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CÂMBIO-Dólar quase estável, ainda "travado" pós-decisão do BC

SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - O dólar operava praticamente estável nesta sexta-feira, ainda um pouco "travado" depois do anúncio do Banco Central na véspera de que vai impor recolhimento compulsório sobre posição vendida de bancos excedente a partir de abril. Às 11h09, o dólar era vendido a 1,690 real, em leve alta de […]

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 10h10.

SÃO PAULO, 7 de janeiro (Reuters) - O dólar operava
praticamente estável nesta sexta-feira, ainda um pouco
"travado" depois do anúncio do Banco Central na véspera de que
vai impor recolhimento compulsório sobre posição vendida de
bancos excedente a partir de abril.

Às 11h09, o dólar era vendido a 1,690 real, em leve alta de
0,12 por cento, com alguns ingressos pontuais de recursos.

Por enquanto, o mercado doméstico não acompanha o movimento
do dólar nos mercados internacionais, em que a moeda
norte-americana sobe --chegando a atingir máxima em quatro
meses frente ao euro e em um mês frente a uma cesta de moedas
-- por conta das expectativas otimistas para o dado de emprego
dos EUA.

O relatório sobre o mercado de trabalho norte-americano
será divulgado às 11h30 (horário de Brasília) e a previsão de
economistas consultados pela Reuters é de criação de 175 mil
vagas em dezembro.

Enquanto aguardava os dados, o dólar subia 0,23 por
cento frente a uma cesta de moedas e o euro caía 0,28
por cento, a 1,2971 dólar.

Por aqui, os players seguem no ajuste de posições depois da
notícia de que o Banco Central vai impor depósito compulsório
de 60 por cento sobre a posição vendida dos bancos em dólar que
exceder o menor dos seguintes valores: 3 bilhões de dólares ou
o patrimônio de referência dos bancos. A decisão entra em vigor
em abril. [ID:nN06104553]

Embora a medida não tenha impacto expressivo no sentido de
reverter a tendência de queda do dólar frente ao real, uma vez
que há um movimento mundial de desvalorização do dólar, a
decisão ajuda a limitar o ímpeto de queda.

"A percepção que nós tivemos é de que, com isso, ele
diminuiu a fome do pessoal fazer arbitragem com dólar",
comentou Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio da Interbolsa
do Brasil. "Você não terá tantas entradas tão fortes,
volumosas... recursos novos via carry trade você não verá
tanto."

No carry trade, os investidores basicamente tomam recursos
emprestados em moedas de países com juros baixos para investir
em países com juros elevados, como o Brasil.

Contudo, Júnior afirmou que o fluxo de ingressos de
recursos via exportadores continua forte. "Para o pessoal que
exporta continua bom, eu continuo tendo vendas de
exportadores", disse ele, acrescentando que "mundialmente
falando, está havendo uma flutuação para baixo do dólar."

(Por Nathália Ferreira; Edição de Vanessa Stelzer)

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