Conselho da Saudi Aramco vê riscos excessivos para IPO em Nova York
Nova York oferece a maior base de investidores do mundo, algo vital para um IPO que visa atrair até 100 bilhões de dólares
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Tais Laporta
Publicado em 30 de agosto de 2019 às 16h30.
Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 16h30.
O Conselho da Saudi Aramco determinou que a listagem da estatal na Bolsa de Valores de Nova York carrega riscos legais excessivos para que seja uma opção realista, disseram cinco fontes, embora afirmem que uma decisão final está a cargo do príncipe da Arábia Saudita.
A bolsa de Nova York era a instituição apoiada pelo príncipe Mohammed bin Salman antes de os planos da oferta inicial de ações ( IPO, na sigla em inglês) serem colocados em pausa no ano passado, disseram as fontes, mesmo após advogados da Aramco e assessores do governo levantarem preocupações legais.
Nova York oferece a maior base de investidores do mundo, algo vital para um IPO que visa atrair até 100 bilhões de dólares, quantia que pode ser difícil de ser levantada em outras bolsas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao reino para que a listagem ocorra em Nova York.
Uma fonte familiarizada aos planos da IPO disse à Reuters que o Conselho, formado por ministros e executivos da Aramco, concluiu em uma reunião em agosto que uma listagem nos EUA não seria considerada "a não ser que seja oferecida à Aramco imunidade soberana, que a proteja de qualquer ação legal".
"Isso, é claro, é difícil de se alcançar, senão impossível", acrescentou a fonte, que, assim como as outras ouvidas pela Reuters, pediu para não ser identificada por causa da sensibilidade do assunto.
Além de Nova York, as bolsas de Londres, Hong Kong e Tóquio têm procurado atrair autoridades sauditas para garantir um acordo para que operem ações da Aramco, que deve ter uma oferta primária em Riad.