Exame Logo

Cautela com Europa empurra dólar acima de R$1,60

São Paulo - O dólar terminou a semana acima de 1,60 real, afetado pela maior aversão a risco no mercado global por causa da crise da dívida na Europa. A moeda subiu 0,94 por cento, a 1,604 real. Na semana, o dólar teve alta de 0,44 por cento. O acordo entre Grécia, Fundo Monetário Internacional […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 17h21.

São Paulo - O dólar terminou a semana acima de 1,60 real, afetado pela maior aversão a risco no mercado global por causa da crise da dívida na Europa.

A moeda subiu 0,94 por cento, a 1,604 real. Na semana, o dólar teve alta de 0,44 por cento.

O acordo entre Grécia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e União Europeia sobre o plano de austeridade do país para os próximos anos não foi suficiente para acalmar os mercados, que mantiveram a apreensão com o trâmite das medidas fiscais dentro do Parlamento grego na próxima semana.

Os principais índices das bolsas norte-americanas <.DJI> <.SPX> caíam cerca de 1 por cento a meia hora do fechamento, e o índice de volatilidade da CBOE <.VIX> disparava mais de 10 por cento.

A breve suspensão dos negócios com ações de grandes bancos italianos também prejudicou o apetite por risco. As ações do UniCredit e do Intesa Sanpaolo atingiram o limite de queda por temores sobre a posição de capital das instituições.

O volume no mercado brasileiro, porém, foi ligeiramente menor do que a média em junho devido ao feriado de Corpus Christi, na véspera, e à proximidade do final de semana. O contrato futuro com vencimento em julho , que concentra a maior liquidez, tinha 255 mil papéis negociados a uma hora e meia do fechamento, ante média de 335 mil neste mês.

Na semana que vem, as atenções continuarão voltadas ao mercado europeu e ao apetite por risco no mercado global.

Internamente, o mercado aguarda os dados sobre as contas externas do país, com divulgação na segunda-feira.

"O crescimento das importações e as fortes remessas de lucros e dividendos, que podem ser explicadas também pelo fortalecimento do real, são os principais responsáveis pelo patamar elevado do déficit em conta corrente", afirmou a analista Eduarda Canhete, do Santander, em relatório. Ela prevê déficit de 3,7 bilhões de dólares em maio.

O mercado também deve ser influenciado pela proximidade do final do mês e a rolagem de contratos futuros em vencimento. Na quarta-feira, os investidores estrangeiros acumularam a maior posição vendida em dólar na BM&FBovespa, considerando também o cupom cambial (DDI), pelo menos desde a crise de 2008.

Veja também

São Paulo - O dólar terminou a semana acima de 1,60 real, afetado pela maior aversão a risco no mercado global por causa da crise da dívida na Europa.

A moeda subiu 0,94 por cento, a 1,604 real. Na semana, o dólar teve alta de 0,44 por cento.

O acordo entre Grécia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e União Europeia sobre o plano de austeridade do país para os próximos anos não foi suficiente para acalmar os mercados, que mantiveram a apreensão com o trâmite das medidas fiscais dentro do Parlamento grego na próxima semana.

Os principais índices das bolsas norte-americanas <.DJI> <.SPX> caíam cerca de 1 por cento a meia hora do fechamento, e o índice de volatilidade da CBOE <.VIX> disparava mais de 10 por cento.

A breve suspensão dos negócios com ações de grandes bancos italianos também prejudicou o apetite por risco. As ações do UniCredit e do Intesa Sanpaolo atingiram o limite de queda por temores sobre a posição de capital das instituições.

O volume no mercado brasileiro, porém, foi ligeiramente menor do que a média em junho devido ao feriado de Corpus Christi, na véspera, e à proximidade do final de semana. O contrato futuro com vencimento em julho , que concentra a maior liquidez, tinha 255 mil papéis negociados a uma hora e meia do fechamento, ante média de 335 mil neste mês.

Na semana que vem, as atenções continuarão voltadas ao mercado europeu e ao apetite por risco no mercado global.

Internamente, o mercado aguarda os dados sobre as contas externas do país, com divulgação na segunda-feira.

"O crescimento das importações e as fortes remessas de lucros e dividendos, que podem ser explicadas também pelo fortalecimento do real, são os principais responsáveis pelo patamar elevado do déficit em conta corrente", afirmou a analista Eduarda Canhete, do Santander, em relatório. Ela prevê déficit de 3,7 bilhões de dólares em maio.

O mercado também deve ser influenciado pela proximidade do final do mês e a rolagem de contratos futuros em vencimento. Na quarta-feira, os investidores estrangeiros acumularam a maior posição vendida em dólar na BM&FBovespa, considerando também o cupom cambial (DDI), pelo menos desde a crise de 2008.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame