Mercados

China fecha bolsas antecipadamente por quedas de 7%

Trata-se da primeira vez que os pregões chineses foram fechados antes do previsto


	Bolsas: trata-se da primeira vez que os pregões chineses foram fechados antes do previsto
 (REUTERS/Stringer)

Bolsas: trata-se da primeira vez que os pregões chineses foram fechados antes do previsto (REUTERS/Stringer)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2016 às 05h33.

Xangai - As bolsas de valores da China fecharam seus pregões antecipadamente pela primeira vez em sua história nesta segunda-feira devido à entrada em vigor de novas regras que estabelecem essa medida se um determinado índice atingir perdas superiores a 7%.

Trata-se do índice CSI-300, o seletivo que reúne o rendimento combinado de 300 empresas cotadas nos pregões de Xangai e Shenzhen, e registrou baixa de 7% às 13h28 locais (3h28 de Brasília), uma hora e 32 minutos antes de seu fechamento habitual.

Nesse momento, o índice geral de Xangai, o referencial das bolsas chinesas, registrava perdas de 6,85% (242,52 pontos), até 3.296,66.

Em Shenzhen, o índice de referência local registrou queda de 8,16% no último minuto de cotação do dia, para 11.630,93 pontos.

De fato, segundo as novas regras, antes de alcançar os 7% que levaram ao fechamento, o pregão chegou a ser paralisado nas duas praças, também pela primeira vez na história, durante 15 minutos, depois que a queda do CSI-300 superou os 5%.

Contudo, essa pausa não serviu para acalmar a situação, e as perdas alcançaram 7% rapidamente depois da paralisação.

O índice de referência da Bolsa de Xangai, que tinha iniciado o dia com leve queda de um 0,07%, se manteve no negativo durante todo o dia.

Apesar de cair mais de 4% durante a manhã, o índice chegou a se recuperar parcialmente, mas as perdas dispararam durante a tarde e afundaram ainda mais após a paralisação de 15 minutos.

Já na Bolsa de Shenzhen, o índice que também tinha começado o dia com leve baixa de 0,18%, sofreu uma evolução parecida e na sessão da tarde aprofundou suas perdas, que também dispararam após os 15 minutos de parada obrigatória.

As novas regras que causaram o inédito fechamento prematuro de hoje foram impulsionadas pela Comissão Reguladora da Bolsa de Valores da China (CRMV) e entraram em vigor no dia 1º de janeiro. 

Acompanhe tudo sobre:AçõesÁsiabolsas-de-valoresChinaMercado financeiro

Mais de Mercados

Reunião de Lula e Haddad e a escolha de Scott Bessent: os assuntos que movem o mercado

Do dólar ao bitcoin: como o mercado reagiu a indicação de Trump para o Tesouro?

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Petrobras ganha R$ 24,2 bilhões em valor de mercado e lidera alta na B3