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Câmbio será fraco se queda do real seguir outras moedas

O Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca se a desvalorização do real em relação ao dólar estiver em linha com outras moedas, afirmou o BC

O diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, disse que a depreciação do real está em linha com outras moedas e, por isso, "não há nada que podemos fazer" (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2013 às 17h37.

Londres - O Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca se a recente desvalorização do real em relação ao dólar estiver em linha com outras moedas, afirmou o diretor de Política Monetária do Banco Central , Aldo Mendes, nesta terça-feira.

Mendes, que está em Londres participando de um evento, disse a jornalistas que a depreciação do real está em linha com outras moedas e, por isso, "não há nada que podemos fazer".

O diretor afirmou ainda que, enquanto o real estiver caminhando (em linha) com todas as outras moedas num movimento global, trata-se de um cenário normal. "Temos de conviver com isso", disse ele, acrescentando não tem com o que se preocupar caso os recursos estiverem se deslocando para os Estados Unidos e em busca do dólar.

"Se há percepção de que há um movimento estrutural, é inevitável que haverá valorização do dólar e desvalorização das moedas, não apenas o real", afirmou ele.

Os comentários do diretor causaram reação no mercado de câmbio, com o dólar anulando a queda e passando a subir, atingindo, na máxima, 2,1385 reais na venda. Às 12h30, a divisa tinha alta de 0,39 %, cotado a 2,1354 reais na venda.

A moeda norte-americana iniciou o processo mais significativo de valorização na semana passada, quando ultrapassou a barreira dos 2,10 reais, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar que o dólar é usado para combater a inflação.

Na sexta-feira, o BC, no entanto, fez intervenção no mercado de câmbio para reduzir a alta do dólar ante o real, que acumulou em maio 7 %.

Apesar da valorização do dólar ser uma tendência internacional, economistas têm alertado para a possibilidade desse movimento ser inflacionário no Brasil, num momento em que a alta dos preços mantêm-se próxima do teto da meta do governo, de 6,5 % pelo IPCA.

Justamente para combater a inflação, o BC surpreendeu o mercado e elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 8 % ao ano. Uma fonte do governo disse à Reuters na semana passada que a alta da Selic tenderia a mitigar a alta do dólar ante o real.

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Londres - O Brasil terá de conviver com uma taxa de câmbio mais fraca se a recente desvalorização do real em relação ao dólar estiver em linha com outras moedas, afirmou o diretor de Política Monetária do Banco Central , Aldo Mendes, nesta terça-feira.

Mendes, que está em Londres participando de um evento, disse a jornalistas que a depreciação do real está em linha com outras moedas e, por isso, "não há nada que podemos fazer".

O diretor afirmou ainda que, enquanto o real estiver caminhando (em linha) com todas as outras moedas num movimento global, trata-se de um cenário normal. "Temos de conviver com isso", disse ele, acrescentando não tem com o que se preocupar caso os recursos estiverem se deslocando para os Estados Unidos e em busca do dólar.

"Se há percepção de que há um movimento estrutural, é inevitável que haverá valorização do dólar e desvalorização das moedas, não apenas o real", afirmou ele.

Os comentários do diretor causaram reação no mercado de câmbio, com o dólar anulando a queda e passando a subir, atingindo, na máxima, 2,1385 reais na venda. Às 12h30, a divisa tinha alta de 0,39 %, cotado a 2,1354 reais na venda.

A moeda norte-americana iniciou o processo mais significativo de valorização na semana passada, quando ultrapassou a barreira dos 2,10 reais, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar que o dólar é usado para combater a inflação.

Na sexta-feira, o BC, no entanto, fez intervenção no mercado de câmbio para reduzir a alta do dólar ante o real, que acumulou em maio 7 %.

Apesar da valorização do dólar ser uma tendência internacional, economistas têm alertado para a possibilidade desse movimento ser inflacionário no Brasil, num momento em que a alta dos preços mantêm-se próxima do teto da meta do governo, de 6,5 % pelo IPCA.

Justamente para combater a inflação, o BC surpreendeu o mercado e elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 8 % ao ano. Uma fonte do governo disse à Reuters na semana passada que a alta da Selic tenderia a mitigar a alta do dólar ante o real.

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