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Com venda de ações da Petrobras, BNDES deve levantar R$ 23 bilhões

BNDES tem adotado uma política de venda de suas participações em empresas

Petrobras: início de negociações das ações da oferta brasileira na bolsa é previsto para 7 de fevereiro (NurPhoto/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 09h40.

Última atualização em 22 de janeiro de 2020 às 13h32.

São Paulo — A estatal Petrobras divulgou nesta quarta-feira prospecto preliminar de uma oferta secundária na qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) buscará vender inicialmente 611,8 milhões de ações ordinárias da companhia, projetando que a fixação do preço por ação deverá ocorrer em 5 de fevereiro.

Se negociadas a 31,98 reais por papel, preço de fechamento em 20 de janeiro, a oferta envolveria um total de 19,56 bilhões de reais, segundo o material divulgado pela companhia junto à Comissão de Valores Mobiliários.

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O BNDES , no entanto, disse que a oferta pública global poderá ter valor de até 5,6 bilhões de dólares (23,5 bilhões de reais) se considerado o lote adicional, que pode elevar o volume de venda em até 20%, a depender da demanda pelos papéis.

A oferta será feita no Brasil e no exterior.

O início de negociações das ações da oferta brasileira na B3 é previsto para 7 de fevereiro.

"A operação decorre do programa de desinvestimento de participações acionárias em empresas maduras e listadas em bolsa de valores da carteira do Sistema BNDES, que vem em curso desde 2019", afirmou o banco estatal em comunicado à imprensa.

O BNDES ressaltou que a oferta não envolve as ações preferenciais da Petrobras de propriedade do banco.

Nesta quarta-feira (22), no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o presidente do BNDES disse que a oferta de ações da Petrobras em poder do BNDES, entrará no balanço do banco no primeiro semestre, com 60% do lucro líquido ficando para a União.

A fatia de ações na oferta representa 9,86% do capital votante da Petrobras e é toda a participação detida atualmente pelo BNDES nessa classe de ações.

“A Petrobras é continuação de uma estratégia de desinvestimento que a gente já vem há alguns meses pautando. Em dezembro, colocamos a operação da Marfrig , em janeiro tivemos a operação de Light “, afirmou, referindo-se a ofertas de outras ações em poder do banco.

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