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CVM inabilita por 3 anos dois ex-diretores da Embratel

Os executivos foram condenados por tomar decisões que excederam sua competência e que resultaram na contratação de um plano de retenção de executivos

Embratel compra de ações da Net por 4,6 bilhões de reais (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2011 às 20h33.

Rio - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou hoje os executivos Jorge Luis Rodriguez, na qualidade de presidente da Embratel, e Daniel Crawford, na qualidade de presidente do conselho de administração da operadora, à inabilitação por três anos de cargo de administrador de companhia aberta. Rodriguez e Crawford não fazem mais parte da empresa. O caso é de 2004 e cabe recurso.

Os executivos foram condenados por tomar decisões que excederam sua competência e que resultaram na contratação de um plano de retenção de executivos e pessoas estratégicas, com pagamentos em valores acima do limite estabelecido em assembleia geral da empresa.

O plano de retenção aumentou fortemente os custos da Embratel em 2004, quando a operadora apresentou prejuízo de R$ 180 milhões e a EmbraPar, prejuízo de R$ 337,2 milhões. Segundo o relatório, os pagamentos com o plano somaram R$ 92 milhões nos sete primeiros meses de 2004. Sem as mudanças nos benefícios autorizadas pelos executivos, o desembolso teria sido de R$ 7,3 milhões. Entre 2000 e 2003, para efeito de comparação, o plano resultou em desembolsos de apenas R$ 4,8 milhões. "A conduta dos acusados foi obviamente desleal em relação à sociedade", disse o diretor relator da CVM, Octavio Yazbek.

A condenação ocorreu por descumprimento dos artigos 152, 153, 154 e 155 da Lei das S.A. Norberto Glatt, então diretor de Relações com Investidores, também figurava no caso inicialmente, mas foi excluído do processo em 2009 depois de um acordo com a CVM em que pagou R$ 220 mil num termo de compromisso.

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Os executivos foram condenados por tomar decisões que excederam sua competência e que resultaram na contratação de um plano de retenção de executivos e pessoas estratégicas, com pagamentos em valores acima do limite estabelecido em assembleia geral da empresa.

O plano de retenção aumentou fortemente os custos da Embratel em 2004, quando a operadora apresentou prejuízo de R$ 180 milhões e a EmbraPar, prejuízo de R$ 337,2 milhões. Segundo o relatório, os pagamentos com o plano somaram R$ 92 milhões nos sete primeiros meses de 2004. Sem as mudanças nos benefícios autorizadas pelos executivos, o desembolso teria sido de R$ 7,3 milhões. Entre 2000 e 2003, para efeito de comparação, o plano resultou em desembolsos de apenas R$ 4,8 milhões. "A conduta dos acusados foi obviamente desleal em relação à sociedade", disse o diretor relator da CVM, Octavio Yazbek.

A condenação ocorreu por descumprimento dos artigos 152, 153, 154 e 155 da Lei das S.A. Norberto Glatt, então diretor de Relações com Investidores, também figurava no caso inicialmente, mas foi excluído do processo em 2009 depois de um acordo com a CVM em que pagou R$ 220 mil num termo de compromisso.

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