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CÂMBIO-Com pouca volatilidade, dólar tem leve alta por exterior

Por José de Castro SÃO PAULO, 19 de novembro (Reuters) - O dólar fechou em leve alta ante o real nesta sexta-feira, em meio à fraqueza nos mercados internacionais depois que a China anunciou medidas que podem desacelerar a economia. Numa sessão com noticiário escasso e de pouca volatilidade, profissionais notaram que investidores direcionaram as […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 15h50.

Por José de Castro

SÃO PAULO, 19 de novembro (Reuters) - O dólar fechou em
leve alta ante o real nesta sexta-feira, em meio à fraqueza nos
mercados internacionais depois que a China anunciou medidas que
podem desacelerar a economia.

Numa sessão com noticiário escasso e de pouca volatilidade,
profissionais notaram que investidores direcionaram as atenções
ao exterior por conta do menor receio com novas medidas do
governo para o mercado de câmbio.

A moeda norte-americana subiu 0,17 por cento, a
1,719 real na venda, oscilando entre queda a 1,713 real e alta
a 1,723 real. No acumulado da semana, a divisa recuou 0,29 por
cento, enquanto no mês tem valorização de 0,94 por cento.

"Ele (o dólar) veio para uma zona de conforto. Abriu em
queda, em função da alta do euro, mas foi gradativamente
encostando em torno do 1,72 (real) na medida em que as bolsas
mostravam pouca disposição para subir", disse Carlos Postigo,
gerente de negócios da Casa Paulista Assessoria Bancária.

"Os motivos que provocaram tensão nos últimos dias já foram
precificados", completou.

A semana foi marcada por intensa volatilidade, conforme o
receio com o sistema bancário na Irlanda e temores de que a
China aperte a política monetária afastaram investidores de
ativos considerados de maior risco. O posterior alívio em tais
preocupações motivou a melhora nas praças financeiras.

Mas nesta sessão, Pequim confirmou expectativas de medidas
de restrição do crédito. O banco central chinês elevou o
depósito compulsório pela segunda vez em duas semanas, numa
tentativa de barrar elevação generalizada dos preços.

Apesar de alguma recuperação perto do fechamento, os
mercados reagiam negativamente à decisão, temendo que a medida
prejudique a retomada global pela perspectiva de redução na
demanda chinesa [ID:nN19142981].

As bolsas de valores em Nova York , a Bovespa
e o euro operavam perto da estabilidade.

Para o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold,
a pouca oscilação do dólar também pode ser atribuída à menor
tensão de investidores com eventuais novas medidas para o
câmbio doméstico.

"O governo parou de falar em mais medidas, parou de
conversar sobre isso. Isso deixa o investidor menos apreensivo,
e assim o dólar não tem motivo para subir muito", afirmou.

O mercado reagiu com timidez à notícia de que Guido Mantega
seguirá à frente do Ministério da Fazenda no governo de Dilma
Rousseff, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo nesta
sexta-feira. A permanência do ministro não foi oficializada
pela equipe de transição da presidente eleita.

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Por José de Castro

SÃO PAULO, 19 de novembro (Reuters) - O dólar fechou em
leve alta ante o real nesta sexta-feira, em meio à fraqueza nos
mercados internacionais depois que a China anunciou medidas que
podem desacelerar a economia.

Numa sessão com noticiário escasso e de pouca volatilidade,
profissionais notaram que investidores direcionaram as atenções
ao exterior por conta do menor receio com novas medidas do
governo para o mercado de câmbio.

A moeda norte-americana subiu 0,17 por cento, a
1,719 real na venda, oscilando entre queda a 1,713 real e alta
a 1,723 real. No acumulado da semana, a divisa recuou 0,29 por
cento, enquanto no mês tem valorização de 0,94 por cento.

"Ele (o dólar) veio para uma zona de conforto. Abriu em
queda, em função da alta do euro, mas foi gradativamente
encostando em torno do 1,72 (real) na medida em que as bolsas
mostravam pouca disposição para subir", disse Carlos Postigo,
gerente de negócios da Casa Paulista Assessoria Bancária.

"Os motivos que provocaram tensão nos últimos dias já foram
precificados", completou.

A semana foi marcada por intensa volatilidade, conforme o
receio com o sistema bancário na Irlanda e temores de que a
China aperte a política monetária afastaram investidores de
ativos considerados de maior risco. O posterior alívio em tais
preocupações motivou a melhora nas praças financeiras.

Mas nesta sessão, Pequim confirmou expectativas de medidas
de restrição do crédito. O banco central chinês elevou o
depósito compulsório pela segunda vez em duas semanas, numa
tentativa de barrar elevação generalizada dos preços.

Apesar de alguma recuperação perto do fechamento, os
mercados reagiam negativamente à decisão, temendo que a medida
prejudique a retomada global pela perspectiva de redução na
demanda chinesa [ID:nN19142981].

As bolsas de valores em Nova York , a Bovespa
e o euro operavam perto da estabilidade.

Para o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold,
a pouca oscilação do dólar também pode ser atribuída à menor
tensão de investidores com eventuais novas medidas para o
câmbio doméstico.

"O governo parou de falar em mais medidas, parou de
conversar sobre isso. Isso deixa o investidor menos apreensivo,
e assim o dólar não tem motivo para subir muito", afirmou.

O mercado reagiu com timidez à notícia de que Guido Mantega
seguirá à frente do Ministério da Fazenda no governo de Dilma
Rousseff, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo nesta
sexta-feira. A permanência do ministro não foi oficializada
pela equipe de transição da presidente eleita.

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