no mês passado, segundo a FGV. A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam entre 0,68% e 1,25%, e ligeiramente acima da mediana, de 0,84%.
São Paulo - Os juros futuros negociados na BM&FBovespa iniciaram a sessão em forte alta, em ajuste à decisão de quarta-feira, 9, do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar novamente a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 9,50% ao ano, repetindo palavra por palavra o comunicado divulgado após a reunião.
O anúncio foi interpretado pelo mercado como uma sinalização de que haverá nova elevação da taxa básica de igual magnitude no encontro do Copom de novembro, com a possibilidade de o BC estender o ciclo de alta para o próximo ano.
Às 9h19, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 9,52%, de 9,45% no ajuste de ontem, enquanto a taxa para o início de 2015 subia para 10,28%, de 10,09% na véspera. Na parcela longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 apontava 11,18%, de 11,08%.
Houve portanto uma redução das apostas em um movimento de 0,25 pp para a última reunião deste ano. Até ontem, os investidores estavam bastante divididos com relação à decisão de novembro - o Copom de outubro era dado como certo e, de fato, veio sem surpresas. Os operadores também voltaram a colocar prêmio nos contratos de DI futuro para abril do próximo ano, indicando a possibilidade de que o ciclo de alta de juros se estenda até o início de 2014 - ano de eleições.
A correção só não é mais forte em função da queda do dólar ante o real, que marcava no mesmo horário baixa no mercado à vista de balcão de 0,36%, cotado a R$ 2,1980, na máxima do dia até o momento.
Enquanto não vem a ata da reunião, com eventuais pistas do passo do BC no futuro, na próxima quinta-feira, o mercado deve se concentrar na presença do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na 96ª reunião de presidentes de bancos centrais do Centro para Estudos Monetários latino-americanos e também no jantar de trabalho do G-20, ambos nesta quinta-feira, 10, em Washington.
Já a parcela longa da curva a termo, que ontem apontou para a baixo, novamente sob influência da entrada de investidores estrangeiros, sobe na manhã de hoje, pressionada pelos Treasuries norte-americanos. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve se encontrar hoje, ainda sem previsão de horário, com um grupo de 18 republicanos, na Casa Branca, incluindo o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, e o líder da bancada, Eric Cantor.
Com relação à inflação doméstica, se ontem o IPCA de setembro mostrou sinais do repasse do câmbio para os preços ao consumidor, a primeira prévia do IGP-M de outubro trouxe certo alívio vindo do atacado, influenciado por desaceleração tanto nas matérias-primas brutas quanto nos bens intermediários.
Houve redução no ritmo de alta da soja em grão (de 9,72% na prévia de setembro para 0,01%), do leite in natura (de 4,31% para 0,59%) e da laranja (de 19,67% para 3,92%). Esses itens conseguiram, em alguma medida, compensar os avanços observados no minério de ferro (2,79% para 6,64%), bovinos (-0,28% para 2,65%) e mandioca (-4,01% para 0,23%).
A primeira prévia do IGP-M de outubro registrou alta de 0,85%, ante avanço de 1,02% em igual prévia do mesmo índice no mês passado, segundo a FGV. A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam entre 0,68% e 1,25%, e ligeiramente acima da mediana, de 0,84%.