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Citadel deve resgatar cerca de US$ 500 mi do fundo de hedge Melvin Capital

A decisão vem após o fundo ser atingido por perdas com apostas em posições curtas na empresa GameStop e em outras ações "meme"

Kenneth Griffin, da empresa de investimentos Citadel. (Andrew Harrer/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2021 às 17h25.

Os sócios da empresa de investimentos Citadel, de Kenneth "Ken" Griffin, estão planejando resgatar cerca de US$ 500 milhões dos US$ 2 bilhões que haviam colocado no fundo de hedge Melvin Capital Management. A decisão vem após o fundo ser atingido por perdas com apostas em posições curtas na empresa GameStop e em outras ações "meme" impulsionadas por investidores individuais reunidos em fóruns como Reddit e Discord, disseram fontes do Dow Jones Newswires.

A Citadel, que raramente tem um investimento tão grande com um gestor externo, manterá sua participação nas receitas do Melvin, segundo fontes. Não foi possível determinar se a Citadel planeja resgatar dinheiro adicional mais tarde, mas uma fonte disse que a empresa espera continuar sendo uma grande investidora do fundo. Já o fundo de hedge Point72 Asset Management mantém seu investimento em Melvin, disse uma fonte.

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Histórico com ações "meme"

Melvin foi fundado por Gabe Plotkin, ex-gerente de portfólio para o gestor americano Steven A. Cohen, e foi um dos fundos de hedge de melhor desempenho nos últimos anos, até a desventura com ações "meme" no começo de 2021, terminando a semana de 18 de janeiro com uma perda de cerca de 30% no ano.

Em meio a essas perdas, o fundo de hedge Point72 Asset Management, de Steven A. Cohen, e a Citadel investiram juntos US$ 2,75 bilhões no Melvin em 25 de janeiro de 2021. Em troca, as duas empresas receberam participações não controladoras na receita do fundo por três anos. O acordo significa que eles compartilham as taxas de gerenciamento e desempenho que o Melvin cobra de seus clientes ao longo desse tempo, mas não têm nenhum controle sobre o fundo ou seus investimentos.

No entanto, os dois dias seguintes foram brutais para fundos de hedge de seleção de ações, já que a ampla turbulência do mercado levou os fundos a se retraírem. Os fundos de hedge reduziram sua exposição ao mercado, tanto no lado comprado quanto no lado vendido de suas carteiras, pois se preocupavam com os movimentos erráticos das ações.

Melvin produziu um retorno de 25% de 1º de fevereiro até o final de julho, tornando-se um dos fundos de hedge de melhor desempenho no período. Mas suas perdas na sequência imediata dos investimentos da Citadel e da Point72 cortaram significativamente os ganhos desses fundos em suas apostas de janeiro, segundo fontes. Melvin permanece com queda de cerca de 43% no ano até julho.

Essa ascensão vertiginosa de um punhado de ações seguida das perdas crescentes no Melvin e outros fundos de hedge proeminentes, incluindo Point72 e D1 Capital Partners, paralisou Wall Street e investidores individuais no começo do ano e gerou uma audiência no Congresso, investigações regulatórias e investigações federais.

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