Cenário de recuperação deve alavancar ações da Lupatech, diz Ativa
Corretora revisa o preço-alvo para baixo, mas mantém a sugestão de compra das ações diante do potencial de valorização
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2011 às 15h26.
São Paulo – Após incorporar novas premissas operacionais e macroeconômicas, a Ativa Corretora reduziu o preço-alvo para as ações ordinárias da fabricante de equipamentos para o setor de petróleo Lupatech ( LUPA3 ), apesar de manter a recomendação de compra para os papéis, especialmente devido ao forte potencial de valorização.
Em relatório, o analista Artur Delorme afirmou que, “depois de seguidos resultados trimestrais fracos, a equipe de pesquisa da corretora notou um cenário de melhora na rentabilidade das operações e, principalmente, uma mudança importante no discurso da companhia, o que poderá ser refletido na performance dos papéis no médio prazo”.
A redução no preço-alvo foi de 35,97 reais (até dezembro de 2011) para 19,87 reais (até junho de 2012). O novo valor representa um potencial de alta de 62,20% frente à cotação de 12,25 reais vista no fechamento do último pregão. “Tendo em vista o cenário de recuperação que vislumbramos para a companhia, recomendamos a compra das ações da Lupatech”, acrescenta o analista.
Perspectivas
A Ativa projeta que a Lupatech registre uma expansão anual de 19% para o faturamento e 39% para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) até 2015. “Acreditamos que a expansão da demanda e do faturamento vai impactar positivamente na rentabilidade das operações da companhia, em função dos significativos ganhos de escala”, avalia Delorme.
O analista manteve uma postura conservadora em relação à expectativa de crescimento da Lupatech, e agora espera que o faturamento alcance 1,26 bilhão de reais em 2013, representando cerca de 85% de capacidade utilizada, ante 1,5 bilhão de reais (100%) estimado pela própria empresa.
Entre os pontos negativos para a companhia apontados pela Ativa, destacam-se: o alto endividamento; dependência da Petrobras; as variações nos preços do petróleo; a não efetivação das expectativas de crescimento do setor no Brasil; e a retomada mais lenta que a esperada da rentabilidade das operações da Lupatech.