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Contratos de petróleo operam sem direção única

O avanço foi impulsionado pelos dados bons sobre a produção industrial da China


	Plataforma de petróleo da China National Offshore Oil Corporation's: o país asiático deve superar os EUA como o maior importador de petróleo do mundo
 (China Photos/Getty Images)

Plataforma de petróleo da China National Offshore Oil Corporation's: o país asiático deve superar os EUA como o maior importador de petróleo do mundo (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 08h12.

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam sem direção única, com o brent pressionado pela realização de lucros depois dos ganhos de sexta-feira, quando os preços deram fim a uma sequência de cinco sessões de quedas. A sessão de sexta-feira mostrou como o brent e o contrato da Nymex permanecem ligados às notícias macroeconômicas.

O avanço nos dois contratos foi impulsionado pelos dados bons sobre a produção industrial da China. O país asiático deve superar os EUA como o maior importador de petróleo do mundo em outubro e provavelmente vai se manter no topo da lista durante 2014, segundo previsões do Departamento de Energia (DoE) dos EUA publicadas na sexta-feira.

As preocupações com interrupções na oferta prosseguem neste início de semana. Irã, Líbia, Iêmen, Sudão do Sul, Nigéria e Iraque estão enfrentando dificuldades na produção e cerca de 2,7 milhões de barris por dia de petróleo estão sendo removidos do mercado.

"Uma escola de pensamento defende firmemente que o mercado está complacente e ainda não acordou para a situação (de redução na oferta)", afirmou a corretora PVM em nota a clientes. "Outra escola argumenta que isso está embutido nos preços e que sem os problemas na oferta o preço do brent estaria abaixo de US$ 100 por barril", acrescentaram.

Analistas do Morgan Stanley destacaram a divergência entre o mercado físico do brent e os preços futuros, observando que junto com as interrupções na oferta um período de manutenção nas refinarias apertou o mercado físico. No entanto, preocupações macroeconômicas, posições especulativas elevadas, demanda fraca e receios com o crescimento da oferta estão pressionando os preços, disseram.

Gerentes de recursos reduziram as apostas em alta nos preços do petróleo pela segunda semana seguida, indicando expectativas de que os preços percam força mais tarde neste ano. Posições longas líquidas em futuros e opções de petróleo bruto na Nymex caíram 2,5% na semana até 6 de agosto, segundo a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês).

Por volta das 7h (de Brasília), o brent para setembro caía US$ 0,07 por barril na ICE, para US$ 108,15 por barril, enquanto o contrato para setembro negociado na Nymex subia 0,2%, para US$ 106,23 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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