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CÂMBIO-Incerteza sobre mais medidas impõe volatilidade ao dólar

Por Silvio Cascione SÃO PAULO, 6 de outubro (Reuters) - A ampliação do limite de compras de dólares pelo Tesouro e a incerteza sobre medidas adicionais do governo impediram mais uma queda da moeda norte-americana nesta quarta-feira, em uma sessão volátil. A taxa de câmbio terminou o dia a 1,682 real, com alta de 0,42 […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2010 às 13h42.

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 6 de outubro (Reuters) - A ampliação do limite
de compras de dólares pelo Tesouro e a incerteza sobre medidas
adicionais do governo impediram mais uma queda da moeda
norte-americana nesta quarta-feira, em uma sessão volátil.

A taxa de câmbio terminou o dia a 1,682 real, com alta de
0,42 por cento. A mínima da sessão foi 1,669 real, menor nível
desde setembro de 2008, e a máxima foi 1,687 real.

No exterior, o dólar manteve a queda em relação às
principais moedas , embora em menor intensidade, por
causa da expectativa de que o Federal Reserve dê mais
incentivos para a economia dos Estados Unidos.

Ao contrário da véspera, porém, o mercado brasileiro não
acompanhou a tendência internacional.

Logo cedo, investidores receberam a notícia de que a
liquidação de contratos de câmbio teve prazo máximo ampliado de
750 para 1.500 dias. O Ministério da Fazenda confirmou que isso
libera o Tesouro para comprar mais dólares no mercado à vista.

Além disso, a informação de que um funcionário da Fazenda
falaria com jornalistas para esclarecer a extensão do limite de
compras abriu espaço, no início da tarde, para rumores sobre
uma possível aplicação da nova alíquota do Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) também sobre ações.

"A especulação é que a próxima medida será a taxação da
bolsa", disse o operador de câmbio de um banco dealer, que
preferiu não ser identificado, repetindo comentários feitos à
Reuters por outros profissionais de mercado.

Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
anunciou o aumento da alíquota do IOF sobre investimentos
estrangeiros em renda fixa para 4 por cento, com o objetivo de
tentar frear a valorização do real. As ações foram poupadas,
mantendo a taxa atual de 2 por cento.

De acordo com o operador de uma corretora, que também não
quis ser mencionado, a percepção por alguns investidores de que
a taxação vale para fundos multimercados e debêntures
contribuiu para a alta do dólar, causando algum impacto após a
estreia bastante tímida da nova alíquota, na véspera.

"O pessoal também aproveita para ajustar um pouco. Quem
ficou vendido pôe um pouco de dinheiro no bolso", completou, em
referência a uma realização de lucros.

A liquidez um pouco menor que na véspera também contribuiu
para a maior volatilidade, embora o volume tenha ficado na
média das últimas semanas.

De acordo com operadores, o fluxo de dólares para o Brasil
foi mais intenso na terça-feira por causa da entrada de dólares
oriundos do lote suplementar de ações da Petrobras .

(Reportagem adicional de Isabel Versiani; Edição de Aluísio
Alves)

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Por Silvio Cascione

SÃO PAULO, 6 de outubro (Reuters) - A ampliação do limite
de compras de dólares pelo Tesouro e a incerteza sobre medidas
adicionais do governo impediram mais uma queda da moeda
norte-americana nesta quarta-feira, em uma sessão volátil.

A taxa de câmbio terminou o dia a 1,682 real, com alta de
0,42 por cento. A mínima da sessão foi 1,669 real, menor nível
desde setembro de 2008, e a máxima foi 1,687 real.

No exterior, o dólar manteve a queda em relação às
principais moedas , embora em menor intensidade, por
causa da expectativa de que o Federal Reserve dê mais
incentivos para a economia dos Estados Unidos.

Ao contrário da véspera, porém, o mercado brasileiro não
acompanhou a tendência internacional.

Logo cedo, investidores receberam a notícia de que a
liquidação de contratos de câmbio teve prazo máximo ampliado de
750 para 1.500 dias. O Ministério da Fazenda confirmou que isso
libera o Tesouro para comprar mais dólares no mercado à vista.

Além disso, a informação de que um funcionário da Fazenda
falaria com jornalistas para esclarecer a extensão do limite de
compras abriu espaço, no início da tarde, para rumores sobre
uma possível aplicação da nova alíquota do Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) também sobre ações.

"A especulação é que a próxima medida será a taxação da
bolsa", disse o operador de câmbio de um banco dealer, que
preferiu não ser identificado, repetindo comentários feitos à
Reuters por outros profissionais de mercado.

Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
anunciou o aumento da alíquota do IOF sobre investimentos
estrangeiros em renda fixa para 4 por cento, com o objetivo de
tentar frear a valorização do real. As ações foram poupadas,
mantendo a taxa atual de 2 por cento.

De acordo com o operador de uma corretora, que também não
quis ser mencionado, a percepção por alguns investidores de que
a taxação vale para fundos multimercados e debêntures
contribuiu para a alta do dólar, causando algum impacto após a
estreia bastante tímida da nova alíquota, na véspera.

"O pessoal também aproveita para ajustar um pouco. Quem
ficou vendido pôe um pouco de dinheiro no bolso", completou, em
referência a uma realização de lucros.

A liquidez um pouco menor que na véspera também contribuiu
para a maior volatilidade, embora o volume tenha ficado na
média das últimas semanas.

De acordo com operadores, o fluxo de dólares para o Brasil
foi mais intenso na terça-feira por causa da entrada de dólares
oriundos do lote suplementar de ações da Petrobras .

(Reportagem adicional de Isabel Versiani; Edição de Aluísio
Alves)

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