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Dólar se ajusta a alta do euro e opera em baixa no Brasil

SÃO PAULO - O dólar operava em baixa ante o real nesta quinta-feira, acompanhando a valorização do euro no mercado externo. A queda, no entanto, tinha pouco vigor diante da expectativa de novas intervenções do governo no câmbio. Às 10h51, a moeda norte-americana recuava 0,30 por cento, a 1,666 real. No mesmo horário, o dólar […]

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 10h04.

SÃO PAULO - O dólar operava em baixa ante o real nesta quinta-feira, acompanhando a valorização do euro no mercado externo. A queda, no entanto, tinha pouco vigor diante da expectativa de novas intervenções do governo no câmbio.

Às 10h51, a moeda norte-americana recuava 0,30 por cento, a 1,666 real. No mesmo horário, o dólar caía 0,12 por cento em relação a uma cesta com as principais divisas, com o euro no maior patamar em dois meses.

"Num primeiro momento o mercado se ajusta ao exterior, às moedas lá fora. Depois, fica trabalhando estável", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença.

A valorização do euro acontecia devido à diferença de postura entre o Federal Reserve e o Banco Central Europeu (BCE). O primeiro indicou, em comunicado divulgado na quarta-feira, que a economia ainda não está forte o suficiente para permitir uma queda significativa do desemprego.

Já o segundo tem manifestado preocupação com a alta dos preços das commodities no mercado internacional. Isso indica que, embora ainda demore meses, os europeus estão mais próximos de uma alta dos juros que os norte-americanos.

Outro fator que impulsionava o euro, desta vez em relação ao iene, era a piora da nota da dívida do Japão pela Standard & Poor's.

"Mas (o dólar no Brasil) está sem muita vontade de cair porque o mercado sabe que tem o Banco Central atento às oscilações", completou Amado.

Na terça-feira, após o fechamento do mercado, o BC anunciou a regulamentação de leilões de dólares com liquidação a termo, em prazo a ser definido no momento do anúncio.

A autoridade monetária já vem intervindo por meio de compras no mercado à vista e de leilões de swap cambial reverso --que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro.

Além das intervenções do BC, o mercado também presta atenção ao Ministério da Fazenda, que assiste ao retorno do ministro Guido Mantega após férias. Na agenda está a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional, com início às 15h.

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