Concorrência não assusta BM&FBovespa, diz Edemir Pinto
Presidente afirmou que bolsa pretende investir R$ 1,1 bilhão em melhores entre 2010 e 2013
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2012 às 19h16.
São Paulo - A BM&FBovespa diz estar bastante confortável com a possibilidade da chegada de novas bolsas de valores no Brasil. Embora já tenha sido procurada pela concorrente Direct Edge, a bolsa paulista segue firme na estratégia de prestar serviços para terceiros somente depois de 2013. "Sempre estivemos muito tranquilos em relação à concorrência", disse, nesta sexta-feira, Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa.
Sobre o estudo encomendado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para mapear a eficiência do mercado acionário brasileiro, ele disse que a BM&FBovespa teve contato com a Oxera Consulting (responsável pelo trabalho) por duas vezes, mas que não conversou com o regulador sobre o assunto. "É um importante relatório", disse, para emendar afirmando ainda não saber se a BM&FBovespa poderá ter acesso ao conteúdo do estudo.
Edemir avaliou que o momento é de otimismo e confiança no Brasil, a despeito dos problemas que vêm sendo enfrentados pela Europa. "O Brasil é hoje outro país. O governo foi corajoso e ousado ao destravar as regras da poupança permitindo um caminho livre para a queda dos juros".
O novo cenário que se abriu com a mudança reforça, diz, o grande projeto da BM&FBovespa de se transformar em uma bolsa de ponta. Para isso, a bolsa pretende investir R$ 1,1 bilhão entre 2010 e 2013. Até o final deste ano, o objetivo é ultrapassar R$ 700 milhões em investimentos. "A BM&FBovespa será completíssima, mais eficiente e invejada", destacou Edemir.
Um dos principais projetos é a integração das suas quatro clearings em uma plataforma única de negociação de ativos, a PUMA Trading. O projeto prevê uma única estrutura de liquidação e de administração de riscos para atendimento de todos os mercados geridos pela bolsa.
A previsão da bolsa é de que as clearings estejam integradas entre o final deste ano e o início de 2013 para que os testes com o mercado se iniciem no primeiro trimestre do próximo exercício. Esse processo teve início em janeiro de 2011. Cícero Vieira, diretor executivo de Operações, Clearing e Depositária da BM&FBovespa, ressaltou que a verticalização da bolsa torna mais complexa a concorrência de novos entrantes.
Dentre os benefícios que a plataforma unificada trará, ele destacou o fato de os riscos passarem a ser integrados, eficiência de capital, maiores volumes e liquidez, além de menores exigências de margens (que devem ser reduzidas em 25% a 40%). "O portfólio dos investidores será olhado a partir de um risco único", sintetizou Vieira.
Para cumprir o cronograma de integração das clearings, 200 pessoas trabalham em tempo integral no desenvolvimento da infraestrutura e na arquitetura de tecnologia da informação da nova plataforma.
São Paulo - A BM&FBovespa diz estar bastante confortável com a possibilidade da chegada de novas bolsas de valores no Brasil. Embora já tenha sido procurada pela concorrente Direct Edge, a bolsa paulista segue firme na estratégia de prestar serviços para terceiros somente depois de 2013. "Sempre estivemos muito tranquilos em relação à concorrência", disse, nesta sexta-feira, Edemir Pinto, presidente da BM&FBovespa.
Sobre o estudo encomendado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para mapear a eficiência do mercado acionário brasileiro, ele disse que a BM&FBovespa teve contato com a Oxera Consulting (responsável pelo trabalho) por duas vezes, mas que não conversou com o regulador sobre o assunto. "É um importante relatório", disse, para emendar afirmando ainda não saber se a BM&FBovespa poderá ter acesso ao conteúdo do estudo.
Edemir avaliou que o momento é de otimismo e confiança no Brasil, a despeito dos problemas que vêm sendo enfrentados pela Europa. "O Brasil é hoje outro país. O governo foi corajoso e ousado ao destravar as regras da poupança permitindo um caminho livre para a queda dos juros".
O novo cenário que se abriu com a mudança reforça, diz, o grande projeto da BM&FBovespa de se transformar em uma bolsa de ponta. Para isso, a bolsa pretende investir R$ 1,1 bilhão entre 2010 e 2013. Até o final deste ano, o objetivo é ultrapassar R$ 700 milhões em investimentos. "A BM&FBovespa será completíssima, mais eficiente e invejada", destacou Edemir.
Um dos principais projetos é a integração das suas quatro clearings em uma plataforma única de negociação de ativos, a PUMA Trading. O projeto prevê uma única estrutura de liquidação e de administração de riscos para atendimento de todos os mercados geridos pela bolsa.
A previsão da bolsa é de que as clearings estejam integradas entre o final deste ano e o início de 2013 para que os testes com o mercado se iniciem no primeiro trimestre do próximo exercício. Esse processo teve início em janeiro de 2011. Cícero Vieira, diretor executivo de Operações, Clearing e Depositária da BM&FBovespa, ressaltou que a verticalização da bolsa torna mais complexa a concorrência de novos entrantes.
Dentre os benefícios que a plataforma unificada trará, ele destacou o fato de os riscos passarem a ser integrados, eficiência de capital, maiores volumes e liquidez, além de menores exigências de margens (que devem ser reduzidas em 25% a 40%). "O portfólio dos investidores será olhado a partir de um risco único", sintetizou Vieira.
Para cumprir o cronograma de integração das clearings, 200 pessoas trabalham em tempo integral no desenvolvimento da infraestrutura e na arquitetura de tecnologia da informação da nova plataforma.