Crise não afeta demanda por título, diz Tesouro
Segundo o governo, queda de quase 20% em setembro não é reflexo das turbulências na economia
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 17h02.
Brasília - Apesar da crise internacional, a demanda por títulos continua em níveis elevados e satisfatórios, segundo avaliação feita pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
"A crise não tem afetado a demanda por títulos", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido. "A emissão está elevada e satisfatória", sustentou o técnico.
Em setembro, no entanto, o governo fez uma emissão líquida no valor de 13,30 bilhões de reais, contra 16,34 bilhões de reais em agosto. A queda foi de quase 20 por cento mas, na avaliação de Garrido, o movimento reflete apenas o menor número vencimentos de títulos. Segundo ele, o ritmo de setembro deve continuar até dezembro.
"Estão mantidos os quadros de baixos vencimentos e pouca emissão no último trimestre", afirmou o coordenador-geral.
As emissões totais da dívida pública federal corresponderam a 23,83 bilhões de reais no mês passado, o menor valor desde novembro de 2010, quando foram emitidos 22,3 bilhões de reais.
Garrido também buscou desvincular o efeito da crise na queda no total da dívida nas mãos de investidores estrangeiros. Em setembro, houve uma redução de 4,3 bilhões de reais, de 198,95 bilhões de reais, em agosto, para 194,65 bilhões de reais em setembro.
Ao ser questionado se é resultado das turbulências, sobretudo na zona do euro, Garrido respondeu: "Pode ter sido uma situação pontual de um ou poucos investidores, mas não caracteriza uma tendência." O Tesouro reforçou a previsão de que o valor da dívida na mão de estrangeiros se expanda. "No médio e longo prazos a tendência é de crescimento da participação de não residentes", afirmou Garrido. A queda em setembro do valor total detido por estrangeiros é a primeira desde de fevereiro deste ano, segundo o coordenador-geral.
DÍVIDA A dívida pública mobiliária federal interna cresceu 1,83 por cento em setembro frente a agosto, atingindo 1,724 trilhão de reais, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira. A apropriação de juros foi de 17,66 bilhões de reais.
O estoque da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 2,28 por cento no mês, para 1,809 trilhão de reais, superando o mínimo indicado no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 1,8 trilhão de reais. O teto é de 1,93 trilhão de reais, mas Garrido descartou que a dívida se aproximará dele.
"Vai ficar no meio", afirmou.
A parcela da dívida interna que é prefixada passou para 36,30 por cento em setembro, frente a 35,68 por cento no mês anterior. Na dívida total, essa parcela está em 35,24 por cento.
A participação dos papéis da dívida interna atrelados a índices de preços teve uma variação negativa para 29,84 por cento em setembro, ante 29,86 por cento em agosto. O montante corrigido pela Selic caiu para 33,27 por cento de um patamar de 33,94 por cento em agosto.
Ecoando comentários já feitos pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin, Garrido disse que está sendo analisado o melhor momento para fazer uma emissão externa. "O Tesouro permanentemente acompanha as condições de mercado e avalia o melhor momento para a emissão de títulos. É um trabalho diário", afirmou.
Brasília - Apesar da crise internacional, a demanda por títulos continua em níveis elevados e satisfatórios, segundo avaliação feita pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
"A crise não tem afetado a demanda por títulos", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido. "A emissão está elevada e satisfatória", sustentou o técnico.
Em setembro, no entanto, o governo fez uma emissão líquida no valor de 13,30 bilhões de reais, contra 16,34 bilhões de reais em agosto. A queda foi de quase 20 por cento mas, na avaliação de Garrido, o movimento reflete apenas o menor número vencimentos de títulos. Segundo ele, o ritmo de setembro deve continuar até dezembro.
"Estão mantidos os quadros de baixos vencimentos e pouca emissão no último trimestre", afirmou o coordenador-geral.
As emissões totais da dívida pública federal corresponderam a 23,83 bilhões de reais no mês passado, o menor valor desde novembro de 2010, quando foram emitidos 22,3 bilhões de reais.
Garrido também buscou desvincular o efeito da crise na queda no total da dívida nas mãos de investidores estrangeiros. Em setembro, houve uma redução de 4,3 bilhões de reais, de 198,95 bilhões de reais, em agosto, para 194,65 bilhões de reais em setembro.
Ao ser questionado se é resultado das turbulências, sobretudo na zona do euro, Garrido respondeu: "Pode ter sido uma situação pontual de um ou poucos investidores, mas não caracteriza uma tendência." O Tesouro reforçou a previsão de que o valor da dívida na mão de estrangeiros se expanda. "No médio e longo prazos a tendência é de crescimento da participação de não residentes", afirmou Garrido. A queda em setembro do valor total detido por estrangeiros é a primeira desde de fevereiro deste ano, segundo o coordenador-geral.
DÍVIDA A dívida pública mobiliária federal interna cresceu 1,83 por cento em setembro frente a agosto, atingindo 1,724 trilhão de reais, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira. A apropriação de juros foi de 17,66 bilhões de reais.
O estoque da dívida pública federal, incluindo também a dívida externa, subiu 2,28 por cento no mês, para 1,809 trilhão de reais, superando o mínimo indicado no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 1,8 trilhão de reais. O teto é de 1,93 trilhão de reais, mas Garrido descartou que a dívida se aproximará dele.
"Vai ficar no meio", afirmou.
A parcela da dívida interna que é prefixada passou para 36,30 por cento em setembro, frente a 35,68 por cento no mês anterior. Na dívida total, essa parcela está em 35,24 por cento.
A participação dos papéis da dívida interna atrelados a índices de preços teve uma variação negativa para 29,84 por cento em setembro, ante 29,86 por cento em agosto. O montante corrigido pela Selic caiu para 33,27 por cento de um patamar de 33,94 por cento em agosto.
Ecoando comentários já feitos pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin, Garrido disse que está sendo analisado o melhor momento para fazer uma emissão externa. "O Tesouro permanentemente acompanha as condições de mercado e avalia o melhor momento para a emissão de títulos. É um trabalho diário", afirmou.