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Com cautela no exterior, dólar tem leve alta ante real

Às 12:00, o dólar recuava 0,07 por cento, a 3,7315 reais na venda, após fechar na sexta-feira com alta de 0,63 por cento, a 3,7340 reais.

dólar (Yuji Sakai/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 09h16.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2019 às 12h26.

São Paulo — O dólar tinha pouca variação ante o real no início do pregão desta segunda-feira, com investidores buscando a segurança da divisa norte-americana em meio à cautela no exterior diante de possibilidade de nova paralisação do governo dos Estados Unidos incerteza nas negociações comerciais entre EUA e China.

Às 12:00, o dólar recuava 0,07 por cento, a 3,7315 reais na venda, após fechar na sexta-feira com alta de 0,63 por cento, a 3,7340 reais.

O dólar futuro tinha variação negativa de 0,05 por cento.

"O comportamento da moeda está relativamente tranquilo neste pregão. No cenário externo, de uma maneira conturbada, volta a haver ruído com relação à paralisação no governo dos Estados Unidos", afirmou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano.

Era esperado que democratas e republicanos chegassem a um acordo sobre a segurança na fronteira com o México até esta segunda-feira, dando tempo para que a legislação tramitasse na Câmara e no Senado e fosse assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, antes de sexta-feira, quando expira o prazo de financiamento para o Departamento de Segurança Interna e outras agências do governo federal.

Em relação às negociações comerciais, Estados Unidos e China deram início nesta segunda-feira a mais uma rodada de discussões, com autoridades dos EUA em visita a Pequim.

Crescem as preocupações de que as conversas podem não encerrar a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, uma vez que representantes norte-americanos pressionarão a China a alterar o tratamento à propriedade intelectual das empresas dos EUA.

Há uma expectativa de que os países prorroguem o prazo de 1º de março, quando está programado um aumento das tarifas dos EUA sobre produtos chineses.

O mercado também segue atento para novas sinalizações sobre desaceleração na economia global. O crescimento econômico do Reino Unido atingiu em 2018 o pior nível desde 2012, impactado por incertezas ligadas ao Brexit, outro ponto que segue sendo monitorado.

Do lado doméstico, participantes do mercado estão em compasso de espera sobre a reforma da Previdência até que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, se recupere e deixe o hospital após cirurgia de reversão da colostomia.

A avaliação é a de que, enquanto Bolsonaro não retornar a Brasília, não deve haver avanços no que diz respeito à reforma, mas o mercado monitora qualquer nova informação sobre o teor do texto.

"O mais importante são os anúncios oficiais, mas o mercado monitora tudo, qualquer informação pertinente à reforma pode ter um impacto", afirmou Serrano.

Após um viés mais otimista com relação à Previdência no fim de janeiro e início de fevereiro, na semana passada o mercado calibrou apostas e passou a trabalhar com tal percepção, somado à possibilidade de que a matéria não tramitará na rapidez esperada antes.

O BC brasileiro vendeu nesta sessão 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Assim rolou 3,615 bilhões de dólares do total de 9,811 bilhões que vencem em março.

(Por Laís Martins)

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