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Cautela pré-Fed pressiona e Europa fecha em queda

A cautela sobre qualquer movimento que aconteça na quarta-feira, mais uma vez, deixou os investidores fugindo de qualquer risco

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2013 às 16h04.

São Paulo - Os olhos do mercado da Europa estiveram voltados para a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) que começa nesta terça-feira, 17, e decide nesta quarta-feira, 18, o rumo da política monetária dos EUA.

A cautela sobre qualquer movimento que aconteça na quarta-feira, mais uma vez, deixou os investidores fugindo de qualquer risco, o que pressionou as bolsas de valores para o terreno negativo. Os indicadores econômicos da zona do euro foram outro fator que manteve o pessimismo na região. O índice Stoxx Euro 600 fechou em queda de 0,7%, aos 311,31 pontos.

Ainda nesta tarde, começa a última reunião do ano do Fed, nos Estados Unidos. Durante a sessão, o mercado europeu repercutiu as apostas sobre qual será a posição do banco central norte-americano na decisão de começar a reduzir ou não os estímulos monetários adotados ao longo dos últimos anos, especialmente com o programa de compra de ativos mensais de US$ 85 bilhões.

Nas últimas semanas, sinais cada vez mais frequentes de recuperação da atividade dos EUA fortaleceram um cenário de "normalização" da economia.

Nesta terça-feira, entretanto, foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que ficou estável em novembro ante outubro, em termos sazonalmente ajustados, ficando abaixo da previsão de economistas, que esperavam leve alta de 0,1%. Na comparação anual, o CPI avançou 1,2% em novembro, abaixo da meta oficial de 2%.

Com a inflação baixa, prevalece a ideia de que o Fed vai optar por deixar uma possível redução dos estímulos para 2014. Os dados da inflação são importantes, pois a estabilidade de preços, assim como o crescimento econômico, faz parte das diretrizes do banco central dos EUA.

Na Europa, o dia foi de indicadores desfavoráveis. A agência oficial de estatísticas da União Europeia informou que os custos do mercado de trabalho e os salários avançaram nos três meses até setembro ao ritmo mais baixo desde o terceiro trimestre de 2010.


Isto indica que, em meio a elevadas taxas de desemprego, há pouca pressão de alta dos preços no bloco. Com isso, a demanda do consumidor não deve ganhar força nos próximos meses, o que aumenta as preocupações de um período prolongado de inflação baixa ou deflação na zona do euro.

O índice de preços ao consumidor da zona do euro também foi confirmado hoje, com alta de 0,9% em novembro, ante o mesmo período do ano passado. Ainda que o resultado tenha mostrado aceleração da inflação, o índice ainda está abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), de pouco menos de 2%.

A Bolsa de Milão teve a maior queda do dia na região, fechando com perdas de 1,63%, aos 17.925,21 pontos. Os bancos lideraram as perdas. Monte Paschi di Siena, Intesa Sanpaolo e Unicredit caíram 4,9%, 2,6% e 2,3%, respectivamente. Na França, o índice CAC40 encerrou na mínima da sessão e caiu 1,24%, aos 4.068,64 pontos. As ações da Technip perderam 4,5% depois de a concorrente CGG Veritas emitir um alerta de lucro.

Os papéis da Vinci, entretanto, perderam 2,7%, impactados pelo rebaixamento do banco norte-americano Merril Lynch. Já a Renault teve ganhos de 0,4% nas ações, depois de mostrar um crescimento no registro de carros na Europa pelo terceiro mês consecutivo.

O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, também fechou na mínima, com queda de 0,86%, aos 9.085 pontos. As ações da HeidelbergCement lideraram as perdas, com queda de 2,1%, seguido pelos papéis da E.ON, que caíram 1,75%. Hoje foi divulgado o índice de expectativas econômicas na Alemanha medido pelo instituto ZEW, que subiu para 62,0 em dezembro, de 54,6 em novembro. O resultado foi o melhor desde abril de 2006 e ficou acima da previsão, que era de 55,0.

No Reino Unido, os piores rendimentos do índice FTSE foram do setor varejista de supermercados. Uma pesquisa revelou que mais da metade das famílias inglesas compram nas redes alemãs Aldi ou Lidl.

A notícia impactou as ações da Tesco e da Sainsbury, que tiveram quedas de 1,9% e 4,32%, respectivamente. A Bolsa de Londres recuou 0,55%, aos 6.486,19 pontos. Em Madri, o índice IBEX fechou na mínima, com queda de 0,91%, aos 9.343,40 pontos. Já o índice PSI20, de Lisboa, teve perdas de 0,23%, aos 6.381,48 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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São Paulo - Os olhos do mercado da Europa estiveram voltados para a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) que começa nesta terça-feira, 17, e decide nesta quarta-feira, 18, o rumo da política monetária dos EUA.

A cautela sobre qualquer movimento que aconteça na quarta-feira, mais uma vez, deixou os investidores fugindo de qualquer risco, o que pressionou as bolsas de valores para o terreno negativo. Os indicadores econômicos da zona do euro foram outro fator que manteve o pessimismo na região. O índice Stoxx Euro 600 fechou em queda de 0,7%, aos 311,31 pontos.

Ainda nesta tarde, começa a última reunião do ano do Fed, nos Estados Unidos. Durante a sessão, o mercado europeu repercutiu as apostas sobre qual será a posição do banco central norte-americano na decisão de começar a reduzir ou não os estímulos monetários adotados ao longo dos últimos anos, especialmente com o programa de compra de ativos mensais de US$ 85 bilhões.

Nas últimas semanas, sinais cada vez mais frequentes de recuperação da atividade dos EUA fortaleceram um cenário de "normalização" da economia.

Nesta terça-feira, entretanto, foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que ficou estável em novembro ante outubro, em termos sazonalmente ajustados, ficando abaixo da previsão de economistas, que esperavam leve alta de 0,1%. Na comparação anual, o CPI avançou 1,2% em novembro, abaixo da meta oficial de 2%.

Com a inflação baixa, prevalece a ideia de que o Fed vai optar por deixar uma possível redução dos estímulos para 2014. Os dados da inflação são importantes, pois a estabilidade de preços, assim como o crescimento econômico, faz parte das diretrizes do banco central dos EUA.

Na Europa, o dia foi de indicadores desfavoráveis. A agência oficial de estatísticas da União Europeia informou que os custos do mercado de trabalho e os salários avançaram nos três meses até setembro ao ritmo mais baixo desde o terceiro trimestre de 2010.


Isto indica que, em meio a elevadas taxas de desemprego, há pouca pressão de alta dos preços no bloco. Com isso, a demanda do consumidor não deve ganhar força nos próximos meses, o que aumenta as preocupações de um período prolongado de inflação baixa ou deflação na zona do euro.

O índice de preços ao consumidor da zona do euro também foi confirmado hoje, com alta de 0,9% em novembro, ante o mesmo período do ano passado. Ainda que o resultado tenha mostrado aceleração da inflação, o índice ainda está abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE), de pouco menos de 2%.

A Bolsa de Milão teve a maior queda do dia na região, fechando com perdas de 1,63%, aos 17.925,21 pontos. Os bancos lideraram as perdas. Monte Paschi di Siena, Intesa Sanpaolo e Unicredit caíram 4,9%, 2,6% e 2,3%, respectivamente. Na França, o índice CAC40 encerrou na mínima da sessão e caiu 1,24%, aos 4.068,64 pontos. As ações da Technip perderam 4,5% depois de a concorrente CGG Veritas emitir um alerta de lucro.

Os papéis da Vinci, entretanto, perderam 2,7%, impactados pelo rebaixamento do banco norte-americano Merril Lynch. Já a Renault teve ganhos de 0,4% nas ações, depois de mostrar um crescimento no registro de carros na Europa pelo terceiro mês consecutivo.

O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, também fechou na mínima, com queda de 0,86%, aos 9.085 pontos. As ações da HeidelbergCement lideraram as perdas, com queda de 2,1%, seguido pelos papéis da E.ON, que caíram 1,75%. Hoje foi divulgado o índice de expectativas econômicas na Alemanha medido pelo instituto ZEW, que subiu para 62,0 em dezembro, de 54,6 em novembro. O resultado foi o melhor desde abril de 2006 e ficou acima da previsão, que era de 55,0.

No Reino Unido, os piores rendimentos do índice FTSE foram do setor varejista de supermercados. Uma pesquisa revelou que mais da metade das famílias inglesas compram nas redes alemãs Aldi ou Lidl.

A notícia impactou as ações da Tesco e da Sainsbury, que tiveram quedas de 1,9% e 4,32%, respectivamente. A Bolsa de Londres recuou 0,55%, aos 6.486,19 pontos. Em Madri, o índice IBEX fechou na mínima, com queda de 0,91%, aos 9.343,40 pontos. Já o índice PSI20, de Lisboa, teve perdas de 0,23%, aos 6.381,48 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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