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BC anuncia leilão a termo, mas dólar segue em queda

SÃO PAULO - O dólar era negociado perto do fechamento da véspera nesta sexta-feira, enquanto os investidores monitoravam o comportamento dos mercados internacionais e seguiam atentos às intervenções do Banco Central. A novidade da manhã foi o anúncio de leilão de compra de dólar a termo para segunda-feira, após a modalidade ter sido autorizada esta […]

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2011 às 10h49.

SÃO PAULO - O dólar era negociado perto do fechamento da véspera nesta sexta-feira, enquanto os investidores monitoravam o comportamento dos mercados internacionais e seguiam atentos às intervenções do Banco Central.

A novidade da manhã foi o anúncio de leilão de compra de dólar a termo para segunda-feira, após a modalidade ter sido autorizada esta semana.

Às 10h58, o dólar cedia 0,24 por cento, vendido a 1,675 real.

Na véspera, o Banco Central já havia surpreendido o mercado ao anunciar um leilão de swap cambial reverso apenas 15 minutos antes do início da operação. Até então, os leilões eram anunciados um dia antes.

Em relatório diário nesta manhã, o banco Fator afirmou que o "BC pode fazer leilões surpresa de swap cambial reverso caso a moeda volte a se valorizar".

Há pouco, o BC anunciou que fará na segunda-feira três leilões de compra de dólar a termo, com liquidações para 9, 16 e 23 de fevereiro. A modalidade foi autorizada na última terça-feira, em linha com a intenção do governo de não permitir que o dólar se desvalorize muito frente ao real.

Além do swap reverso e do novo leilão de compra a termo, o BC mantém os leilões de compra no mercado à vista.

"Eu tenho uma grande dúvida em relação ao leilão porque ele está fazendo (com liquidação) para quartas-feiras, não necessariamente os fluxos ocorrem nessas datas", avaliou Alfredo Barbutti, economista da BGC Liquidez. "Tenho dúvida se será normalmente para quartas-feiras, porque daí ele engessa o instrumento."

O economista acredita que a reação tímida do mercado ao anúncio desta manhã reflete essa incerteza sobre a operação, já que se imaginava que a operação seria um pouco mais "solta", com o BC enxergando um fluxo adiante e se antecipando, independentemente do dia.

"O mais relevante é esse ingrediente de imprevisibilidade, que é correto, porque o swap tem que ser feito dessa maneira", afirmou Barbutti, referindo-se à surpresa da véspera, e acrescentando que o comportamento do dólar nesta manhã também reflete essa dinâmica de aguardar o inesperado.

Lá fora, o foco recai sobre os números do Produto Interno Bruto dos EUA, às 11h30, que darão melhor dimensão sobre o ritmo de recuperação da maior economia mundial. O dólar <.DXY> operava praticamente estável frente a uma cesta de moedas, o mesmo com o euro .

"Os investidores continuam cautelosos e mantendo a posição defensiva nos mercados internacionais. A expectativa com os números preliminares do PIB dos EUA no trimestre passado, que saem nesta manhã, confere uma dose extra de precaução, o que inibe os movimentos nas bolsas, moedas e commodities", comentou Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, em boletim diário.

Antes do PIB, os investidores por aqui monitoram uma entrevista coletiva do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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