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Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 16h45.
NOVA YORK, 13 de janeiro (Reuters) - O euro registrava
nesta quinta-feira a maior alta percentual diária ante o dólar
em mais de seis meses, reagindo a sólidos leilões de títulos
públicos de países europeus e a um alerta contra riscos de
inflação no curto prazo por parte do presidente do Banco
Central Europeu (BCE).
Embora o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, tenha dito
que a estabilidade não está sob ameaça, seus comentários
endossaram expectativas de que o banco central possa aumentar
as taxas de juros, ajudando a disparar ordens de compras de
euro visando cobertura de posições vendidas na moeda.
A divisa comum se aproximou de 1,34 dólar, ampliando a
forte recuperação observada nesta semana. A moeda está a
caminho de fechar a melhor semana desde março de 2009, ainda
que alguns analistas tenham ponderado que a tendência de baixa
da cotação esteja longe de terminar.
Mas a forte demanda em um leilão de bônus espanhois, um dia
após uma sólida venda de papéis soberanos por Portugal, ajudou
a aliviar pressões sobre os mercados de bônus de países
periféricos na zona do euro.
"Podemos ter uma outra alta, provavelmente acima de 1,34
dólar, depois da qual acho que o movimento vai perder fôlego",
disse Paresh Upadhyaya, chefe do departamento de estratégia de
câmbio para o G10 do BofA Merrill Lynch, em Nova York.
"Em uma perspectiva de prazo mais longo, os fatores que
estão à mesa indicam viés negativo para o euro. As preocupações
com financiamento vão continuar pesando sobre o euro no
primeiro trimestre."
Às 17h41, o euro subia 1,8 por cento, a 1,3362
dólar, a caminho de sua maior alta desde 1o de julho de 2009.
Operadores citaram também compras por bancos centrais da
Ásia e a demanda de investidores de curto prazo, operadores do
mercado de opções e fundos de investimento.
O dólar recuava a 82,73 ienes, em queda de 0,3 por cento.
Já o dólar australiano chegou a superar a paridade
ante seu contraparte norte-americano. No final da tarde, a
moeda operava em alta de 0,1 por cento, a 0,9976 dólar.
Ante uma cesta de moedas , o dólar recuava 1,12 por
cento.
(Reportagem de Nick Olivari e Wanfeng Zhou)