Captações externas brasileiras aguardam melhora de mercado
A última emissão corporativa brasileira no exterior foi em 15 de maio, com uma captação de US$ 500 milhões pela BRF
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2013 às 15h05.
Nova York – A escassez de emissões de dívida de empresas brasileiras no exterior é a maior em 3 anos após custo de captação ter subido ao nível mais alto em 4 anos.
A última emissão corporativa brasileira no exterior foi em 15 de maio, com uma captação de US$ 500 milhões pela BRF. Contudo, o Banco BTG Pactual SA, instituição financeira que coordenou o maior número de fusões e aquisições no ano passado, afirmou que 4 empresas se preparam para fazer suas primeiras captações externas.
O Brasil Plural SA Banco Múltiplo disse que está assessorando dois bancos estaduais que pretendem emitir dívida no exterior.
A Odebrecht Óleo Gás e a Minerva estão entre as empresas que cancelaram captações no mês passado, e o Banco do Brasil e o BNDES concluíram reuniões com investidores sem fechar emissões.
O rendimento médio da dívida de empresas brasileiras subiu para 7,11 por cento na semana passada –o maior nível desde julho de 2009 – com receio de fim de estímulos do Fed. O custo médio de financiamento subiu 0,81 pontos porcentuais nos últimos 30 dias, superando a alta de 0,7 pontos porcentuais para emissores de países em desenvolvimento.
“Com tanta volatilidade, a janela foi fechada”, disse Alexandre Aoude, diretor global de renda fixa do Itaú BBA, o braço atacadista do maior banco latino-americano segundo valor de mercado, em entrevista por telefone de Londres. “Porém a perspectiva ainda é boa caso o mercado reabra. O prêmio das novas emissões será um pouco mais alto”.
Alta dos Yields do Tesouro
A BRF SA, maior companhia brasileira de alimentos, foi a última a emitir dívida no exterior, vendendo US$ 500 milhões com vencimento em 2023 e R$ 500 milhões (US$ 224 milhões) em notas globais com vencimento em 2018 há seis semanas. Em junho de 2012, as companhias brasileiras emitiram US$ 2,95 bilhões.
Os yields dos títulos do tesouro americano a dez anos subiram 0,85 pontos porcentuais ou 85 pontos-base nos últimos dois meses enquanto aumenta a especulação sobre a possibilidade de que o presidente do Fed, Bem S. Bernanke, comece a diminuir o ritmo de compras de ativos – a chamada flexibilização quantitativa – ainda neste ano.
Isso levou os investidores a retirarem o valor recorde de US$ 5,7 bilhões de fundos de títulos de mercados emergentes na semana passada, segundo dados da EPFR Global compilados pelo Morgan Stanley.
A demanda contínua de financiamento das companhias brasileiras deveria permitir que a emissão de dívida se recuperasse no segundo semestre, pensa Aoude do Itaú.
“Estamos esperando a volatilidade descer. Depois disso, é provável que as companhias possam voltar ao mercado”, disse Aoude. “O segundo semestre pode voltar a ser muito produtivo”.
O BTG, o Brasil Plural e o Utaú não quiseram revelar o nome dos emissores que os contrataram para as captações.
Nova York – A escassez de emissões de dívida de empresas brasileiras no exterior é a maior em 3 anos após custo de captação ter subido ao nível mais alto em 4 anos.
A última emissão corporativa brasileira no exterior foi em 15 de maio, com uma captação de US$ 500 milhões pela BRF. Contudo, o Banco BTG Pactual SA, instituição financeira que coordenou o maior número de fusões e aquisições no ano passado, afirmou que 4 empresas se preparam para fazer suas primeiras captações externas.
O Brasil Plural SA Banco Múltiplo disse que está assessorando dois bancos estaduais que pretendem emitir dívida no exterior.
A Odebrecht Óleo Gás e a Minerva estão entre as empresas que cancelaram captações no mês passado, e o Banco do Brasil e o BNDES concluíram reuniões com investidores sem fechar emissões.
O rendimento médio da dívida de empresas brasileiras subiu para 7,11 por cento na semana passada –o maior nível desde julho de 2009 – com receio de fim de estímulos do Fed. O custo médio de financiamento subiu 0,81 pontos porcentuais nos últimos 30 dias, superando a alta de 0,7 pontos porcentuais para emissores de países em desenvolvimento.
“Com tanta volatilidade, a janela foi fechada”, disse Alexandre Aoude, diretor global de renda fixa do Itaú BBA, o braço atacadista do maior banco latino-americano segundo valor de mercado, em entrevista por telefone de Londres. “Porém a perspectiva ainda é boa caso o mercado reabra. O prêmio das novas emissões será um pouco mais alto”.
Alta dos Yields do Tesouro
A BRF SA, maior companhia brasileira de alimentos, foi a última a emitir dívida no exterior, vendendo US$ 500 milhões com vencimento em 2023 e R$ 500 milhões (US$ 224 milhões) em notas globais com vencimento em 2018 há seis semanas. Em junho de 2012, as companhias brasileiras emitiram US$ 2,95 bilhões.
Os yields dos títulos do tesouro americano a dez anos subiram 0,85 pontos porcentuais ou 85 pontos-base nos últimos dois meses enquanto aumenta a especulação sobre a possibilidade de que o presidente do Fed, Bem S. Bernanke, comece a diminuir o ritmo de compras de ativos – a chamada flexibilização quantitativa – ainda neste ano.
Isso levou os investidores a retirarem o valor recorde de US$ 5,7 bilhões de fundos de títulos de mercados emergentes na semana passada, segundo dados da EPFR Global compilados pelo Morgan Stanley.
A demanda contínua de financiamento das companhias brasileiras deveria permitir que a emissão de dívida se recuperasse no segundo semestre, pensa Aoude do Itaú.
“Estamos esperando a volatilidade descer. Depois disso, é provável que as companhias possam voltar ao mercado”, disse Aoude. “O segundo semestre pode voltar a ser muito produtivo”.
O BTG, o Brasil Plural e o Utaú não quiseram revelar o nome dos emissores que os contrataram para as captações.