Mercados

Dólar cai com realização de lucros e fecha em R$ 3,45

O dólar começou o dia em alta ante o real, mas ainda pela manhã virou para baixo e o sinal negativo perdurou até o fechamento


	Dólar à vista negociada no balcão caiu 1,71%, para R$ 3,4500, fechando na mínima do dia
 (thinkstock)

Dólar à vista negociada no balcão caiu 1,71%, para R$ 3,4500, fechando na mínima do dia (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2015 às 17h42.

São Paulo - O cenário político local menos tenso nesta segunda-feira, 10, de agenda esvaziada abriu espaço para realização de lucros no mercado de câmbio. 

O dólar fechou abaixo de R$ 3,50, na medida em que cessaram, por ora, novidades negativas do noticiário em Brasília e o governo parece estar se mobilizando em torno da recuperação da governabilidade.

O dólar começou o dia em alta ante o real, mas ainda pela manhã virou para baixo e o sinal negativo perdurou até o fechamento. A moeda à vista negociada no balcão caiu 1,71%, para R$ 3,4500, fechando na mínima do dia.

Na máxima, logo após a abertura, chegou a subir 0,43%, a R 3,5250. Nessas duas sessões seguidas de queda, apurou declínio de 2,43% ante o real. O dólar para setembro, às 16h34, cedia 1,67%, a R$ 3,4760.

Os investidores seguiram acompanhando a movimentação em Brasília em torno das medidas fiscais que têm de ser votadas no Congresso.

Diante das críticas de que o Congresso tem dificultado a aprovação das pautas do ajuste econômico, ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), disse, em sua conta no Twitter, não ser culpado pelas derrotas do governo e que não tem como controlar os votos dos parlamentares.

Já a presidente Dilma quer se encontrar com líderes dos partidos aliados para tentar recompor sua base de apoio nos próximos dias, pois no domingo estão marcados protestos contra o governo por todo o país.

Nesta segunda-feira, durante entrega de casas do Minha Casa Minha Vida, no Maranhão, ela fez um apelo para que as lideranças coloquem o país em primeiro plano.

Segundo ela, o Brasil precisa mais do que nunca de pessoas que pensem primeiramente no bem do país e não "em seus partidos e projetos pessoais".

"Quando há dificuldades, não adianta brigar um com outro, porque não vai resolver a situação. É necessário que medidas urgentes sejam tomadas."

Em outra frente, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, se reuniram nesta tarde para discutir sobre o projeto que revê a política de desoneração da folha, que passa a trancar a pauta do Senado nesta semana.

Nesta tarde, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que o governo quer votar a medida e encerrar o ajuste fiscal e que o Senado apresentará em até 20 dias "medidas para um horizonte econômico".

No exterior, a moeda americana operou em queda ante o euro, mas o desempenho ante as emergentes foi misto ao longo da sessão. Às 16h12, recuava 0,12% ante o peso mexicano, mas subia 0,26% em relação ao rand sul africano. O euro avançava a US$ 1,102.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCâmbioDólareconomia-brasileiraMercado financeiroMoedas

Mais de Mercados

WEG surpreendente com margens fortes e ação sobe 9%

Boeing nomeia novo CEO para liderar recuperação da empresa

Petróleo sobe mais de 3% com elevação do risco geopolítico após morte do líder do Hamas

Em dia de Super Quarta, Ibovespa abre em alta puxado por petróleo

Mais na Exame