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CÂMBIO-Dólar sobe ante real atento a exterior antes de G20

Por José de Castro SÃO PAULO, 10 de novembro (Reuters) - O dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira, acompanhando o movimento da moeda no exterior antes da reunião entre líderes do G20 nesta semana. Dados positivos sobre a economia norte-americana também deram fôlego à moeda. Segundo profissionais do mercado, a fraqueza do […]

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2010 às 15h58.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 10 de novembro (Reuters) - O dólar fechou em
alta ante o real nesta quarta-feira, acompanhando o movimento
da moeda no exterior antes da reunião entre líderes do G20
nesta semana.

Dados positivos sobre a economia norte-americana também
deram fôlego à moeda. Segundo profissionais do mercado, a
fraqueza do euro também colaborou para a alta do dólar nas
operações locais, em meio a preocupações com a saúde fiscal de
países europeus.

No fechamento, o dólar subiu 0,71 por cento, a 1,711 real
na venda. No mesmo horário, a divisa dos EUA alcançava a máxima
em um mês ante uma cesta de divisas , favorecida pela
depreciação do euro .

"Tem muita incerteza rondando o G20. Ninguém sabe ao certo
o que está sendo discutido com relação à questão cambial, e na
dúvida o pessoal corre para o dólar", disse o operador de
câmbio Ovídio Soares, da Interbolsa do Brasil.

Os líderes das 20 principais economias do mundo se reúnem a
partir desta quinta-feira na Coreia do Sul. Espera-se que no
encontro as autoridades discutam meios de lidar com a chamada
"guerra cambial".

Os países emergentes vêm demonstrando insatisfação com a
recente desvalorização do dólar e criticam a nova rodada de
estímulos no valor de 600 bilhões de dólares anunciada pelo
Federal Reserve na semana passada.

"No encontro do G20 nesta semana, os prospectos de um
acordo substancial como o alcançado no encontro entre ministros
de Finanças do grupo em outubro parecem estar diminuindo",
disseram analistas do Barclays, em relatório.

Nesse contexto, "os formuladores de política monetária têm
levantado a possibilidade de cortar taxas de juros em resposta
à rápida apreciação de suas moedas", escreveram analistas da
Capital Economics, também em relatório.

A alta do dólar nesta sessão encontrou suporte ainda em
dados mais fortes dos EUA. O entendimento é de que se a
economia está se recuperando, a possibilidade de aumento de
juros no país ganha força, o que tornaria investimentos em
dólar mais atrativos.

De fato, nesta sessão, o rendimento do Treasury de 10 anos
, referência do mercado, subia a 2,7129 por cento,
ante 2,663 no fechamento anterior.

Num sinal de que a atividade está melhorando, os pedidos
iniciais de auxílio-desemprego nos EUA atingiram a mínima em
quatro meses na última semana, enquanto o déficit comercial
encolheu mais que o esperado em setembro [ID:nN10178282].

Investidores também monitoraram o aumento do compulsório
pela China, em uma tentativa de esfriar a inflação. A medida,
no entanto, interfere no crescimento econômico e tende a
reduzir o consumo de matérias-primas, um dos principais
componentes da pauta de exportações do Brasil.

(Edição de Aluísio Alves)

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Por José de Castro

SÃO PAULO, 10 de novembro (Reuters) - O dólar fechou em
alta ante o real nesta quarta-feira, acompanhando o movimento
da moeda no exterior antes da reunião entre líderes do G20
nesta semana.

Dados positivos sobre a economia norte-americana também
deram fôlego à moeda. Segundo profissionais do mercado, a
fraqueza do euro também colaborou para a alta do dólar nas
operações locais, em meio a preocupações com a saúde fiscal de
países europeus.

No fechamento, o dólar subiu 0,71 por cento, a 1,711 real
na venda. No mesmo horário, a divisa dos EUA alcançava a máxima
em um mês ante uma cesta de divisas , favorecida pela
depreciação do euro .

"Tem muita incerteza rondando o G20. Ninguém sabe ao certo
o que está sendo discutido com relação à questão cambial, e na
dúvida o pessoal corre para o dólar", disse o operador de
câmbio Ovídio Soares, da Interbolsa do Brasil.

Os líderes das 20 principais economias do mundo se reúnem a
partir desta quinta-feira na Coreia do Sul. Espera-se que no
encontro as autoridades discutam meios de lidar com a chamada
"guerra cambial".

Os países emergentes vêm demonstrando insatisfação com a
recente desvalorização do dólar e criticam a nova rodada de
estímulos no valor de 600 bilhões de dólares anunciada pelo
Federal Reserve na semana passada.

"No encontro do G20 nesta semana, os prospectos de um
acordo substancial como o alcançado no encontro entre ministros
de Finanças do grupo em outubro parecem estar diminuindo",
disseram analistas do Barclays, em relatório.

Nesse contexto, "os formuladores de política monetária têm
levantado a possibilidade de cortar taxas de juros em resposta
à rápida apreciação de suas moedas", escreveram analistas da
Capital Economics, também em relatório.

A alta do dólar nesta sessão encontrou suporte ainda em
dados mais fortes dos EUA. O entendimento é de que se a
economia está se recuperando, a possibilidade de aumento de
juros no país ganha força, o que tornaria investimentos em
dólar mais atrativos.

De fato, nesta sessão, o rendimento do Treasury de 10 anos
, referência do mercado, subia a 2,7129 por cento,
ante 2,663 no fechamento anterior.

Num sinal de que a atividade está melhorando, os pedidos
iniciais de auxílio-desemprego nos EUA atingiram a mínima em
quatro meses na última semana, enquanto o déficit comercial
encolheu mais que o esperado em setembro [ID:nN10178282].

Investidores também monitoraram o aumento do compulsório
pela China, em uma tentativa de esfriar a inflação. A medida,
no entanto, interfere no crescimento econômico e tende a
reduzir o consumo de matérias-primas, um dos principais
componentes da pauta de exportações do Brasil.

(Edição de Aluísio Alves)

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