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CÂMBIO-Dólar cai pelo 8o dia, abaixo de R$1,72

SÃO PAULO, 10 de setembro (Reuters) - O dólar caminhava para a oitava queda consecutiva ante o real, acompanhando o cenário favorável a moedas de países emergentes após dados melhores que o esperado sobre as importações chinesas. O mercado, porém, mantinha a cautela diante da atuação mais agressiva do Banco Central nos últimos dois dias […]

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2010 às 07h57.

SÃO PAULO, 10 de setembro (Reuters) - O dólar caminhava
para a oitava queda consecutiva ante o real, acompanhando o
cenário favorável a moedas de países emergentes após dados
melhores que o esperado sobre as importações chinesas.

O mercado, porém, mantinha a cautela diante da atuação mais
agressiva do Banco Central nos últimos dois dias e das
declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o
governo tomará medidas contra a alta do real.

Às 10h54, a moeda norte-americana era cotada a 1,719
real, em queda de 0,23 por cento. Moedas de perfil semelhante
também subiam, como o dólar australiano .

De madrugada, a agência chinesa de estatísticas divulgou um
crescimento de 35,2 por cento das importações em agosto ante o
mesmo período do ano passado. [ID:nN10242719]

Na véspera, após sete quedas seguidas do dólar --maior
série de baixas desde junho de 2009--, o ministro Mantega
afirmou em palestra que o governo tomará as "medidas que forem
necessárias para impedir que haja uma valorização excessiva, ou
uma valorização indevida do real".

"O ministro Mantega reforçou sua mensagem de que o governo
não vai permitir uma valorização do real. No entanto, com a
quantidade anormal de emissões de títulos e de ações, palavras
não serão suficientes para conter a alta do real, em nosso
ponto de vista", afirmou o banco BNP Paribas, em relatório.

O Banco Central realizou, em cada uma das duas últimas
sessões, dois leilões de compra de dólares. O mercado especula
ainda sobre a possibilidade de que a autoridade monetária
anuncie um leilão de swap reverso, para se contrapor à oferta
expressiva de dólares no mercado futuro causada, entre outros
motivos, pela capitalização da Petrobras .

As taxas de juros em dólares de curto prazo têm voltado a
subir nos últimos dias, com o FRA (forward rate agreement) de
cupom cambial para novembro a 1,86 por cento. O cupom curto,
porém, ainda está abaixo dos 2 por cento superados em julho,
quando o BC sondou o mercado por um leilão de swap reverso.

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Alberto Alerigi
Jr.)

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