Exame Logo

China permite aumento de sua moeda para limitar inflação

Nos últimos dias, o banco central chinês fixou a cotação de iuane por dólar a níveis recorde, o que fez com que a moeda chinesa subisse 0,8% na semana passada

Um iuane mais forte permite à China comprar mais baratos os produtos importados, como os vinculados com a energia ou matérias primas (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 11h27.

Pequim - A China permite atualmente que sua moeda aumente em relação ao dólar mais rápido do que antes, a fim de, segundo analistas, limitar a inflação.

A cotação do iuane continua estreitamente relacionada com a moeda americana. A flutuação máxima da moeda chinesa em torno da cotação do dólar fixada diariamente por Pequim é de 0,5%.

No entanto, nestes últimos dias, o banco central chinês fixou esta cotação a níveis recorde, com um máximo de 6,3925 iuanes por dólar na terça-feira. Como consequência disso, o iuane subiu 0,8% na semana passada.

Desde junho de 2010, quando a China voltou a fixar uma margem de flutuação de 0,5% em torno deste valor de referência, o iuane aumentou 6,8%, o que é considerável, embora os Estados Unidos continuem estimando ser insuficiente.

A recente alta do iuane ocorreu em um contexto de crise, caracterizado por ataques dos mercados financeiros contra países cuja dívida consideram muito elevada, em meio às críticas de Pequim quanto à política orçamentária dos Estados Unidos.

O vice-presidente americano Joe Biden chega nesta quarta-feira à China, o maior detentor de bônus de seu país, após estas críticas consecutivas à queda da classificação da dívida pública americana pela agência Standard & Poor's há 10 dias.

Pouco antes da viagem de Biden, Lael Brainard, subsecretária do Tesouro para assuntos internacionais, disse que incentivaria Pequim a aumentar a cotação de sua moeda e a transformar sua economia baseada nas exportações em uma baseada no consumo.

Os analistas afirmam que, embora a China permita que o iuane suba antes deste tipo de encontros delicados com líderes americanos, o aumento de sua moeda também procura limitar a alta dos preços.

A inflação chinesa alcançou seu nível mais alto em mais de três anos, 6,5% ao ano em julho.

Um iuane mais forte permite à China comprar mais baratos os produtos importados, como os vinculados com a energia ou matérias primas.

No entanto, o aumento do valor do iuane não permitirá baixar a inflação diminuindo o valor das importações, já que estimulará a demanda chinesa de matérias primas, acrescentando o preço das mesmas, ressaltou em julho Qu Hongbin, principal economista a cargo da China com o banco HSBC.

Para o influente jornal chinês China Securities Journal, "chegou o momento" de aumentar a margem de flutuação do iuane em relação ao dólar.

Este aumento permitiria frear os movimentos de dinheiro especulativo considerados perigosos, por estimar que geram inflação, sem prejudicar o setor exportador, já que Pequim depende cada vez menos dos mercados europeu e americano, indicou este jornal pertencente à agência Nova China.

Para Chang Jian, economista da Barclays Capital, o renminbi (nome oficial do iuane) valerá entre "6,25 e 6,30 dólares" antes do fim do ano.

Veja também

Pequim - A China permite atualmente que sua moeda aumente em relação ao dólar mais rápido do que antes, a fim de, segundo analistas, limitar a inflação.

A cotação do iuane continua estreitamente relacionada com a moeda americana. A flutuação máxima da moeda chinesa em torno da cotação do dólar fixada diariamente por Pequim é de 0,5%.

No entanto, nestes últimos dias, o banco central chinês fixou esta cotação a níveis recorde, com um máximo de 6,3925 iuanes por dólar na terça-feira. Como consequência disso, o iuane subiu 0,8% na semana passada.

Desde junho de 2010, quando a China voltou a fixar uma margem de flutuação de 0,5% em torno deste valor de referência, o iuane aumentou 6,8%, o que é considerável, embora os Estados Unidos continuem estimando ser insuficiente.

A recente alta do iuane ocorreu em um contexto de crise, caracterizado por ataques dos mercados financeiros contra países cuja dívida consideram muito elevada, em meio às críticas de Pequim quanto à política orçamentária dos Estados Unidos.

O vice-presidente americano Joe Biden chega nesta quarta-feira à China, o maior detentor de bônus de seu país, após estas críticas consecutivas à queda da classificação da dívida pública americana pela agência Standard & Poor's há 10 dias.

Pouco antes da viagem de Biden, Lael Brainard, subsecretária do Tesouro para assuntos internacionais, disse que incentivaria Pequim a aumentar a cotação de sua moeda e a transformar sua economia baseada nas exportações em uma baseada no consumo.

Os analistas afirmam que, embora a China permita que o iuane suba antes deste tipo de encontros delicados com líderes americanos, o aumento de sua moeda também procura limitar a alta dos preços.

A inflação chinesa alcançou seu nível mais alto em mais de três anos, 6,5% ao ano em julho.

Um iuane mais forte permite à China comprar mais baratos os produtos importados, como os vinculados com a energia ou matérias primas.

No entanto, o aumento do valor do iuane não permitirá baixar a inflação diminuindo o valor das importações, já que estimulará a demanda chinesa de matérias primas, acrescentando o preço das mesmas, ressaltou em julho Qu Hongbin, principal economista a cargo da China com o banco HSBC.

Para o influente jornal chinês China Securities Journal, "chegou o momento" de aumentar a margem de flutuação do iuane em relação ao dólar.

Este aumento permitiria frear os movimentos de dinheiro especulativo considerados perigosos, por estimar que geram inflação, sem prejudicar o setor exportador, já que Pequim depende cada vez menos dos mercados europeu e americano, indicou este jornal pertencente à agência Nova China.

Para Chang Jian, economista da Barclays Capital, o renminbi (nome oficial do iuane) valerá entre "6,25 e 6,30 dólares" antes do fim do ano.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCâmbioChinaDólarInflaçãoIuaneMoedas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame