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Cruzada do governo contra o dólar não deve conter queda, diz Deutsche Bank

Banco vê maior entrada de recursos apesar da queda no juro e intervenção do governo e diminui projeção para a moeda americana

Corte no juro pode colocar a credibilidade do Banco Central em xeque, diz economista (Alex Wong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2012 às 17h04.

São Paulo – A cruzada do governo contra a valorização do real em relação ao dólar não deve ser suficiente para afastar a moeda do patamar de 1,70 por conta da melhora do ambiente financeiro internacional, afirma o Deutsche Bank em um relatório.

“Refletindo a melhora nas condições financeiras globais, revisamos a nossa projeção para a taxa de câmbio ao final do ano de 1,75 real por dólar para 1,70 real”, explica o economista José Carlos de Faria, que assina a análise.

O ministério da Fazenda aumentou na semana passada de dois para três anos o prazo de incidência de alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para empréstimos de empresas no exterior.

O dólar, que chegou a ser negociado abaixo de 1,70 real, subiu e agora está em torno de 1,78 real. O Banco Central também embarcou na luta ao tesourar o juro em 0,75 ponto percentual em sua última reunião, de forma inesperada, levando a Selic para 9,75% e ao limitar o financiamento à exportação.

Credibilidade

O corte veio após dados fracos sobre a economia em 2011 e, segundo Faria, dá mais uma indicação de que Alexandre Tombini, presidente do BC, está mais preocupado no momento com o crescimento econômico do que com a inflação.

“Ao cortar as taxas de juros enquanto as expectativas de médio prazo para a inflação continuam a se deteriorar, o Banco Central poderia enfraquecer a credibilidade da sua política monetária”, alerta o economista.

Apesar de a inflação em 2012 apresentar sinais de desaceleração, como o IPCA de fevereiro publicado hoje, as projeções para o ano que vem continuam a subir. O relatório Focus, com estimativas colhidas junto ao mercado financeiro, aponta que as análises para a inflação em 2013 têm subido há três semanas. O próximo Focus sai na segunda-feira.

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“Refletindo a melhora nas condições financeiras globais, revisamos a nossa projeção para a taxa de câmbio ao final do ano de 1,75 real por dólar para 1,70 real”, explica o economista José Carlos de Faria, que assina a análise.

O ministério da Fazenda aumentou na semana passada de dois para três anos o prazo de incidência de alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para empréstimos de empresas no exterior.

O dólar, que chegou a ser negociado abaixo de 1,70 real, subiu e agora está em torno de 1,78 real. O Banco Central também embarcou na luta ao tesourar o juro em 0,75 ponto percentual em sua última reunião, de forma inesperada, levando a Selic para 9,75% e ao limitar o financiamento à exportação.

Credibilidade

O corte veio após dados fracos sobre a economia em 2011 e, segundo Faria, dá mais uma indicação de que Alexandre Tombini, presidente do BC, está mais preocupado no momento com o crescimento econômico do que com a inflação.

“Ao cortar as taxas de juros enquanto as expectativas de médio prazo para a inflação continuam a se deteriorar, o Banco Central poderia enfraquecer a credibilidade da sua política monetária”, alerta o economista.

Apesar de a inflação em 2012 apresentar sinais de desaceleração, como o IPCA de fevereiro publicado hoje, as projeções para o ano que vem continuam a subir. O relatório Focus, com estimativas colhidas junto ao mercado financeiro, aponta que as análises para a inflação em 2013 têm subido há três semanas. O próximo Focus sai na segunda-feira.

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