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Crise europeia pode levar dólar a até R$ 2,40 em 2012 , diz Templeton

Informação sobre a moeda norte-americana é do economista sênior da Franklin Templeton Investimentos Brasil, Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho

O dólar pode disparar 29% e o juro pode cair para até 8% no ano que vem (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2011 às 15h23.

São Paulo - O agravamento da crise europeia aumenta a probabilidade de um cenário pior para a economia brasileira em 2012 e pode levar o dólar a disparar 29 por cento e o juro cair para até 8 por cento no ano que vem, disse Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, economista sênior da Franklin Templeton Investimentos Brasil.

“Neste cenário, o dólar vai de R$ 2 a até R$ 2,40, a Selic de 8 por cento a 9 por cento e o IPCA para entre 4 por cento e 4,5 por cento”, disse Gomes Filho, que vê 60 por cento de chance de ocorrência de um cenário pior para o Brasil em 2012.

O crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro poderá desacelerar para entre 1 por cento e 2 por cento no próximo ano, segundo Gomes Filho. Isso seria cerca da metade da expansão de 3 por cento a 3,5 por cento considerada no cenário sem agravamento do quadro externo, disse o economista da Templeton, empresa que administra investimentos de R$ 1,5 bilhão no país.

Segundo ele, a economia mundial deverá sofrer impacto da crise da dívida em 2012 à medida que países europeus enfrentem dificuldades para financiar suas dívidas, forçando o Banco Central Europeu a comprar títulos dos integrantes da zona do euro.

“Os mercados deverão voltar a testar o BCE, que terá de jogar a toalha. Neste ambiente, o BCE terá de monetizar a dívida”, disse ele em entrevista hoje por telefone de São Paulo.

Segundo Gomes Filho, os Estados Unidos também podem ser atingidos por uma piora da crise europeia no ano que vem, quando o presidente Barack Obama tentará se reeleger.

“Poderíamos ter uma volta da discussão sobre o rating e sobre a sustentabilidade da dívida dos EUA, 2012 é um ano de eleição, não devemos ter contração fiscal.”

O agravamento da crise internacional poderia afetar o Brasil pela redução dos investimentos e pelas exportações, que cairiam acompanhando a baixa das commodities, disse Gomes Filho.


A queda das commodities ajudaria a reduzir a inflação brasileira, compensando a alta do dólar e abrindo espaço para cortes mais acelerados nos juros, disse ele.

“O efeito do cenário externo deverá ser deflacionário.”

Segundo Gomes Filho, há 40 por cento de chance de um “cenário moderado”, sem agravamento da crise externa e com menor alteração dos indicadores. Nesse cenário, a taxa Selic terá mais dois cortes de 0,5 ponto percentual, chegando a 10 por cento. Já a inflação ao consumidor ficaria entre 5 por cento e 5,5 por cento.

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São Paulo - O agravamento da crise europeia aumenta a probabilidade de um cenário pior para a economia brasileira em 2012 e pode levar o dólar a disparar 29 por cento e o juro cair para até 8 por cento no ano que vem, disse Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, economista sênior da Franklin Templeton Investimentos Brasil.

“Neste cenário, o dólar vai de R$ 2 a até R$ 2,40, a Selic de 8 por cento a 9 por cento e o IPCA para entre 4 por cento e 4,5 por cento”, disse Gomes Filho, que vê 60 por cento de chance de ocorrência de um cenário pior para o Brasil em 2012.

O crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro poderá desacelerar para entre 1 por cento e 2 por cento no próximo ano, segundo Gomes Filho. Isso seria cerca da metade da expansão de 3 por cento a 3,5 por cento considerada no cenário sem agravamento do quadro externo, disse o economista da Templeton, empresa que administra investimentos de R$ 1,5 bilhão no país.

Segundo ele, a economia mundial deverá sofrer impacto da crise da dívida em 2012 à medida que países europeus enfrentem dificuldades para financiar suas dívidas, forçando o Banco Central Europeu a comprar títulos dos integrantes da zona do euro.

“Os mercados deverão voltar a testar o BCE, que terá de jogar a toalha. Neste ambiente, o BCE terá de monetizar a dívida”, disse ele em entrevista hoje por telefone de São Paulo.

Segundo Gomes Filho, os Estados Unidos também podem ser atingidos por uma piora da crise europeia no ano que vem, quando o presidente Barack Obama tentará se reeleger.

“Poderíamos ter uma volta da discussão sobre o rating e sobre a sustentabilidade da dívida dos EUA, 2012 é um ano de eleição, não devemos ter contração fiscal.”

O agravamento da crise internacional poderia afetar o Brasil pela redução dos investimentos e pelas exportações, que cairiam acompanhando a baixa das commodities, disse Gomes Filho.


A queda das commodities ajudaria a reduzir a inflação brasileira, compensando a alta do dólar e abrindo espaço para cortes mais acelerados nos juros, disse ele.

“O efeito do cenário externo deverá ser deflacionário.”

Segundo Gomes Filho, há 40 por cento de chance de um “cenário moderado”, sem agravamento da crise externa e com menor alteração dos indicadores. Nesse cenário, a taxa Selic terá mais dois cortes de 0,5 ponto percentual, chegando a 10 por cento. Já a inflação ao consumidor ficaria entre 5 por cento e 5,5 por cento.

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