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CORREÇÃO-BOVESPA-Após ano sem brilho, bolsa deve ter 2011 melhor

(Corrige alta do Ibovespa em 2010 no 3o paráfaro para 1 por cento, e não 1,1 por cento) (Texto atualizado com fechamento oficial de 2010) Por Rodolfo Barbosa e Elzio Barreto SÃO PAULO, 30 de dezembro (Reuters) - Os receios com a recuperação dos Estados Unidos, a crise fiscal da Europa e o aperto monetário […]

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2010 às 18h03.

(Corrige alta do Ibovespa em 2010 no 3o paráfaro para 1 por
cento, e não 1,1 por cento)

(Texto atualizado com fechamento oficial de 2010)

Por Rodolfo Barbosa e Elzio Barreto

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SÃO PAULO, 30 de dezembro (Reuters) - Os receios com a
recuperação dos Estados Unidos, a crise fiscal da Europa e o
aperto monetário na China fizeram a Bovespa terminar 2010 com
desempenho distante das previsões de analistas, mas a
expectativa é que a melhora do cenário externo no ano que vem
se traduza em um período mais positivo para o mercado acionário
doméstico.

Muitos analistas previam ao longo do ano que o Ibovespa
--principal índice de ações da bolsa paulista-- conseguisse
novos recordes históricos, encerrando 2010 entre 74 mil e 75
mil pontos.

Contudo, o Ibovespa terminou 2010 com 69.304 pontos, ou
alta de 1 por cento no ano. Na última sessão do ano a
valorização foi de 0,51 por cento e em dezembro o índice
avançou 2,4 por cento.

As projeções para o mercado acionário brasileiro não se
confirmaram também devido ao fraco desempenho das ações da
Petrobras , que sofreram em meio ao longo processo de
capitalização da estatal. As ações preferenciais da empresa
amargaram queda de 23 por cento em 2010.

"É preciso levar em conta o ótimo 2009 que o Brasil teve
depois de um difícil 2008", apontou o chefe de ações para
América Latina na Baring Asset Management, em Londres, Roberto
Lampl.

No ano passado, o Ibovespa registrou valorização ao redor
de 83 por cento, após perder cerca de 41 por cento nos 12 meses
de 2008, no estouro da crise financeira global.

Em 2010, o índice teve sua máxima durante os negócios no
começo de novembro, aos 73.103 pontos, sem romper o recorde
histórico de 73.920 tocado no fim de maio de 2008. A mínima
intradia deste ano ficou em 57.633 pontos, em maio, diante de
visões ruins sobre os EUA e por temores sobre a zona do euro.

"Vamos para frente, o mundo inteiro caindo em dívidas e a
gente com espaço para crescer aqui", afirmou o analista sênior
da BB Investimentos Hamilton Moreira.

"Com certeza nós esperávamos que a Petrobras tivesse uma
performance melhor. Ela travou bem o índice, tem a ver com a
capitalização. Com a eleição presidencial definida, os
fundamentos da empresa continuam. E com os EUA voltando a
crescer, as petrolíferas serão favorecidas", acrescentou.

Para 2011, a previsão é que o Ibovespa termine o ano na
faixa dos 80 mil pontos, segundo a mediana das estimativas de
23 analistas, estrategistas e gestores de fundo consultados
pela Reuters no início de dezembro. Isso representaria alta em
torno de 15 por cento sobre o atual patamar.

ALTAS DE DESTAQUE

Apesar do desempenho do Ibovespa não ter deixado o mercado
satisfeito, alguns papéis se sobressaíram positivamente em
2010, notadamente aqueles de empresas ligadas à economia
interna e menos dependentes do exterior.

O índice de ações brasileiras do setor imobiliário
acumulou ganho de 10,5 por cento em 2010, enquanto o que
acompanha empresas voltadas ao consumo subiu 25,6 por
cento.

"Foi um ano em que aqueles que estavam fora de petróleo e
siderurgia se beneficiaram", resumiu o gestor de renda variável
da Mercatto Investimentos, Roni Lacerda.

O estrategista para investidores de varejo da Ágora
Corretora, Francisco Cataldo, citou como destaques a varejista
de roupas Lojas Renner e a fabricante de bebidas
AmBev . Para 2011, ele mantém a aposta em companhias
expostas ao mercado doméstico. "Vão ser as nossas preferidas",
afirmou.

Dentro do Ibovespa, a maior alta do ano ficou com a ação
ordinária Souza Cruz , que subiu ao redor de 65 por
cento, seguida pelos papéis preferenciais da AmBev ,
que no mesmo intervalo avançaram cerca de 50 por cento. As
ações ordinárias da Lojas Renner , por sua vez,
tiveram ganho perto de 48 por cento.

(Reportagem adicional de Luciana Lopez; Edição de Cesar
Bianconi)

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