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China pressiona e Ibovespa abre em queda

A frustração com o PIB chinês no primeiro trimestre deste ano e a frágil situação financeira na Espanha pesam sobre os mercados financeiros nesta sexta-feira

O Ibovespa abriu em queda de 0,86%, aos 62.513 pontos (Germano Luders)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 11h09.

São Paulo - A frustração com o Produto Interno Bruto (PIB) da China no primeiro trimestre deste ano e a frágil situação financeira na Espanha pesam sobre os mercados financeiros nesta sexta-feira e devem reconduzir a Bovespa ao terreno negativo, após a sequência de quedas na semana ter sido interrompida ontem. O Ibovespa abriu em queda de 0,86%, aos 62.513 pontos. E às 10h36 já perdia 1,04%. Enquanto nenhuma nova ação dos bancos centrais das principais economias do mundo é anunciada, os investidores preferem desfazer suas posições e fugir do risco.

Se ontem surgiram relatos de que a China poderia surpreender com os números que divulgaria no fim do dia, esses boatos se confirmaram, mas não agradaram. Ainda assim, a despeito da surpresa negativa com o crescimento de 8,1% do PIB da China nos três primeiros meses deste ano, abaixo da previsão de alta de 8,3%, outros indicadores mostram discreta retomada da atividade ao final desse período.

É o que avaliam analistas, em relatórios publicados na manhã desta sexta-feira, repercutindo também os números do país asiático sobre a produção industrial e as vendas no varejo em março. Dessa forma, o governo de Pequim deve seguir calibrando as políticas monetária, creditícia e fiscal, gradualmente, de modo a acomodar o crescimento chinês em um ritmo mais sustentável.

Seja como for, "ainda há um crescimento robusto na China", afirma o operador sênior da Corretora Renascença, Luiz Roberto Monteiro, e a desaceleração em curso não sinaliza um pouso forçado no gigante emergente. "Tudo indica que o país vai continuar crescendo na casa de 8%", completa.

Com isso, o profissional acredita que a Bolsa deve devolver uma parte da alta da véspera (+2,88%), deixando o 63 mil pontos escapar de novo, mas a queda não deve ser exagerada. "Deve ser algo entre 0,50% e 1,00%", avalia.

Além da China, o noticiário envolvendo a Espanha também chama atenção hoje, diante da informação de que os bancos espanhóis aumentaram acentuadamente a tomada de empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) em março, para um nível recorde e que representa quase 28% do total de financiamentos concedidos pela autoridade monetária no mês passado.

A Bolsa de Madri despontava como a pior performance entre os principais mercados europeus, levando consigo a Bolsa de Milão, abalada por um temor de contágio. Diante disso, crescem as apostas de que o BCE retome a compra de títulos soberanos, aliviando o peso da crise das dívidas na zona do euro.

Já em Nova York, enquanto a terceira rodada do programa de relaxamento quantitativo (QE3) não vem, os investidores digerem o balanço do JPMorgan e do Google, anunciados entre a noite de ontem e esta manhã, assim como o aumento ligeiramente acima do esperado da inflação ao consumidor no mês passado, pressionada pelos preços de energia.

Por aqui, o HSBC decidiu tornar-se o primeiro grande banco privado de varejo a anunciar uma redução das taxas de juros cobradas dos clientes desde que o governo começou a pressionar o setor financeiro nacional. Em comunicado divulgado no início da noite de ontem, o sexto maior banco do País por ativos (R$ 146,5 bilhões em dezembro) informou que diminuiu as taxas mínimas em três modalidades: crédito pessoal, financiamento de veículos e crédito consignado.

São Paulo - A frustração com o Produto Interno Bruto (PIB) da China no primeiro trimestre deste ano e a frágil situação financeira na Espanha pesam sobre os mercados financeiros nesta sexta-feira e devem reconduzir a Bovespa ao terreno negativo, após a sequência de quedas na semana ter sido interrompida ontem. O Ibovespa abriu em queda de 0,86%, aos 62.513 pontos. E às 10h36 já perdia 1,04%. Enquanto nenhuma nova ação dos bancos centrais das principais economias do mundo é anunciada, os investidores preferem desfazer suas posições e fugir do risco.

Se ontem surgiram relatos de que a China poderia surpreender com os números que divulgaria no fim do dia, esses boatos se confirmaram, mas não agradaram. Ainda assim, a despeito da surpresa negativa com o crescimento de 8,1% do PIB da China nos três primeiros meses deste ano, abaixo da previsão de alta de 8,3%, outros indicadores mostram discreta retomada da atividade ao final desse período.

É o que avaliam analistas, em relatórios publicados na manhã desta sexta-feira, repercutindo também os números do país asiático sobre a produção industrial e as vendas no varejo em março. Dessa forma, o governo de Pequim deve seguir calibrando as políticas monetária, creditícia e fiscal, gradualmente, de modo a acomodar o crescimento chinês em um ritmo mais sustentável.

Seja como for, "ainda há um crescimento robusto na China", afirma o operador sênior da Corretora Renascença, Luiz Roberto Monteiro, e a desaceleração em curso não sinaliza um pouso forçado no gigante emergente. "Tudo indica que o país vai continuar crescendo na casa de 8%", completa.

Com isso, o profissional acredita que a Bolsa deve devolver uma parte da alta da véspera (+2,88%), deixando o 63 mil pontos escapar de novo, mas a queda não deve ser exagerada. "Deve ser algo entre 0,50% e 1,00%", avalia.

Além da China, o noticiário envolvendo a Espanha também chama atenção hoje, diante da informação de que os bancos espanhóis aumentaram acentuadamente a tomada de empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) em março, para um nível recorde e que representa quase 28% do total de financiamentos concedidos pela autoridade monetária no mês passado.

A Bolsa de Madri despontava como a pior performance entre os principais mercados europeus, levando consigo a Bolsa de Milão, abalada por um temor de contágio. Diante disso, crescem as apostas de que o BCE retome a compra de títulos soberanos, aliviando o peso da crise das dívidas na zona do euro.

Já em Nova York, enquanto a terceira rodada do programa de relaxamento quantitativo (QE3) não vem, os investidores digerem o balanço do JPMorgan e do Google, anunciados entre a noite de ontem e esta manhã, assim como o aumento ligeiramente acima do esperado da inflação ao consumidor no mês passado, pressionada pelos preços de energia.

Por aqui, o HSBC decidiu tornar-se o primeiro grande banco privado de varejo a anunciar uma redução das taxas de juros cobradas dos clientes desde que o governo começou a pressionar o setor financeiro nacional. Em comunicado divulgado no início da noite de ontem, o sexto maior banco do País por ativos (R$ 146,5 bilhões em dezembro) informou que diminuiu as taxas mínimas em três modalidades: crédito pessoal, financiamento de veículos e crédito consignado.

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