Decisão da Moody's deve pautar abertura da Bovespa
Os investidores também estão ressabiados quanto a uma solução para o impasse orçamentário nos Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 11h02.
São Paulo - A decisão da Moody's de rebaixar a perspectiva do rating soberano do Brasil, anunciada na quarta-feira, 2, à noite, deve pressionar a Bovespa nesta quinta-feira, 3. Mas a mudança de sinal, para o positivo, dos mercados internacionais tende a atenuar essa pressão.
Ainda assim, neste terceiro dia de paralisação do governo dos Estados Unidos, os investidores mostram-se cada vez mais ressabiados quanto a uma solução para o impasse orçamentário, que já coloca em risco o calendário de divulgação de indicadores econômicos norte-americanos e pode afetar também a temporada de compras de fim de ano que se aproxima.
Às 10h09, o Ibovespa subia 0,48%, 53.355,07 pontos.
Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, o rebaixamento da perspectiva da nota de risco de crédito soberano do País pela Moody's, de positiva para estável, é uma notícia negativa, que faz saltar aos olhos o período prolongado de baixa crescimento econômico doméstico bem como a deterioração da dívida pública interna em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). "Realmente a questão fiscal no Brasil está fraca e a ameaça de piora no rating pode encarecer o custo de financiamento para as empresas", avalia.
Seja como for, os investidores globais estão menos dispostos ao risco. No horário acima, o futuro do S&P 500 estava estável, enfraquecidos por uma nova reunião entre a Casa Branca e o Congresso que terminou sem novidades, com os representantes dos partidos republicanos e democratas não diminuindo suas diferenças sobre a questão fiscal nos EUA. Em entrevista à rede de TV NBC, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que Wall Street precisa estar verdadeiramente preocupada com o que está acontecendo em Washington. Em meio a esse receio, há, ainda, a incerteza sobre a reversão da política monetária pelo Federal Reserve.
Na agenda econômica do dia, foi informado que os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA subiram para 308 mil, abaixo da previsão de avanço a 314 mil solicitações. O dado da semana anterior, foi revisado para baixo, a 307 mil, de uma leitura original de 305 mil pedidos. Mais cedo, a pesquisa da Challenger, Gray & Christmas mostrou que os cortes de empregos planejados nos EUA em setembro diminuíram para o nível mais baixo em três meses.
Nesta quinta-feira, 3, sai o índice ISM (gerentes de compras) de atividade no setor de serviços em setembro. Já publicação das encomendas à indústria em agosto, que estava prevista para o mesmo horário, foi suspensa.
Internamente, o setor de telecomunicações deve seguir no foco uma vez que a controladora da TIM, a Telecom Italia, deve discutir hoje um plano de reorganização interna na reunião de diretoria. Destaque também para a Vale, que anunciou o pagamento de US$ 2,250 bilhões em remuneração aos acionistas.
São Paulo - A decisão da Moody's de rebaixar a perspectiva do rating soberano do Brasil, anunciada na quarta-feira, 2, à noite, deve pressionar a Bovespa nesta quinta-feira, 3. Mas a mudança de sinal, para o positivo, dos mercados internacionais tende a atenuar essa pressão.
Ainda assim, neste terceiro dia de paralisação do governo dos Estados Unidos, os investidores mostram-se cada vez mais ressabiados quanto a uma solução para o impasse orçamentário, que já coloca em risco o calendário de divulgação de indicadores econômicos norte-americanos e pode afetar também a temporada de compras de fim de ano que se aproxima.
Às 10h09, o Ibovespa subia 0,48%, 53.355,07 pontos.
Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, o rebaixamento da perspectiva da nota de risco de crédito soberano do País pela Moody's, de positiva para estável, é uma notícia negativa, que faz saltar aos olhos o período prolongado de baixa crescimento econômico doméstico bem como a deterioração da dívida pública interna em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). "Realmente a questão fiscal no Brasil está fraca e a ameaça de piora no rating pode encarecer o custo de financiamento para as empresas", avalia.
Seja como for, os investidores globais estão menos dispostos ao risco. No horário acima, o futuro do S&P 500 estava estável, enfraquecidos por uma nova reunião entre a Casa Branca e o Congresso que terminou sem novidades, com os representantes dos partidos republicanos e democratas não diminuindo suas diferenças sobre a questão fiscal nos EUA. Em entrevista à rede de TV NBC, o presidente norte-americano, Barack Obama, disse que Wall Street precisa estar verdadeiramente preocupada com o que está acontecendo em Washington. Em meio a esse receio, há, ainda, a incerteza sobre a reversão da política monetária pelo Federal Reserve.
Na agenda econômica do dia, foi informado que os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos nos EUA subiram para 308 mil, abaixo da previsão de avanço a 314 mil solicitações. O dado da semana anterior, foi revisado para baixo, a 307 mil, de uma leitura original de 305 mil pedidos. Mais cedo, a pesquisa da Challenger, Gray & Christmas mostrou que os cortes de empregos planejados nos EUA em setembro diminuíram para o nível mais baixo em três meses.
Nesta quinta-feira, 3, sai o índice ISM (gerentes de compras) de atividade no setor de serviços em setembro. Já publicação das encomendas à indústria em agosto, que estava prevista para o mesmo horário, foi suspensa.
Internamente, o setor de telecomunicações deve seguir no foco uma vez que a controladora da TIM, a Telecom Italia, deve discutir hoje um plano de reorganização interna na reunião de diretoria. Destaque também para a Vale, que anunciou o pagamento de US$ 2,250 bilhões em remuneração aos acionistas.