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CONSOLIDA-BC irlandês espera ajuda da UE/FMI; mercados sobem

BC irlandês espera empréstimo da UE e do FMI Índice europeu, bônus e euro se recuperam Por Lorraine Turner e Carmel Crimmins DUBLIN, 18 de novembro (Reuters) - O presidente do banco central irlandês disse nesta quinta-feira esperar que Dublin receba dezenas de bilhões de euros em empréstimos de parceiros europeus e do Fundo Monetário […]

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 18h44.

  • BC irlandês espera empréstimo da UE e do FMI

  • Índice europeu, bônus e euro se recuperam

    Por Lorraine Turner e Carmel Crimmins

    DUBLIN, 18 de novembro (Reuters) - O presidente do banco
    central irlandês disse nesta quinta-feira esperar que Dublin
    receba dezenas de bilhões de euros em empréstimos de parceiros
    europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI), a fim de
    disponibilizar recursos para os combalidos bancos do país.

    Patrick Honohan falava ao mesmo tempo em que autoridades da
    Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e FMI começavam
    discussões no BC e com o ministro de Finanças irlandês sobre um
    possível pacote de resgate.

    "Estamos falando de um empréstimo bastante significativo...
    de dezenas de bilhões, sim", disse Honohan, reconhecendo que
    houve, desde abril, uma saída substancial de fundos do sistema
    bancário irlandês.

    O governo disse que as conversas vão se estender até a
    próxima semana. O ministro de Finanças, Brian Lenihan, afirmou
    ao Parlamento que Dublin ainda não está a ponto de requerer um
    empréstimo e que ele não poderia citar quanto seria
    necessário.

    Mais tarde, Lenihan disse em entrevista ao canal de TV
    nacional RTE que a Irlanda claramente precisará de alguma forma
    de assistência externa.

    O que está em discussão é um "capital potencialmente
    significativo a ser disponibilizado para apoiar a Irlanda".

    Ele insistiu que o FMI e a União Europeia (UE) não terão
    qualquer ingerência sobre as medidas orçamentárias irlandesas,
    mesmo que as regras da UE estipulem que programas de
    assistência só possam ser garantidos a governos que sinalizam
    um estrito acordo de condições fiscais.

    Os bancos irlandeses vêm sofrendo saques de clientes
    corporativos. Honohan disse que "a constante retirada de
    depósitos" motivou a necessidade de financiamentos excepcionais
    por parte do banco central irlandês, além da assistência de
    liquidez do BCE.

    Após dez dias de perdas, o principal índice de ações da
    Europa , os mercados de bônus e o euro
    mostraram recuperação, amparados por expectativas de que a
    Irlanda se torne o segundo país da zona do euro, após a Grécia,
    a receber um pacote de resgate para debelar elevados déficits.

    O primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, vem rejeitando
    repetidamente que seu governo esteja discutindo um resgate que
    colocaria as finanças públicas sob a direção da supervisão da
    UE e do FMI.

    Segundo alguns analistas, Dublin parece estar querendo
    ganhar tempo, em parte para evitar a humilhação política de
    pedir resgate antes das eleições parlamentares de 25 de
    novembro.

    A Espanha encontrou sólida demanda em leilão de títulos
    públicos de 10 e 30 anos, operação que levantou 3,6 bilhões de
    euros. Ainda assim, o país teve que pagar mais caro que há dois
    meses. Na véspera, Portugal também vendeu papéis da dívida com
    rendimento maior.

(Reportagem adicional de Natsuko Waki em Dublin, William
James em Londres, Arno Schuetze e Edward Taylor em Frankfurt e
Nick Vinocur em Paris; Texto de Paul Taylor)

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